30 janeiro 2011

a pergunta que a Fiona se esqueceu de fazer

A Urgência do Hospital de S. João (Geral e Pediatria) atende, em média, por dia, 246 doentes que não necessitam de atendimento urgente. Recebem pulseiras azuis ou verdes, entopem os serviços, são os que mais reclamam e custam ao Estado 32 mil euros por dia.

Ora como cada consulta destas custa ao Estado 132,42 €, porque é que o Hospital de S. João não despacha estes doentes com um voucher de 30,00 € na mão para irem a qualquer médico privado que os atenda?
O HSJ pouparia cerca de 25.195,32 € /dia. Esta era a grande "pregunta k a Schrecka se esqueceu de fazer"...

uma cólica renal não tem gravidade

A responsabilidade das "falsas urgências" não é exclusiva do doente. Aliás, José Artur Paiva, presidente da Unidade Autónoma de Gestão (UAG) da Urgência do Hospital de S. João, tende a desculpabiliza-lo. "Não é expectável que um cidadão saiba se tem algo urgente ou não. Há muitas dores que causam desconforto, mas não têm gravidade clínica", explica, dando o exemplo da cólica renal. "O doente sente-se mal e vem à urgência porque quer uma resposta imediata, é normal".

Para JAP, Presidente da UAG da UHSJ, "UMA CÓLICA RENAL NÃO TEM GRAVIDADE CLÍNICA".

29 janeiro 2011

Porter reinventa o capitalismo

The capitalist system is under siege. In recent years business increasingly has been viewed as a major cause of social, environmental, and economic problems. Companies are widely perceived to be prospering at the expense of the broader community.

Even worse, the more business has begun to embrace corporate responsibility, the more it has been blamed for society’s failures. The legitimacy of business has fallen to levels not seen in recent history. This diminished trust in business leads political leaders to set policies that undermine competitiveness and sap economic growth. Business is caught in a vicious circle.

A big part of the problem lies with companies themselves, which remain trapped in an outdated approach to value creation that has emerged over the past few decades. They continue to view value creation narrowly, optimizing short-term financial performance in a bubble while missing the most important customer needs and ignoring the broader influences that determine their longer-term success. How else could companies overlook the well-being of their customers, the depletion of natural resources vital to their businesses, the viability of key suppliers, or the economic distress of the communities in which they produce and sell? How else could companies think that simply shifting activities to locations with ever lower wages was a sustainable “solution” to competitive challenges? Government and civil society have often exacerbated the problem by attempting to address social weaknesses at the expense of business. The presumed trade-offs between economic efficiency and social progress have been institutionalized in decades of policy choices.

Companies must take the lead in bringing business and society back together.

Ver entrevista com o Michael Porter aqui.

28 janeiro 2011

de 20 euros

A propósito de um comentário do nosso leitor RB a este post, segundo o qual, não devemos subestimar a capacidade de os portugueses encontrarem outras formas de rendimento ("roubar, traficar, falsificar notas, contrabandear, raptar..."), gostava de partilhar convosco uma situação que me impressionou, pela negativa, há umas semanas a esta parte.
Fazia eu o trajecto Lisboa - Porto de automóvel, quando parei na estação de serviço de Pombal na A1. Sempre que percorro aquele troço, é ali que gosto de parar para comer. Nessa ocasião, esfomeado, optei pelo prato principal em alternativa à sandes de leitão e, na altura de pagar, fui surpreendido pelo zêlo com que a funcionária pegou na minha nota de 20 (vinte) euros e a introduziu numa maquineta que, excepto nas sucursais bancárias, eu nunca tinha visto em mais lado nenhum. Questionada a funcionária, esta confirmou-me: circulavam notas falsas...de 20 euros.

BPI: resultados anuais

A semana que agora termina fica marcada, na bolsa portuguesa, pela apresentação dos resultados anuais do BPI. A grande surpresa foi a suspensão do pagamento de dividendos, que foi justificada pela necessidade de reforçar os capitais próprios do banco, e que terá decorrido de uma orientação geral do Banco de Portugal ao sector bancário.
A cotação do BPI, que nesta altura está ligeiramente abaixo de 1,4 euros por acção, reagiu em baixa, ontem após a divulgação do relatório anual, e hoje recupera apenas parte daquela desvalorização. Sendo certo que comentar a bolsa numa base diária pouco acrescenta, a verdade, porém, é que o relatório do BPI, evidenciando alguns aspectos positivos, reflectiu o ajustamento que o sector atravessa e que deriva da difícil conjuntura que se coloca à República Portuguesa.
Começando pelos pontos positivos: tendo o activo do banco diminuído face a 2009, a carteira de crédito, pelo contrário, aumentou (ainda que residualmente). Ao mesmo tempo, tendo em conta que houve uma diminuição na rubrica do Produto Bancário (as suas receitas, segundo o Plano de Contabilidade do sector), não será de crer que os "spreads" (a margem do banco sobre os empréstimos realizados) tenham aumentado de forma significativa. Ou seja, a crítica frequente, segundo a qual os bancos não estão a conceder crédito e que quando o fazem apenas o fazem a um custo muito elevado, parece não se aplicar especialmente ao BPI. Segundo ponto positivo: na estrutura de financiamento do banco, o peso dos recursos de clientes (depósitos) aumentou, que onerando o banco face a outras alternativas mais baratas no passado, tem um poderoso efeito de fidelização de clientes.
Quanto aos aspectos negativos, apesar de o lucro líquido ter aumentado face ao período homólogo, a verdade é que o resultado operacional apresentou uma deterioração significativa ao longo de 2010. Não só diminuiram as receitas (já evidenciado), como aumentaram os custos, traduzindo-se esta conjugação de factores na manutenção de um elevado "cost-to-income" que deverá manter o BPI como o banco menos eficiente entre os cotados no PSI20. A isto acresce a indefinição estratégica associada ao facto de ser um banco que gera mais de metade dos seus lucros no estrangeiro, especificamente em Angola onde já vendeu parte da sua participação local, mas que ambiciona manter-se entre os maiores em Portugal...

os pobres e as lapas

O desemprego é o maior flagelo social da crise que, a cada dia que passa, se intensifica em Portugal. De acordo com a edição de hoje do Diário Económico, no final de Dezembro existiam (oficialmente) 541.840 desempregados e destes quase metade já havia perdido o direito ao subsídio de desemprego. Não só o desemprego atingiu um nível recorde, como também a taxa de cobertura do subsídio - a relação de desempregados que recebem apoio do Estado dentro do universo total - baixou para 54,5%, o nível mais baixo de sempre desde que as estatísticas começaram a ser publicadas.
Mas há mais. Em Dezembro, o número de beneficiários do RSI caiu para 336.104, uma quebra de 18% face a Dezembro de 2009. E o número de beneficiários do abono de família também, de 1,8 milhões de pessoas para menos de 1,4 milhões. Sendo certo que o Estado social foi longe de mais, e que a eliminação de alguns daqueles benefícios era inevitável, não deixo de me interrogar sobre o que é que aqueles desempregados, a maioria dos quais sem qualquer expectativa de encontrarem emprego em Portugal no curto ou médio prazo, farão agora que, sem horizontes nem dinheiro, veêm as suas vidas a andar para trás. A resposta imediata é: vão ter de emigrar.
Enfim, como diz António Barreto na sua entrevista de hoje ao mesmo DE, "o descontentamento verdadeiro, a indignação perigosa - para já não falar de revoluções e motins - não vem dos pobres cada vez mais pobres, porque esses estão ocupados a sobreviver e a arranjar pão, não têm tempo para fazer revoluções". Pois é. E é por isso que os responsáveis por este triste Estado de coisas se vão, por enquanto, agarrando, que nem lapas, ao poder...

ser socialista compensava

Um socialista é uma pessoa que recebe do Estado mais do que contribui.

