13 agosto 2017

a rir

O post que me divertiu mais escrever nos últimos dias? Este, que também foi aquele que me deu mais trabalho. Ainda agora me divirto a imaginar o procurador Prado - aliás, Meadow - por esse país fora a fabricar criminosos.

(Os nomes das terras portuguesas dariam muito mais pano para mangas, para um romance policial tendo no centro o procurador Meadow, mostrando, ao mesmo tempo,  que em Portugal há de tudo - é preciso é procurar).

Tínhamos umas contas a ajustar, que estão longe de estar saldadas.

Nos Evangelhos, Cristo aparece como uma personalidade extraordinária e multifacetada, mas há uma situação em que nunca o vemos - é a rir. Nós podemos imaginá-lo em muitas situações a sorrir, mas nunca a rir, e certamente que não às gargalhadas.

A razão é compreensível. Quando nos rimos - e sobretudo quando nos rimos a bandeiras despregadas - é normalmente acerca de qualquer ser humano, ou de uma situação envolvendo um ser humano.

Ora Cristo, que veio pregar o amor entre os homens, a centralidade do ser humano na vida e na obra da criação, e mostrar que Deus se manifesta, em primeiro lugar, através dos seres humanos, não podia fazer nada disso.

Naquela maneira negativa que é própria do protestantismo que tomou conta das cabeças da pretensa elite portuguesa nas últimas quatro décadas, a regra de ouro enuncia-se assim: "Não faças aos outros aquilo que não gostas que te façam a ti".

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