31 maio 2015

à musa

À musa que nada perde ou repete, porque tudo cria e renova

Adaptado da dedicatória de José Saramago a Isabel da Nóbrega, na primeira edição do Memorial do Convento

Da Domine virtutem manibus meis


30 maio 2015

menos severa

In fact, over the near term, austerity within the eurozone would probably be considerably less severe than austerity out of it.
WSJ

No curto prazo, a austeridade dentro da zona euro será possivelmente menos severa do que a austeridade fora dela.
 

gestão

Hoje fui a Braga motivar futuros colegas a estudar gestão :-)

28 maio 2015

repor a verdade

Comunicado – a propósito das notícias relativas ao Hospital de Santa Maria

Em declarações hoje atribuídas na comunicação social à Senhora Dra. Sónia Pires escreve-se que nos processos de nomeação dentro do Hospital de Santa Maria interferem (e citamos): "dinâmicas externas próprias à sociedade portuguesa — como (...) a Opus Dei".
O Opus Dei desmente categórica e integralmente o conteúdo de tal afirmação. A Senhora Dra. Sónia Pires não contactou com a prelatura do Opus Dei para o seu trabalho. Sendo uma afirmação que põe em causa a natureza e a finalidade desta instituição da Igreja Católica, pedimos publicamente à Senhora Dra. Sónia Pires que, caso tenha proferido as palavras que lhe são atribuídas, retire a afirmação Se a afirmação, apesar de lhe ser atribuída, tiver sido dita, afinal, por alguma pessoa envolvida no estudo, desejamos que as autoridades competentes realizem uma investigação sobre as suspeitas levantadas.
Em qualquer caso, a prelatura do Opus Dei está e estará sempre disponível para colaborar com as autoridades. O Opus Dei é uma instituição criada pela Santa Sé, e - sobre aquilo que é e o que faz - podem solicitar-se informações à Conferência Episcopal Portuguesa, à Nunciatura Apostólica e, na Santa Sé, à Congregação para os Bispos.

Comentário: O Gabinete de Imprensa da Opus Dei distribuiu este comunicado à imprensa na sequência desta notícia. É surpreendente que a autora do estudo não tenha contactado as entidades que alegadamente denuncia.

maçonarismo

Quando pesquisei uma citação do António Arnault para o post anterior tropecei nesta pérola:
‹‹Maçonaria deve rejeitar o capitalismo››

Não vou comentar o conteúdo da proposta que para mim é equivalente a afirmar: "Maçonaria deve rejeitar a natureza humana", apenas deixo uma pergunta:

- Depois de rejeitar o capitalismo vamos adotar o quê? O maçonarismo?

interesses e corrupção III

‹‹Fiz tudo o que podia, desde a Igreja à Maçonaria, passando pelo Conselho da Revolução, onde fui, com o Mário Mendes, explicar o conteúdo e sentido político, humanista e técnico do SNS››.

Comentário: Pelo menos, no que diz respeito à Igreja e à Maçonaria estamos esclarecidos.

interesses e corrupção II

... o que se passa no HSM não é um caso isolado e deverá passar-se também noutros hospitais do país.

27 maio 2015

interesses e corrupção

O Hospital de Santa Maria, o maior do país, está minado por uma teia de interesses e lealdades a partidos políticos, à maçonaria eorganizações católicas, conclui um estudo que avaliou a qualidade e funcionamento de seis instituições nacionais. A análise ao Hospital de Santa Maria (HSM), a cargo de Sónia Pires, salienta que, “apesar das melhorias registadas a partir de 2005″, a unidade hospitalar “continua atravessada por fortes conflitos de interesse e atos nas zonas cinzentas ou silenciadas que se configuram como corrupção“.
“A Maçonaria, a Opus Dei e a ligação a partidos políticos ainda são três realidades externas que intersetam a esfera do HSM”, refere o estudo “Valores, qualidade institucional e desenvolvimento em Portugal, encomendado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, que vai ser apresentado na quinta-feira. A investigadora, que se baseou em questionários e entrevistas recolhidos entre 2012 e 2013, traça um retrato negro da instituição onde se entrecruzam os interesses públicos e privados de “grupos poderosos“, nomeadamente na classe médica e na direção de serviços de apoio que condicionam o funcionamento dos serviços a nível de recursos humanos e aquisição de material clínico.