Quanto mais?

O José é um socialista encartado. Vota PS, apoia o Sócrates e odeia o neoliberalismo. O José frequentou a escola pública, andou numa universidade pública, tornou-se professor e depois de uma carreira de 30 anos de ensino reformou-se aos 55 anos. Espera viver até aos 80.

Fazendo umas contas por alto, o José recebeu do Estado cerca de 500.000,00 € em valores e dinheiro (*), ao longo da sua vida, e terá contribuído com cerca de 250.000,00 €.

Ser socialista compensou-lhe bastante. Auferiu um rendimento de 100% no seu "investimento".

* Calculei os gastos médios com a educação, saúde e pensões.

Leitura recomendada

"Estamos no pior momento de Portugal desde 1976", António Barreto, hoje em entrevista ao Diário Económico.

origens

97%

27 janeiro 2011

resistir até ao limite

Kelley Williams-Bolar was convicted of lying about her residency to get her daughters into a better school district.

"It's overwhelming. I'm exhausted," she said. "I did this for them, so there it is. I did this for them."

Ler notícia aqui.

Por esta história o governo pode fazer uma ideia do que os pais das crianças que estão no ensino privado com contracto de associação estarão dispostos a fazer.

E as armas?

Há exactamente 21 dias esta notícia foi manchete em todos os jornais nacionais, do Correio da Manhã ao Público, da Rádio à TV. Desde então, soube-se pouco mais e o assunto desapareceu de cena. Resta uma nuvem de silêncio...e percebe-se porquê: sem justificação oficial, o Regime optou pelo silêncio que, podendo ser questionado, não será, contudo, contraditado. Ninguém fala do tema, nem mesmo os blogues - à excepção deste - e ponto final. Assunto encerrado!

remember my countdown (fim do socialismo na UE)

o que é um socialista?

Um socialista é uma pessoa que recebe do Estado mais do que contribui.

A expressão eleitoral dos socialistas indica que muita gente é uma beneficiária líquida do Estado. É por isso que temos défices e uma gigantesca dívida acumulada. Se o governo tiver sucesso no combate ao défice, os socialistas serão cada vez menos.
É como 2 e 2 serem 4. São excelentes notícias.

a morte do socialismo

Entre 45 e 50 escolas particulares fechadas hoje.


Os 80.000 alunos afectados pelas medidas do governo, e as respectivas famílias, vão chegar a uma conclusão muito simples:
- Afinal não são socialistas.

2 notícias 2

1. Portugueses usam mais transportes públicos.
2. Galp: lucro aumenta 18,4% no terceiro trimestre.

2 notícias 2

Duas notícias de ontem:

1. Milhares de portugueses deixaram de pagar a electricidade.
2. Mexia diz que EDP pagou ‘spread' abaixo da República.

26 janeiro 2011

disruptivo

A decisão judicial que o Joaquim aqui cita é, de facto, muito significativa e poderá ter ramificações consideráveis se adoptada, também, pelos tribunais portugueses. A lógica do Tribunal de Navarra é simples: a actividade bancária não pode estar imune ao risco, pelo que, na hora de tomar o empréstimo, quer o seu tomador quer o banco que empresta, todos têm de fazer contas e, cada qual, realizar a sua própria análise de risco. O devedor, avaliando se tem condições para pagar a prestação. E o banco, avaliando se o devedor é fiável e se o imóvel a financiar vale o que o cliente se prepara para pagar por ele. Assim, se, por acaso, o tomador do empréstimo deixar de honrar os seus compromissos, o banco fica com a casa. E se esta, porventura, for leiloada por valor inferior ao do empréstimo em falta, paciência, o banco que amortize a respectiva perda. É assim que funciona nos Estados Unidos, mas não é assim que tem funcionado na Europa (Portugal e Espanha incluídos), onde, uma vez leiloada a casa, se ainda restar alguma dívida perante o banco, é ao devedor que essa falta é imputada.
Posto isto, devo dizer o seguinte: acho incompreensível a prática europeia, onde, por via da ausência de risco, o banco tem sempre lucro. Não é aceitável que o ónus do incumprimento recaia apenas sobre o devedor se, também, o banco foi co-responsável por esse mesmo incumprimento ao não ter feito a análise de risco na altura própria. Além disso, a prática europeia tem outra grande desvantagem: reduz a dinâmica do mercado imobiliário e põe em causa a mobilidade e, a prazo, a saúde financeira das famílias. Tal sucede pela simples razão de que, na impossibilidade de vender um imóvel abaixo do seu preço de custo, pois ficaria sem casa mas ainda com uma parte da dívida, o devedor pode ficar amarrado a um activo que, porventura, já não consegue custear. E dessa situação decorrem dois custos: um custo de oportunidade e, no limite, o custo associado à insolvência pessoal. Pelo contrário, os bancos, à fartazana, ganham de todos os lados. Last but not least, perde também o Estado, pois, em consequência dessa rigidez estrutural, diminui o número de transacções e com estas a própria receita fiscal...
Em suma, a adopção do ordenamento jurídico norte-americano no que à execução de hipotecas diz respeito traria enormes vantagens à Europa. É certo que, inicialmente, os preços do imobiliário desvalorizariam - com alguma intensidade, até - para os preços ajustados aos salários dos portugueses (que, nas minhas contas, não suportam os preços actuais), mas com essa flexibilização induzir-se-ia um número infindável de externalidades positivas. Muitas vidas e muitas famílias, até aqui amarradas na armadilha do crédito, respirariam de alívio e com isso o País viveria melhor. Todos, excepto, talvez, os bancos, habituados que estão à mama do negócio fácil. Enfim, a ver vamos se o lóbi bancário leva a melhor ou não. Oxalá não leve.

para seguir com atenção

La Audiencia Provincial de Navarra, en un reciente auto, ha puesto coto a ciertos "abusos" que se están produciendo en materia de ejecuciones hipotecarias.
La resolución determina que la entidad bancaria, en este caso BBVA, que se adjudique una vivienda hipotecada, tras declararse desierta su subasta, no puede pedir continuar con la ejecución de otros bienes de su cliente para cubrir la parte del préstamo no compensada por esta vía. Es decir: la adjudicación de la finca pone punto y final al proceso de reclamación de la deuda, dejando la vía de ejecución sólo para la liquidación de intereses y costas. "Esta sentencia pone en jaque el sistema bancario español y avala el americano, infringiendo claramente el ordenamiento jurídico español", destaca Álvaro López de Argumedo, abogado de Uría Menéndez.
El tribunal llega a esta conclusión teniendo en cuenta que "el principal [del préstamo] y algo más ha sido cubierto" con la adjudicación material de la finca al banco. Además, reprocha a la entidad que pretenda continuar con la ejecución alegando que el inmueble, debido a la crisis, ya no tiene el mismo valor que cuando se tasó para conceder el préstamo.
Con esta decisión, la Audiencia convierte en firme la resolución del Juzgado de Primera Instancia e Instrucción nº 2 de Estella, que denegó a la entidad bancaria su pretensión de continuar ejecutando otros bienes de su cliente para obtener la cantidad no cubierta por la subasta
.

Via Expansion

Tunísia

Quando se vive sem liberdade, todas as mudanças são para melhor. Ou porque trazem mais liberdade ou porque aproximam o fim da servidão.

ainda bem

Pelos vistos, o governo andou a financiar privilégios durante dezenas de anos. Quem o diz é a ME.
Por mim, tudo bem. O fim do ensino privado cooperativo vai levar ao fim do "Serviço Nacional de Educação", porque a classe média não se quer misturar com a populaça e o Estado não vai aguentar o embate.
Boas notícias.

