13 abril 2018

Correio da Manhã

O receio que exprimi no post anterior está a tornar-se realidade e é O Correio da Manhã que hoje dá o passo seguinte com esta notícia: "São João boicota Ala Pediátrica a Custo Zero".

A verdade, finalmente, já não está só ao de cima, começa agora a reluzir.

Aquilo que fiz foi dar aos jornalistas que me pedem os seguintes documentos:

(i) Contrato de empreitada entre a Associação Joãozinho e o consórcio Lucios-Somague.
(ii) Protocolo tripartido entre o Centro Hospitalar de S. João, a Associação Joãozinho e o consórcio Lucios-Somague.
(iii) Carta do consórcio Lucios-Somague de 11 de Março de 2016 a comunicar à Associação Joãozinho a paragem dos trabalhos por falta de frente-de-obra.

A obra do Joãozinho não é uma obra privada, é uma obra pública (embora não-estatal), à qual todos se podem associar - uma obra de todos os portugueses para as crianças (presentes e futuras) internadas no HSJ. Por isso, foi sempre conduzida de maneira absolutamente transparente de modo que qualquer português que o deseje possa consultar os documentos que a compõem.

E é isso que tenho estado a fazer. Já me pediram estes documentos o Expresso, a TVI, o Correio da Manhã e hoje mesmo, a seu pedido, vou enviá-los ao Observador.

A conclusão que deles se tira é a conclusão que o Correio da Manhã tirou. E a pergunta que qualquer português se colocará é, provavelmente, a seguinte: "Por que é que as crianças estão naquelas condições 'miseráveis'  se, por esta altura, já poderiam estar em vias de dispor de modernas instalações, ainda por cima dadas?".

Quando a obra foi interrompida - em Março de 2016 - a minha expectativa era a de que ficaria pronta, o mais tardar, pelo final deste ano (2018). Mas isso é passado. Agora, a questão mais importante é as crianças terem a obra feita o mais rapidamente possível. E a Associação Joãozinho, mais o consórcio contratado, está pronta a recomeçar a obra imediatamente, logo que o espaço seja desimpedido. Estará concluída em 2020.


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