2 casos 2

Apesar de tudo, os processos contra este figurão têm corrido de forma exemplar

Por comparação, este processo suscita dúvidas e abre as portas à vitimização

Espanha & Grécia

Resultado das eleições em Espanha põe mais pressão sobre a Grécia

PS: WSJ reitera o argumento que eu apresentei aqui: "Syriza perde as eleições em Espanha"

seria pior

“Aceitar todas as exigências de Atenas seria pior do que a ‘Grexit’”

26 maio 2015

Joãozinho

dançar com a morte

Hernán Cortés afundou os navios da sua armada em Veracruz (Julho de 1519) para eliminar qualquer possibilidade de recuo.
Neste artigo da Forbes, Frances Coppola, compara esta estratégia à dos gregos na negociação com a UE.

economics and business

Athens University of Economics and Business
 
















 Harvard Business School














25 maio 2015

as eleições têm consequências

Syriza perde as eleições em Espanha

PS: O aperto do PP, que continua o partido mais votado mas por margem pequena, vai condicionar uma posição mais dura da Espanha, contra o Syriza, no Eurogrupo.

24 maio 2015

lobbying

Há uma parte significativa dos crimes de corrupção em Portugal que teriam enquadramento legal como lobbying. Uma actividade perfeitamente legal em Bruxelas, mas ilegal em Portugal.
Ver também este artigo de 2014 no Observador.

o teste do Corte Inglês

How Labour failed the John Lewis test

“Historically they are meant to represent the people who have it the worse, and no one aspires to that,” she said. “Even if you are better off under Labour, you want to be the sort of person who is better off under the Tories.”

Historicamente  os socialistas é suposto representarem os mais desfavorecidos, e ninguém aspira a esse estatuto. "Mesmo as pessoas que mais beneficiariam com os socialistas, querem ser o tipo de pessoas que mais beneficiam com os conservadores".

minarquismo

As propostas do PS vão agradar aos minarquistas*, Costa quer um Estado forte mas simplificado e descentralizado, que valorize as funções centrais de soberania: a administração interna, a defesa e a justiça.

* Just a joke

23 maio 2015

é mais fácil

É mais fácil proibir a burka e o niqab do que acabar com o socialismo.

cum on

O risco de SIDA na população portuguesa não pode ser radicalmente diferente do risco noutros países pelo que se olharmos para os EUA, país que analisa tudo e mais alguma coisa, podemos extrapolar algumas conclusões para o que se passa aqui no jardim.

Nos EUA o número de pessoas com HIV é cerca de 0,0033% da população* (cerca de 1 milhão de pessoas). Mas entre os gays esta cifra sobe para 20% e metade nem o sabe.

Os comportamentos mudam, é verdade, mas também é verdade que o risco de contrair SIDA numa relação heterossexual é extremamente baixo (1:3000), muito alto numa relação homossexual (1:100) e quase certo numa transfusão com sangue contaminado.

É por isto que as autoridades sanitárias em Portugal não aceitam dádivas de sangue de homossexuais. E só uma nota final para a Rita Carreira: o número de casos de SIDA, nos gays dos EUA, não está a diminuir, está a aumentar. Em Portugal podem estar a diminuir, se as estatísticas forem fiáveis, mas também podem estar a aumentar, ou vir a aumentar, se seguirmos a tendência norte-americana.

É verdade, as estísticas são f#$%&/s!

* Em Portugal é 0,0014%

não saímos da cêpa torta

‹‹Mas é empresário, vive de e para o dinheiro, para o reproduzir, multiplicar e ter lucros›› - Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa

Comentário: Os empresários vivem para criar valor para a população, os lucros são o resultado dessa criação de valor. Quando não criam valor os empresários não realizam lucros e vão à falência.
Pensarmos que os empresários "vivem de e para o dinheiro" é uma das razões porque não saímos da cêpa torta.