PPP's dos eighties

Nos últimos dias, tenho acompanhado os protestos das escolas privadas com financiamento público. Segundo entendo, este tipo de contrato, estabelecido inicialmente nos anos 80, tinha por objectivo facultar ensino público nas regiões do país onde não existissem infra-estruturas públicas de ensino. Trinta anos depois, num país que possui 308 municípios e que ostenta uma das mais baixas taxas de natalidade da Europa, existem 93 escolas privadas com contratos de associação financiados pelo Estado. Ou seja, é assumir que, quase, um em cada três municípios apresenta défice de infra-estruturas públicas de ensino. Visto de helicóptero, parece-me excessivo. E a prova disso é que, segundo se percebe dos protestos, há escolas privadas que sem financiamento público não terão mesmo viabilidade económica. As PPP's, afinal, nasceram nos anos 80!

FMI manco

O presidente executivo do Banco Espírito Santo, o Dr. Ricardo Salgado, defendeu ontem "não recomendar" a vinda do Fundo Monetário Internacional a Portugal, a pretexto de as medidas adoptadas pelo FMI não estimularem o crescimento económico, como se está a comprovar no Grécia e na Irlanda.
De facto, o Dr. Salgado tem razão. E evidencia que, no momento actual e na zona euro, falta ao FMI a ferramenta mais eficaz entre todas aquelas que, em geral, tem ao seu dispôr: a desvalorização cambial, sem a qual não há alternativa à austeridade nominal que, pondo a população na rua, arruína a popularidade (e a estabilidade) de qualquer governo. É isso que está a acontecer na Grécia e na Irlanda e que fará com que aqueles países, mais cedo ou mais tarde, tenham de passar à derradeira solução e a única que resolverá o problema de fundo: a negociação de um perdão de dívida junto dos seus credores.
Assim, a vinda do FMI a Portugal terá apenas uma vantagem: repor a decência na vida e nas contas públicas, se o Governo se revelar incapaz de o fazer.

Sputnik moment

Half a century ago, when the Soviets beat us into space with the launch of a satellite called Sputnik¸ we had no idea how we’d beat them to the moon. The science wasn’t there yet. NASA didn’t even exist. But after investing in better research and education, we didn’t just surpass the Soviets; we unleashed a wave of innovation that created new industries and millions of new jobs.
This is our generation’s Sputnik momen
t.

President Obama

PS: Obama reinventa-se.

hope

Visit msnbc.com for breaking news, world news, and news about the economy

telegovernados

A redução dos custos de despedimento seria mais eficaz se fosse aplicada a todos os contratos, diz o director-adjunto da direcção de Emprego da OCDE. Stefano Scarpetta, reconhece, no entanto, que esta seria uma decisão politicamente sensível.
Ao Negócios, o responsável faz uma avaliação positiva das medidas anunciadas pelo Governo.

Reconhece, no entanto, que o fundo criado para financiar os despedimentos pode aumentar os custos das empresas, ou, em alternativa, pressionar em baixa os salários. Mas acrescenta que os trabalhadores terão os seus direitos mais protegidos.

Via JN

25 janeiro 2011

artistas

"A maior paixão da humanidade é iludir a realidade", afirmava Sigmund Freud. Mais recentemente, o escritor norte-americano Gregg Easterbrook saiu-se com outra parecida: "Torture numbers, and they'll confess to anything".
Ora, neste momento, temos, em Portugal, autênticos prodígios nessa maravilhosa magia de palavras e números. Aqui, um belo exemplo. E aqui, outro magnífico exemplo!

em causa própria

O governo do PS vai diminuir o custo do despedimento porque ... vai começar a despedir. Alguém acredita que estas medidas se ficarão apenas pelos novos contratos?

pelo fim do regabofe

“A democracia engordou demasiado e quando já não pode pagar as contas manda o cidadão apertar o cinto mas ela própria não está disposta a fazer sacrifícios”, disse.

No documento, intitulado “Por um Futuro Decente, num Portugal Novo”, a nova tendência socialista preconiza “propostas que 90 ou 95 por cento da população portuguesa defende, comenta na rua e em todos os lados”.

“Propomos a redução do número de deputados para 150 (…) queremos o fim das ´reformas douradas´ (…) queremos acabar com este regabofe dos ´boys´ e dos assessores dos ´boys´, não só reduzindo drasticamente o seu número, como os vencimentos, mordomias e tudo isso”, enumerou.

O manifesto defende ainda o fim dos governos civis e a responsabilização de “todos os gestores da administração autárquica e pública” – “se prejudicarem devem ser responsabilizados administrativa e criminalmente”, salientou.

Via Expresso e Destak

PS: Com um abraço para o colega (e amigo) Dr. Cândido Ferreira.

Portugal + Espanha = 11

A notícia que hoje conduziu a pesadas desvalorizações dos títulos da banca nacional não foi nada famosa. E, infelizmente, o já habitual desmentido - mais um... - do senhor secretário de Estado em nada ajudará. Posto isto, nos próximos dias, as acções da banca, provavelmente, continuarão sob forte pressão. A exemplo de outros grupos nacionais fortemente endividados, uns mais a norte, outros mais a sul, como a EDP, que nem mesmo beneficiando de melhor rating que a República, também não saem incólumes perante o aperto associado à situação geral. A ver vamos se os juros se mantêm abaixo dos 7,75% e se, por obra e graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos safamos por milagre de uma intervenção externa.
Mas, enfim, acima de tudo, quero aproveitar esta ocasião para dar uma sugestão aos governantes portugueses: e que tal se juntássemos esforços com a Espanha? É que, sendo certo que estamos dependentes dos credores alemães e franceses, não podemos esquecer-nos de que se nós, e os espanhóis, roermos a corda, ameaçando com a suspensão do pagamento de juros, também rebentamos com eles! E nesta altura de crise, em que alemães e franceses nos tentam esmifrar - com toda a razão, apesar de tudo... - para nos porem de gatas durante muitos anos, vale tudo. Por isso, falando como patriota, é momento para nos fazermos de loucos e fazer ver à Europa rica que a única "win-win" é nós continuarmos a pagar-lhes, mas a pagar-lhes menos e durante mais tempo! Em suma, sem prejuízo de termos sido nós a cavar a nossa própria cova, creio que estamos, Portugal e Espanha em conjunto, a menosprezar seriamente os nossos argumentos negociais. Só há uma solução que, na teoria e na prática, serve os interesses de todas as partes: um perdão de dívida. E é para esse perdão de dívida que todos devem convergir - a bem ou a mal!

Estreia em Dublin

E as armas?

pidesco

Ontem, apesar de toda a polémica associada ao cartão de cidadão, lá tive de me deslocar a uma Loja do Cidadão para trocar o meu velhinho BI, prestes a caducar, pelo dito-cujo. Enquanto a maquineta me tirava fotografias, me analisava as impressões digitais (os olhos também?) e me gravava (também, de forma digital) a minha assinatura, não pude deixar de sentir uma enorme revolta interior: o regime acabara de me aprisionar.
Todo o processo é pidesco. O Estado fica com um registo integral da nossa individualidade. E dado que o Estado, no seu estado actual, não é uma pessoa de bem, o cidadão, legitimamente, questiona-se: que uso irão dar a estes dados? Com o cartão de cidadão e toda a tecnologia que o suporta, o Regime, ao jeito dos filmes conspirativos de Hollywood, pode manipular e forjar a identidade dos seus cidadãos. Em suma, é um atentado aos direitos e às liberdades individuais. E é por isso que acaba de ser abolido no Reino Unido...

(in)sanidade

"As novas taxas portuárias que entraram em vigor a partir de 1 de Janeiro deverão aumentar entre 11% e 29% os custos dos armadores e de outros operadores do sector, segundo uma estimativa efectuada pela Agepor - Associação dos Agentes de Navegação de Portugal (...) Depois de entrarem em vigor as novas taxas do SEF - Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, para passageiros e tripulantes de navios que atraquem em Portugal, foi agora a vez de entrar em vigor um outro decreto-lei a aplicar novas taxas de sanidade para vigorar durante o presente ano.", edição de hoje do Diário Económico (página 48).
É a aposta nas exportações!

o valor da liberdade

Outros sentem-se no direito de modificar o modo de pensar do outro, quando a essência do amor é o respeito pela sua liberdade.