22 maio 2015

é o que eu digo

"PS tem medidas tão liberais que não as subscrevo" - PPC

Comentário: É o que eu digo, a coligação tem governado à esquerda. A começar pelo gajo do enorme aumento de impostos.
Os liberais que apoiam a coligação e cultivam os tiros ao Costa andam a fazer figura de parvos.

ciência política

Há uma regra empírica, em política, que é a seguinte:

‹‹Os governos de direita governam à esquerda e os governos de esquerda governam à direita››

A causa deste fenómeno é a necessidade de ocupar o centro político. Se o governo da coligação anunciasse que ia abrir a ADSE a todos os portugueses, por exemplo, seria imediatamente acusado de neoliberalismo, "fássismo", e até os pilotos da TAP entrariam em greve contra o fim do SNS. A mesma proposta feita pelo PS, porém, não vai suscitar quaisquer críticas de ninguém. Não vamos ver indignados, nem insurgentes, a reclamar o fim da ADSE.

Porquê? Qual a causa deste fenómeno?
Porque quando um governo de esquerda toma medidas de liberalização, a populaça acredita que o faz por boas intenções e com cuidados cirúrgicos para não doer mais do que é preciso. Quando as mesmas medidas são tomadas por um governo de direita, a populaça acredita que o faz por obssessão ideológica e para servir interesses instalados.

Continuando a falar de saúde, talvez seja por este fenómeno que o atual governo é dos mais coletivistas e centralistas nesta área.

obrigado Joaquim

Há anos que defendo que se abra a ADSE a todos os portugueses. De forma pública e clara, nos jornais, na rádio, na televisão e aqui no Portugal contemporâneo, em dezenas de posts.
Em 2009 escrevi uma série de posts com medidas para reformar o sistema de saúde - chamei-lhe SNS XXI (11 de Março de 2009). A oitava medida era precisamente a generalização da ADSE.

Mais ou menos pela mesma altura (Setembro de 2009), Mendes Ribeiro publicou o livro "Saúde - A Liberdade de Escolher" a defender a mesma tese, demonstrando que tal solução facilitaria a gestão do sistema de saúde e seria mais económica. Este contributo, bem articulado e defendido, foi largamente ignorado.

Escusado será dizer que as críticas, e insultos, foram mais do que muitas. Mas não interessa. O que é verdadeiramente engraçado é que venha agora António Costa defender publicamente a minha proposta para reformar o sistema de saúde:

O líder do PS quer abrir a o subsistema de saúde dos funcionários públicos (ADSE) a todos os portugueses, ou seja, quer que este subsistema deixe de ser exclusivo dos trabalhadores do Estado. O projecto de programa eleitoral dos socialistas, apresentado na quarta-feira, propõe a "mutualização progressiva da ADSE, abrindo a sua gestão a representantes legitimamente designados pelos seus beneficiários, pensionistas e familiares". A frase tem subjacente a ideia de transformar a ADSE numa associação de direito privado mutualista, isto é, em que sejam os próprios associados os responsáveis pela gestão através da eleição dos órgãos sociais, apurou o Diário Económico junto de fonte socialista. Mais: o subsistema de saúde deixaria assim de ser exclusivo para funcionários públicos, admite a mesma fonte.
DE

Como podem depreender, já devo estar na "short list" para uma comenda no 10 de Junho de 2016, com António Costa como primeiro-ministro e Rui Rio como Presidente da República.
Mas se a República não tiver amadurecido ainda o suficiente para dar uma comenda a um bloguer libertário, pelo menos, um postalzinho de agradecimento não ficava mal.

- Ó Costa, até um SMS já me deixava contente. ‹‹Obrigado Birgolino, deste-nos uma ideia fantástica››.


uma ideia excelente, com 15 anos de atraso


o quê ou quem?