Francesco Alberoni

Alberoni está a falar do relacionamento entre um homem e uma mulher, penso contudo que poderíamos alargar este princípio a toda a sociedade. Se não respeitarmos a liberdade de cada um, destruimos a coesão social.
Os socialistas, ao violarem a liberdade individual, criam a ruptura e o caos. O contrário do que dizem pretender.

24 janeiro 2011

impostos directos

Escreve a imprensa económica de hoje que o Governo se prepara para criar um regime obrigatório segundo o qual todas as empresas em Portugal passarão a contribuir para um fundo que financiará as indemnizações associadas aos despedimentos doravante registados. Ao mesmo tempo, o mesmo Governo propõe que o coeficiente indemnizatório associado ao despedimento seja reduzido para 20 dias por cada mês de salário (comparado com os actuais 30 a 45 dias) e sujeito a um tecto máximo de 12 meses (na prática, estabelecendo a indemnização máxima em 8 salários mensais).

Vamos por partes. A primeira medida é uma idiotice. Por que carga de água, deverão todas as empresas responder solidariamente pelas perdas de algumas? A medida premeia apenas as empresas em dificuldades, penalizando as outras com um agravamento da carga fiscal directa. É mais do mesmo: tributar aqueles que contribuem para a criação de riqueza. Já agora, para completar o esquema, que tal redistribuir uma parte dos lucros das empresas que dão lucro a favor daquelas que dão prejuízo?! Ou então, que tal obrigarem os accionistas das primeiras a comprar as segundas, mantendo, no entanto, o controlo dessas segundas nas mãos dos seus accionistas originais? Enfim, é a perversão das regras da concorrência...Quanto à segunda medida, é sensata, pois, a prazo, permitirá uma maior dinâmica no mercado de emprego. Mas, no balanço, as duas medidas anulam-se e, dependendo do nível da taxa obrigatória associada ao novo fundo, poderão mesmo traduzir-se num custo adicional para as empresas. Mais impostos.

o destino das elites

We must hang together, gentlemen…else, we shall most assuredly hang separately.
—Benjamin Franklin



Uma citação deliciosa tirada da Takimag

PS: Alguém quererá sugerir uma tradução?

enjoy

E as armas?

Still missing in action.

presidenciais de ontem

O balanço que faço das eleições de ontem é o mesmo que José Sócrates fez no seu rescaldo: os portugueses votaram pela continuidade. Quanto à abstenção, tendo ganho na contagem dos votos, não foi ainda suficientemente poderosa para pôr em causa fosse o que fosse. Quanto aos votos em branco, não foram mais do que um mero erro estatístico.
A vantagem de Cavaco face a Alegre foi esmagadora. E em relação a Fernando Nobre - o único verdadeiro outsider - maior ainda. De resto, como bem nota o João Cândido da Silva no seu editorial de hoje no Jornal de Negócios, o entusiasmo nas hostes de Nobre não deixou de criar alguma estranheza, pois "sem apoios partidários, Alegre fez bastante melhor em 2006".
Por outro lado, é de salientar a votação de Coelho. Sendo certo que, no Continente, o voto no candidato madeirense pode ter sido uma brincadeira - sinal de que os eleitores desconsideram o sistema político vigente -, na Madeira creio que a estória terá sido outra. Na Madeira, o candidato Tiririca ficou a escassos seis mil votos de Cavaco, o que representou, na minha opinião, um sinal claro de que o tempo de Jardim está prestes a terminar. Mas, enfim, coisas da ilha...
Uma última nota para as peripécias em redor do cartão de cidadão. Algumas mentes mais dadas a teorias da conspiração terão visto aqui uma tentativa de fragilizar a eleição de Cavaco, contribuindo para o aumento da abstenção. Pelo contrário, as mentes mais terrenas terão visto aqui uma enorme falta de preparação e ficarão satisfeitas se o ministro da Administração Interna, de trapalhada em trapalhada, fôr finalmente demitido...

America, Inc

O sucesso dos EUA não depende do sucesso das empresas norte-americanas. Será que percebi bem?

já pode vir o FMI

Assegurada a continuidade, Trichet já pode mandar vir o FMI. O BCE deixa de comprar dívida soberana portuguesa e comunica ao Banco de Portugal que temos de recorrer ao fundo europeu.

23 janeiro 2011

a minha leitura

Os portugueses acreditam que o actual regime político tem capacidade para nos tirar da crise. A populaça é muito néscia.

natural wealth


The first law of economists states that for every economist there exists an equal and opposite economist. In that spirit, Nature this week presents related articles that take contradictory stances on what the banking system could, or indeed should, learn from ecologists. In a Perspective, Andrew Haldane, executive director of financial stability at the Bank of England in London, and Robert May, a theoretical ecologist at the University of Oxford, UK, and former chief scientific adviser to the UK government, argue that the stability of complex networks of linked dependencies that make up the world's financial system can be tested using a simplified ecological model. They say that the results of their approach highlight ways in which economic policy could be changed to make the system more secure. Regulation of elements such as liquidity ratios, banking structures and trade in complex derivatives, they say, should work to protect the system rather than individual banks.
In a News & Views Forum, this approach is criticized as potentially dangerous by Neil Johnson, a physicist at the University of Miami in Florida who studies real-world complex systems. Johnson says that policy implications drawn from such a simplistic model will be unreliable, because they will depend so heavily on the assumptions used to prepare the model. But Thomas Lux, an economist at the University of Kiel in Germany, offers a more supportive view. He says that the similarities between financial markets and ecology are real and relevant. For example, the 2008 default of the Lehman Brothers financial services firm had contagious effects similar to those of a 'super-spreader' of disease. Researchers should go beyond Haldane and May's simple model, says Lux, and build in factors such as interbank credit lines.
Given such contrasting views, how seriously should policy-makers take lessons from nature when it comes to financial regulation? Using natural models to set policy has proven difficult, even for ecological policy. Witness the controversy that has surrounded the UK government's handling of foot-and-mouth outbreaks and whether to tackle bovine tuberculosis by culling badgers, which can spread the disease. In other areas, such as conservation and fisheries, research offers more clear-cut recommendations. But in such cases there is often a failure of political will to follow through. Which is the case in finance policy? Perhaps the best approach is to keep a cautiously open mind — or to remember that the second law of economists states that both the economists cited in the first law are wrong.

um dia para pensar

... na Ruby. Uma verdadeira mula!

a esquerda começa a acordar

É assim que alguma esquerda se remete ao silêncio quando se assiste a práticas degradantes de submissão das mulheres, por exemplo no uso dos véus, na restrição das liberdades individuais, caso dos casamentos forçados, ou mesmo de violência arbitrária sobre os que não seguem dogmas e rituais, pelos vários fundamentalismos. Obnubilados pela defesa intransigente do outro, esta esquerda esquece a defesa da sua própria cultura, dos seus princípios humanistas, do ímpeto libertador enquanto movimento liberal contra o conservadorismo e a opressão.

Por detrás deste contraditório comportamento encontra-se um forte sentimento de culpa herdado do colonialismo. De facto, o Ocidente triturou culturas e povos, cometeu e continua a cometer barbaridades em nome dos seus interesses e visão do mundo. Mas isso não deve levar-nos a confundir o multiculturalismo com cedência à barbárie. Não se pode confundir multiculturalismo com um multimoralismo que relativiza, nos outros, aquilo que para nós é intolerável.

O mau resultado deste multimoralismo está aliás à vista. A abertura do mundo, a acelerada mobilidade de pessoas e mercadorias, as vastas migrações, as crescentes interdependências políticas e económicas, têm gerado um sem número de conflitos que mais do que de natureza cultural ou religiosa são na verdade conflitos de civilização. Multidões de praticantes de modos retrógrados de civilização têm invadido o Ocidente, e a Europa em particular. A situação das mulheres é, neste domínio, particularmente chocante. Mas também o fomento, junto dos jovens, de uma cultura de ódio, racista ou religioso, contra as nossas sociedades democráticas, tolerantes e livres.


Artigo de LM, no JN

22 janeiro 2011

eleição importante? MFL pensa que sim...

Os argumentos de Manuela Ferreira Leite (hoje no Expresso) a favor da participação no acto eleitoral:

Não é novidade que a difícil situação em que o País se encontra exige que as políticas a seguir sejam concebidas e executadas de forma credível.
Mas a verdade é que muitas das medidas adoptadas e a adoptar já estão fora do nosso controlo e, assim, os avaliadores externos ponderam muito mais a credibilidade dos actores políticos do que o conteúdo e a correcção das medidas propriamente ditas.


Eu pergunto, como é que a externalização dos centros de decisão valoriza mais os agentes internos? E já agora, qual é a credibilidade que os avaliadores externos podem atribuir a quem esteve de braços cruzados?

candidatura grotesca II

Where was Cavaco?

candidatura grotesca

...
Não posso ainda ignorar no momento de escolha do meu voto a falta de explicações plausíveis sobre a compra das acções da SLN, e muito menos a forma como rasgou as vestes, em vez de respeitar o eleitorado, apresentando elementos que nos permitissem concluir que, afinal, estão errados os que ficaram, como eu, com algumas dúvidas sobre as circunstâncias do dito negócio.

Também estou farto deste tipo de políticos canonizados pela suposta Direita, só porque vencem eleições, mas cujo software está à esquerda do PS: Impostos extraordinários em vez de reduções de salários? Diminuição de salários no sector privado, que já anda a corrigir a massa salarial desde 2008, ao contrário do sector público, que nos atirou para a crise? E isto tudo, agora, porque “dá jeito”, depois de ter obrigado o PSD de Passos Coelho a viabilizar o Orçamento para 2011, numa chantagem incrível?

A única coisa boa desta eleição é que, mais cinco anos, e vemo-nos livres de vez do Cavaquismo.

RAF, n'O Insurgente

o politicamente correcto é ridículo

Engraçado, 41% dos leitores do PC consideram que a candidatura mais grotesca é a de Cavaco Silva e Manuel Alegre vem logo a seguir com 27%.
JMF está toldado pelo politicamente correcto.

21 janeiro 2011

candidaturas grotescas


No Público de hoje, JMF apelida as candidaturas de Defensor Moura e de Manuel Coelho de GROTESCAS. Defensor Moura é um cacique local e Manuel Coelho é uma espécie de "clown", mas nem um nem outro mereciam este tratamento.
Já agora, qual será a candidatura mais grotesca de todas?

Apelo à abstenção

A imprensa tem destacado a ausência de conteúdo na campanha presidencial que agora termina. É verdade - a campanha foi dominada por questões de lana caprina que, embora simbólicas e sintomáticas, pouco interessam ao país. Contudo, diga-se, em abono da verdade, que aquela mesma imprensa, também, pouco fez para estimular o debate. Afinal de contas, tivessem perguntado o que realmente interessava perguntar, em vez de se terem preocupado em explorar o ricochete das trocas de tiros entre os candidatos, e os putativos presidentes teriam sido obrigados a dar mais do que duas de letra.
Quanto às presidenciais em si, eu não vou votar. Vou abster-me. E vou abster-me convictamente, pois creio ser esse o meu maior dever em prol do meu país. Por uma simples razão: o regime atingiu uma indecência tal, que votar naquele que é o menos mau já não é uma opção. Essa foi a opção tomada nas presidenciais de 2006, na esperança de que se podia fazer menos mal. Infelizmente, a última presidência foi uma catástrofe - como tinha sido a anterior de Sampaio -, por isso, já não há margem de tolerância. Votar em Cavaco Silva, o incumbente, é votar na continuidade. De resto, é com alguma incredulidade que assisto àqueles que, apesar de tão desagrados com o rumo actual, se preparam para votar no mesmo Cavaco Silva e na teoria do mal menor. Ora, no meu espírito, não há dúvidas: há apenas que esperar que este regime ceda o lugar a outro. E isso só se consegue retirando ao regime actual qualquer réstia de legitimidade democrática que ainda possa ter, ou seja, através de uma abstenção maciça!
Caros Portugueses, se não gostam do que veêm, não votem. A mudança será mais célere! Assim urge a decência.

mañana

O porta-voz de Merkel explica que "não chega reduzir a despesa ou cortar no défice. Esse é o primeiro passo", mas "depois é preciso dar corpo ao crescimento, só assim se libertam da crise". É aí que parece faltar rapidez, sugere o responsável alemão. "E não é preciso dramatizar, é preciso uma comunicação discreta e detrás desse silêncio, fazer esforços verdadeiros", adianta.

PS: Parece-me dramático pedir a Sócrates para não dramatizar.

E as armas?

Ainda à procura?

uma "trágica discrepância"



Outra versão da "TRÁGICA DISCREPÂNCIA"

a populaça não respeita o meio ambiente

A populaça destrói o meio ambiente para as individualidades. O Estado Novo escondia os pobres, os socialistas querem esconder os carros em que se transportam os pobres.

o presidente não anda em veículos poluentes

O autarca socialista foi alvo de uma operação de fiscalização rodoviária, realizada no domingo à tarde, pelo Destacamento de Trânsito da GNR de Grândola. Pelas 15h00, ao quilómetro 50,9 da auto-estrada do Sul (A2), o radar fotográfico disparou, assinalando uma velocidade de pelo menos 160 Km/h.
O Mercedes de serviço de António Costa, onde seguiam mais duas pessoas, foi mandado encostar na área de serviço de Grândola. O condutor terá dito que viajava em missão de serviço. António Costa era um dos convidados de honra da final da Taça da Liga, entre Benfica e FC Porto. Contactado pelo CM, a assessoria de António Costa referiu que o condutor 'foi autuado e mandado seguir'.

Via CM

outro ataque à populaça

Os veículos mais poluentes vão ser proibidos de entrar na Baixa a partir do Verão, anunciou hoje Fernando Nunes da Silva, vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa e especialista em transportes. As únicas excepções à regra são os carros dos residentes e os veículos de emergência.

Via Público

PS: Obviamente os autarcas deviam ser proibidos de se deslocarem a países ricos porque vêm de lá com ideias chaladas.

20 janeiro 2011

Fónix

«Pela primeira vez desde que fiz 18 anos, não exercerei o direito de voto no próximo domingo. Vou abster-me, num acto pensado que se sustenta na inutilidade do actual modelo de poderes presidenciais e na sua trágica discrepância com a elevação democrática que subjaz à eleição directa e universal do seu titular.»

CAA, no Blasfémias

Eu também não vou votar mas é só porque não gramo nenhum dos candidatos. Não subjaz à minha imponderada atitude qualquer convicção sobre a inutilidade da "trágica discrepância" constitucional. Apenas reservei o dia das eleições para pensar na Rubby Rubbacuori e meditar sobre a trágica discrepância das nossas idades, factor que, confesso, não me impediria de passar ao acto. Se a Rubby quisesse que eu a ouvisse...

o Fim da História III

Wen (Jiabao) said that without reforms of the political system, gains from reforms of the economic system would go down the drain. Political reform is necessary, said Wen, to sustain the nation's breakneck economic growth, including opportunities for citizens to criticise and monitor the government.

Wen's remarks led to speculation that Shenzhen, which set the pace for China's economic development, could soon become a "special political zone". Sino experts noted that a next step could be direct elections for the chiefs of the Special Economic Zone's six districts.


The Guardian

O capitalismo iliberal do Henrique Raposo parece cada vez mais um grande disparate.

E as armas?

Berluscome, um sinhor...

Está “disposto a ouvir-me, ao contrário de todos os psicólogos que encontrei e a quem paguei para me ouvirem.”
Ruby Rubbacuori

Pois é pessoal, o Berlusconi é que sabe. Se querem papar umas mulas deste calibre não se esqueçam da regra de ouro: têm de estar dispostos a ouvir. As mulas relaxam e depois é canja.
Para terem conversa para a ocasião devem ler umas coisas de astrologia.
- Ruby, sabes que o calendário de Zodíaco está desfasado um mês?

read my lips

uma verdadeira mula

Ruby Rubbacuori é um forte argumento a favor da imigração.

19 janeiro 2011

Hu Jintao jets into Washington

E as armas?

Porque a memória é curta...

o Fim da História II

Democracy may yet break out in the Arab world less because of the trajectory of American power than the reality that even if American power declines, democracy still has no compelling ideological competitor.


Peter Beinart

18 janeiro 2011

A Deloitte tem ideias para Portugal

Projecto Farol. O único problema é a "conivência entre a cidadania e a governação".

Projecto Farol

O Projecto Farol é mais que uma análise ou um diagnóstico da realidade nacional. É, acima de tudo, uma visão e um guia para o desenvolvimento futuro do país até 2020 que assenta na denúncia de um pacto de conivência existente entre a cidadania e a governação, responsabilizando ambos. É com base nessa denúncia que o Projecto apresenta uma nova proposta de valores e comportamentos, que visa a criação de um desígnio nacional para a globalização, baseado numa visão de futuro abrangente e num novo contrato social.

Esta visão para Portugal em 2020 e este desígnio, pressupõe uma educação para a globalização, um reforço da iniciativa privada, capacidade de empreendedora à escala global, um aumento do papel das estratégias privadas e da concorrência, a construção de um território policêntrico como forma de compatibilizar crescimento e coesão e, por fim, a consolidação de um Estado inteligente, exemplo de eficácia e serviço. Serão estes pressupostos que permitirão a criação de um novo contrato social para a globalização como ideia motriz da mudança necessária.

Tal mudança inerente a este contrato social tem de ser acompanhada por um projecto estratégico e de coesão social que permita uma apropriada gestão da transição e dos seus custos. As principais linhas de força dessa transição devem ser: fazer parte de um plano estratégico de mudança, acautelar a coesão sem comprometer a transformação, a consciencialização de que este é um compromisso intergeracional e territorial, respeito pelo princípio do gradualismo e a interiorização dos custos da transição pela sociedade.


Via Projecto Farol

PS: O "pacto de conivência existente entre a cidadania e a governação" não é o que se chama democracia?

crise abre a porta a salvadores da Pátria

Quase metade (46 por cento) dos portugueses considera que as actuais condições económicas e sociais são piores do que há 40 anos. O desemprego é o maior desafio e a desconfiança face ao Governo e aos políticos é generalizada.

PS: A Consultora GFK demonstra que é sempre possível obter dados para provar o que quer que seja.

E as armas?

é triste

O ex-ministro da Saúde e dirigente do PS, António Correia de Campos, não acredita que Manuel Alegre vença as eleições presidenciais e, mais do que isso, acha que Cavaco Silva vai ganhar à primeira volta: "Manuel Alegre não representa uma alternativa. Podia ter representado no passado, mas no actual contexto não", afirma ao i Correia de Campos, convicto de que outra razão forte para não haver segunda volta é a de que "o país precisa de estabilidade e o Presidente incumbente garante essa estabilidade".

PS: Reitero que o único serviço que o candidato Manuel Alegre pode prestar ao País é retirar a sua candidatura. Manter-se na corrida é legitimar a continuidade. Uma catástrofe para Portugal.

17 janeiro 2011

entalados

Os países com a classificação máxima da qualidade de dívida poderão perder o “rating” na eventualidade de aumentarem o fundo de estabilização financeira de 440 mil milhões de euros para 700 mil milhões de euros.

E as armas?

Presidenciais?

Eu também não!

presidenciais

Ontem, após uma tarde de domingo típica de Inverno, a ver filmes da treta de papo para o ar, tive a infelicidade de ver os tempos de antena dos candidatos presidenciais. Enfim, assisti a todos com atenção, mas aquele que mais me incomodou, pela sua hipocrisia e desfaçatez, foi o do actual Presidente da República, Cavaco Silva.
Como é possível apregoar que vai fazer isto e vai fazer aquilo, quando tudo o que fez no primeiro mandato foi a antítese do que agora apregoa? Ou muito me engano ou Cavaco está aí para uma grande decepção...

16 janeiro 2011

o efeito dominó

Iraque, Tunísia... Egipto... Síria... Jordão... ... ... Irão!

PS: O dedo é do Bush.

O Fim da História

O Fim da História é a democracia liberal e capitalista. Os neocons é que tinham razão.

olha o saque

Universidades tentam tirar proveito da situação. Querem que os licenciados de lei voltem à escola para mais um semestre de aulas e um relatório sobre a profissão. Deixem-me rir.

o primeiro Gay de Portugal

Uma entrevista do ionline. Eu sei que parece maldade, mas não resisti ao título.

15 janeiro 2011

o sentido transcendental da vida II

Na ausência de um Criador, o que significaria a vida? Agregados de átomos que se reuniram por acaso, sem qualquer propósito nem significado. É isso que nos diz Wittgenstein. E é a isso que nos conduz cinicamente o ateísmo. Ao niilismo puro e simples.
Pelo contrário, atribuir sentido à existência humana implica, logicamente, um elemento transcendental que nos remete para Deus.
A política depende da atribuição de um sentido existencial ao colectivo. Os líderes, ao interpretarem esse sentido para a comunidade, transformam-se em porta-vozes ou oráculos do divino.
Daí que o poder político tenha sempre uma certa aura transcendental. Os líderes parecem intermediar a vontade de Deus.
Se assim não fosse, não haveria qualquer fundamento racional para nos subtermos de livre vontade a quaisquer regras de vida em sociedade.

o sentido transcendental da vida

Acreditar em Deus significa entender que a vida tem sentido.

Wittgenstein

basic economics

a populaça no poder

Eu sou um homem do povo.

apologia da abstenção

E confessemos que um regime que propõe, como alternativa, para a Presidência da República, Alegre ou Cavaco merece amplamente uma recusa total. Chegou a altura de não pactuar em nada com a miséria estabelecida da política portuguesa.

VPV no Público

14 janeiro 2011

Portugal a caminho de se tornar num protectorado


Euro crisis: The only way to save the euro is the destruction of its members.

Desunião

não há almoços grátis

  1. The EU authorities fear that China's purpose in buying eurozone debt may be double-edged, intended to push up the euro exchange rate against the yuan and gain advantage for exports.
  2. The question is whether the Communist regime is hoping to extract strategic concessions in exchange.

PS: Só para a imprensa portuguesa é que os chinocas são uns altruístas.

capice

A agência alerta ainda para a possibilidade do Governo cair. "Existe uma hipótese significativa de eleições antecipadas", diz, "caso a popularidade dos socialistas desça mais". Nada que preocupe muito a Fitch, porque "o resultado mais provável [das eleições], uma coligação de centro-direita, não iria alterar significativamente a política [orçamental]", porque existe "consenso em torno da consolidação".

Via DE

PS: Seria mais do mesmo...

engenheeeiiiro


Estado comprou dívida ao Estado em Dezembro.

13 janeiro 2011

Asperger?

Não me surpreenderia que o Paul Krugman fosse um Asperger. Brilhante na esfera lógica /técnica e um imbecil na esfera emocional.
O seu comentário sobre o leilão da dívida pública portuguesa, de ontem, acerta na mouche, demonstrando capacidade técnica. Em paralelo, os comentários que fez sobre o massacre de Tucson demonstram um QE baixo e uma incompreensão da natureza humana.

seeing red

Fixação no vermelho demonstra ligação de Lee Loughner à ala radical do Partido Republicano.

o nobre candidato

"Se tomar posse em Março e poucos meses depois o Governo lhe propuser um novo agravamento fiscal, promulgará?
- Não promulgarei um novo agravamento fiscal, farei toda a pressão para que o governo corte nas gorduras que tem. Temos de repensar o desvario na gestão do bem público.
(...)
É favorável a um imposto sobre património detido?
- Com certeza. É preciso ver sinais exteriores de riqueza que não enganam. Tem de haver limites, senão torna-se obsceno com 300 mil idosos com reformas inferiores a 300 euros. Confrontei amigos que possuem bens de luxo se deixavam de os comprar com IVA adicional de 30%. Disseram-me que não. Então qual é o problema [em taxá-los]?", Fernando Nobre, candidato presidencial, hoje no Jornal de Negócios.
Quando surgiu a candidatura de Fernando Nobre, pensei: até que enfim alguém fora da política! Por isso, fiquei atento. Infelizmente, e sem prejuízo das suas admiráveis preocupações humanistas, são as contradições, evidenciadas na entrevista acima transcrita, que o torpedeiam sem misericórdia. Em matéria económica, não sabe o que quer. Um dia não quer impostos. No outro já quer. Um dia diz que criaria um patamar de IRS de cinquenta e tal por cento (como defendeu durante o Verão). Outro dia não se percebe se diz que aumenta os impostos sobre a propriedade ou sobre o consumo. É pena. Como afirma, e muito bem, é o único que cumpre os requisitos essenciais para o cargo e que, hoje, passam por uma carreira distinta no sector privado e ausência de ligações político partidárias. Mas só isso não chega. Tem de pensar e comunicar com nexo. E não o tem feito.

a tese da homossexualidade

Gostaria de dar um singelo contributo para a tese da homossexualidade no crime de que se fala. Em Cantanhede, homossexual* é apenas o elemento passivo. O activo, normalmente mais jovem e atlético, é considerado um machão. É esperado que o passivo pague os serviços do activo.

* No linguajar indígena, o homossexual é muitas vezes apelidado de "homemssexual" e de "paneleiro".

deseducar as crianças

No entanto, as crianças ouvem falar diariamente da homossexualidade e até conhecerão cada vez mais casos na vida privada. É altura de dar a entender às crianças que uma coisa é o amor, outra as pessoas decidirem viver juntas, outra a orientação do desejo sexual e outra a deturpação e o perverso - que nada têm a ver com as restantes.

PS: Este pediatra não deve ter filhos. Nem os deve saber fazer, porque na deturpação e no perverso é que está o segredo.

12 janeiro 2011

incrível


Atestados
Atestados médicos
Confirmação de atestado médico
Atestado multiuso de incapacidade em junta médica
Atestado em junta médica de recurso

20 euros
10 euros
50 euros
100 euros
Vacinas
Vacina contra a febre amarela
Vacina contra a febre tifóide
Vacina contra encefalite japonesa
Vacina contra meningite trivalente
Vacina contra raiva

100 euros
50 euros
100 euros
50 euros
50 euros

legitimar o status quo

A candidatura de Manuel Alegre apenas serve para legitimar o status quo. O verdadeiro gesto patriótico do poeta seria dizer NÃO!

há sempre alguém que diz não

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Trichet apoia Cavaco... (e Sócrates).

A intervenção do BCE na compra da dívida pública portuguesa destinou-se, obviamente, a apoiar a reeleição de Cavaco Silva. Ou não?

Menos mal

Vendemos 1250 milhões, dos quais cerca de metade a 6,72%. No global, a totalidade do montante previsto. E nos caso dos 10 anos, a uma taxa inferior à do último leilão e inferior àquela que, ontem, vigorava em mercado secundário.

Em suma, reafirmo o que aqui já tinha escrito: abaixo de 7,75%, somos capazes, este ano, de nos safar (à rasquinha) do FMI...e desde que o OE2011 seja implementado.

ao ataque

"Este Natal, disse-lhe: 'Carlos tem cuidado'. Estava a referir-me à decepção, porque ele é um rapazote de 21 anos e tu és um homem de 65 (...) Sei que esta viagem a Nova Iorque foi desastrosa, nos últimos dias as coisas não estavam bem entre eles. Havia discussões. O Renato terá confessado que matou para libertar os demónios, os vírus. Para libertar o pecado. Ele foi acólito durante uma série de anos em Cantanhede. Deveria ter a cabeça cheia de ideias sobre o pecado. E entra em extrema violência.", Guilherme de Melo (homossexual assumido, jornalista e amigo de Carlos Castro), hoje no Público (página 10).
"O assassinato de Carlos Castro por Renato Seabra pode ser um crime homofóbico (...) um crime homofóbico no seu pior, pois é um crime de homofobia internalizada (...) assusta, que um rapaz de 21 anos, em 2011, de um meio diferenciado, possa sofrer tanta homofobia internalizada", Miguel Vale de Almeida (homossexual assumido, ex-deputado e activista dos direitos LGBT), hoje no Público (página 11).

leitura recomendada

"Porque é que os países actualmente em dificuldade não são uma amostra aleatória da zona do euro, mas sim praticamente os mesmíssimos que tinham idênticos problemas graves de desequilíbrio nas suas contas públicas e externas no século XIX? (...) Um país com moeda própria e com problemas sérios nas contas externas pode ver a sua moeda atacada pelos especuladores. Este ataque tem um duplo efeito, castiga o país, cuja produção passa a valer menos, mas recebe uma forte ajuda para corrigir as suas contas externas. Depois da depreciação as exportações aumentam, o défice externo cai e o problema que desencadeou o ataque é resolvido. E como é com as taxas de juro no euro? Elas têm uma óbvia capacidade de castigar, mas uma enorme dificuldade em ajudar a corrigir problemas (...) a subida das taxas de juro sinaliza o problema, mas agrava o défice público, dificulta o investimento e o crescimento.", Pedro Braz Teixeira, na edição de hoje do Jornal de Negócios ("Fim do euro", página 37).

Diabo, Senhor!

My sympathies to the Portuguese people who are not to blame for the foolish illusions of their governing elites. And remember, Cara Nação, this bail-out is not for you: it is for European banks exposed to Portuguese debt, just as the Irish and Greek bail-outs were in reality rescues for German, French, Belgian, Dutch, British, and Spanish lenders that ran amok during the credit bubble.
But you pay.

PS: Pois é, nós é que vamos pagar a loucura dos nossos políticos e a irresponsabilidade da grande banca internacional.

the dam breaks in Portugal

Here is the Portuguese version from Economico for Lusophiles: “É mais fácil se tivermos um apoio externo, desde logo porque isso permite que o ajustamento não seja tão abrupto, mas feito sozinho, para os mercados acreditarem nele, teria que ser brutal. Com o apoio de uma dessas instituições (FMI ou Fundo Europeu) poderá ser menos abrupto”.
Meanwhile, Publico reports that “technical talks” are going on behind the scenes with the EU authorities and the IMF, with a plan likely to be in place by next week. This feels exactly like the final days – or hours – before Ireland gave in.
Evidently, there is a split at the central bank. Governor Carlos Costa still insists that a rescue can be avoided. “I have said it, and I will say it again: the Portuguese are solving their problems and have the ability to solve their problems themselves,” he said.
Well, Dr Costa, if you cannot hold your own board together, do you expect us to believe this?

Via Telegraph

11 janeiro 2011

pressão mediática

FT atento a Portugal

And Lisbon was slow to adjust. Political divisions cast doubt on its ability to control public finances. In 2010 the deficit was only shrunk by putting the telecoms pension fund on the public balance sheet. The government now seems committed to control the deficit in earnest, but possibly too late to regain market confidence. If a European rescue of Portugal is still avoidable, it is becoming less and less so.

By refusing to tap European funds until they had no choice, Athens and Dublin made the path to their rescues messier and more painful than necessary. Lisbon is repeating their mistake by seeing it as a national disgrace to ask for help. In truth, pre-emptively going to the EFSF would improve the chance of calming markets and leaving rescue funds untapped.

Via FT

descubra as diferenças

O que é que faria o FMI que o governo não é capaz de fazer por iniciativa própria?
- Cortar nos gastos com a educação, a saúde e a segurança social.

gato escondido com rabo de fora

É curioso que tendo a Polícia Judiciária Militar descoberto o processo mediante o qual foram roubadas as metralhadoras, e assim libertado os 350 homens que aprisionara na semana passada, ainda não tenha descoberto o paradeiro dessas mesmas armas!

só nos faltava + esta

Os cientistas defendem mesmo a criação de uma agência especial da ONU para lidar com eventuais contactos com seres de outros planetas. Os cientistas querem ver um “processo adequado baseado em conselhos de peritos sérios e responsáveis” mas temem “interesses e oportunismo” num caso de contacto de extraterrestres, segundo a revista científica Philosophical Transactions da Royal Society, citada num artigo do diário britânico "The Guardian".

“A falta de coordenação pode ser evitada através da criação de um quadro amplo num esforço verdadeiramente global governado por um corpo com legitimidade política internacional”, dizem John Zarnecki, da Open University, e Martin Dominik, da Universidade St Andrews, num dos artigos da revista. As Nações Unidas, acrescentam, têm já um fórum ideal para lidar com a questão, o Comité para Utilização Pacífica do Espaço (Copuos).


Via Público

PS: Depois do aquecimento global vêm aí os ETs. A populaça come tudo.

10 janeiro 2011

Sócrates e o FMI

Manter Sócrates no governo após a entrada do FMI seria mais ou menos como manter João Rendeiro no BPP ou Oliveira e Costa no BPN. Esquecendo por um momento as responsabilidades criminais (todos são inocentes até prova em contrário), a gestão destes senhores foi catastrófica.

se AG não existisse

... desde que Eduardo Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso foram abatidos politicamente... porque também não só queriam limpar o PS da corrupção e do enriquecimento ílicito, como estavam a fazê-lo.

PS: A eurodeputada Ana Gomes ressuscita a teoria da cabala contra o PS e afirma que existe corrupção e enriquecimento ilícito dentro do partido a que pertence. Se eu bem entendi as suas palavras...

S. Renato

Será o jovem Renato o único monstro desta história tenebrosa ou poderá o rapaz ter sido vítima de um velho lúbrico que lhe queria tirar a inocência?
Se fosse uma rapariga estaríamos perante um "flagrante caso de tentativa de violação".

um sinal

Abstenção de 76% na eleição para Presidente da OM. Um sinal muito claro.

Zona euro 2010 = Latam Anos 80

"Contribuintes, investidores e governantes encaram o futuro da zona euro com apreensão, devido ao grau de endividamento de algumas economias, como a Grécia e a Irlanda. Um sentimento agravado pela ausência de estratégia para sair da crise, apesar de a crise de dívida soberana da América Latina na década de 1980 ser a prova de que existe solução (...) Em 1982, pensava-se que a resposta inicial à crise de dívida na América Latina devia ser o crescimento económico, o qual, eventualmente, permitiria aos países do continente saldar as suas dívida (...) Foram precisos anos para percebermos que a deflação do salário real e o recuo das economias não são compatíveis com a liquidação das dívida. O que parecia, à primeira vista, um problema de liquidez era, na prática, um problema de solvência, como ficou patente na decisão que o Brasil tomou em 1987 ao suspender o pagamento de juros. A resposta acabou por ser o perdão da dívida (...) Países pequenos como a Costa Rica conseguiram uma redução de 47%. No caso dos maiores devedores, a redução foi menor: Uruguai 20% e México 12%.", Edição de hoje do Diário Económico (Económico Mercados, páginas 6 e 7).
Ora, dado que as obrigações do Tesouro portuguesas (a 10 anos) transaccionam, neste momento, a cerca de 80% do par, o mercado está a indicar-nos que, num cenário de perdão de dívida, precisaríamos de uma redução de 20% no valor nominal da dívida pendente. Por seu turno, a Grécia precisa que lhe perdõem mais de 30% e a Irlanda cerca de 25%.

09 janeiro 2011

o custo do socialismo

As políticas do PS devem ter custado ao País cerca de 60.000 a 80.000 M€ *, nos últimos anos. Mais ou menos o montante da ajuda que o FMI nos vai "desbloquear".

* 8.000,00 € a cada português.

centro de saúde do Soho, em Londres

O NHS, o grande modelo do nosso SNS, já disponibiliza consultas e tratamentos de medicina chinesa e de osteopatia. Para quando a mesma abertura em Portugal?

1926 em 2011

Contra factos não há argumentos.

07 janeiro 2011

magia (negra) II

Um diz uma coisa. O outro diz outra. Mas enquanto as palavras do primeiro leva-as o vento, das palavras do segundo deduz-se o prejuízo associado à nacionalização do BPN e à gestão do BPN nacionalizado. Prejuízo da nacionalização: 1,6 mil milhões de euros. Prejuízo do banco nacionalizado: 400 milhões. Buraco total: 2 mil milhões de euros.

magia (negra)

Sócrates, hoje, no Parlamento: "Melhoria no BPN é assinalável".
Referia-se à redução dos prejuízos líquidos entre 2008 e 2009. O engraçado é que, a avaliar elos relatos da imprensa, ninguém na Assembleia da República - não há lá economistas?! - lhe perguntou pelos capitais próprios...Quando foi nacionalizado, os capitais próprios eram negativos, salvo erro, em cerca de 1,6 mil milhões de euros e, hoje, consta que estão bastante pior. Este, sim, é que é o valor a assinalar, sendo que, bem vistas as coisas, não há qualquer melhoria e não é nada assinalável. Enfim, a brincar com as palavras (e com os números) continuamos...
Ps: Tenho, apesar de tudo, alguma simpatia pelos actuais administradores do BPN...pediu-se-lhes uma missão impossível.

06 janeiro 2011

Comunicado do Movimento das Forças Armadas

Reunidos esta noite em minha casa, celebrámos o XXº aniversário do patriarca Arroja, também conhecido como "O Imperador". Do encontro familiar, os machos dominantes da família analisaram a situação do momento e, entre outras coisas mui importantes, concluiram o seguinte: não terá sido pelo mero furto de dez metralhadoras, avaliadas em 2 ou 3 mil euros cada uma, que 300 Comandos de elite do Exército português estão hoje presos em Sintra.
Ps: O jantar, tripas à moda do Porto, foi acompanhado de um magnífico Herdade de São Miguel da Casa Agrícola Alexandre Relvas, por isso, não é certo que as conclusões deste MFA tenham sido 100% rigorosas...

nuvens negras à vista

Aperta-se o cerco a Portugal. As balas vêm de todo o lado: do BPN, dos Comandos, da Economist, do IGCP...

Tendo os dados da DGO de Novembro e de Dezembro evidenciado a estagnação do défice primário há razão para uma réstia de esperança. De que, talvez, consigamos escapar, à rasquinha, do FMI (sendo certo que a manutenção do "status quo" pouco tem, também, de positivo). Mas, enfim, estando os juros acima de 7% e aproximarem-se dos meus 7,75% as nuvens voltam a adensar-se.