Porque por cá, o cinismo político manda-nos, não ouvir o que é dito, mas considerar quem o diz: e no caso do PS, tudo se reduz a António Costa. 
Rui Ramos, no Observador

Comentário: Não é o cinismo político, é a nossa cultura católica. O mesmo se aplica, em Portugal, a qualquer outra actividade. Não se discutem as ideias mas as pessoas.
É também por isso que os artigos dos pânditas que exigiam que António Costa apresentasse o seu programa (vários no Observador) não faziam qualquer sentido.
O programa não interessa porque não é para cumprir.

21 maio 2015

o Estado e o Zé Povo


O E. gastou durante anos acima das suas possibilidades e há 5 anos foi à falência. Nenhum banco lhe emprestava “guito” e o nosso E., por sugestão deste gajo, recorreu à família. Ameaçou o pai Z., e este, amedrontado, aumentou-lhe a mesada, à custa dos cartões de crédito e de empréstimos pessoais.
Com as suas contas reequilibradas, o E. anda por aí a gabar-se de que já tem crédito no mercado e a juros negativos. É uma pessoa esforçada e séria.
Por outro lado, o Sr. Z. anda num sufoco, a pagar juros usurários para suportar o aumento da mesada do E.
Como a maior parte dos portugueses não percebe patavina de economia, deixo aqui esta historieta, em que se substituírem E. por Estado e Z. por Zé Povo, ficam com uma ideia muito clara do que se está a passar.

aVisa


Esta notícia não parece verdadeira, mas mesmo que tenha apenas um fundo de verdade, ou seja uma meia-verdade, revela algo de sinistro sobre a economia portuguesa.
O enorme aumento de impostos (deste gajo) equilibrou mais as contas públicas, ao ponto de nos estarmos a financiar nos mercados a juros negativos, mas desequilibrou as contas particulares, obrigando os portugueses a recorrer a créditos pessoais, com juros que, em média, nunca serão inferiores a 15% (ver aqui).
Ou seja, é possível que, em termos agregados, os juros da dívida tenham afinal subido, na medida em que os portugueses a estão a amortizar com o cartão de crédito.
Era engraçado que os senhores economistas, em vez de andarem por aí a fazer figura... , se dedicassem a computar estes números.

só há uma entidade

As famílias portuguesas usam todos os meses mais de três mil milhões de euros de plafond de crédito - cartões de crédito, contas-ordenado e linhas de crédito autorizadas (crédito revolving). Um valor que reflecte gastos sistemáticos que ficam três mil milhões de euros acima do seu rendimento disponível. 
DE

Comentário: Aqui está uma notícia que não corresponde à realidade. Ninguém pode gastar sistemáticamente (como refere o DE) acima das suas possibilidades sem que os credores lhes cortem o crédito.
Só há uma entidade que o pode fazer: o Estado.

a televisão - homenagem a José Vilhena


20 maio 2015

a desigualdade boa e a desigualdade má

Eu sou a favor da desigualdade, mas da desigualdade boa. A desigualdade boa é a que emerge espontaneamente numa sociedade com igualdade de oportunidades. A desigualdade má é a que decorre de uma desigualdade de oportunidades.

A desigualdade em Portugal é da má e é esta que tem vindo a aumentar nos últimos anos.

o gajo

O governo da coligação PSD/CDS esmagou a classe média e contribuiu para aumentar o fosso entre os mais pobres e os mais ricos.

O enorme aumento fiscal foi a causa deste fenómeno. Não deixa por isso de ser curioso que o gajo que promoveu esse aumento se venha agora manifestar contra a desigualdade.

a desiguladade é má

Em termos gerais, penso que o tema da desigualdade é importante por, pelo menos, três ordens de razões. Em primeiro lugar, a desigualdade na distribuição de rendimento, riqueza, oportunidades e capacidades é relevante para a avaliação da justiça social. É, assim, importante em si mesma.
Em segundo lugar, a desigualdade é importante para o funcionamento da própria sociedade. Numa sociedade aberta a desigualdade não pode exceder os limites a partir dos quais a elite ganha capacidade para impedir uma efetiva participação por parte da maioria da população. Em sociedades caraterizadas por tais fenómenos de exclusão são violadas não só condições mínimas para o exercício de participação política mas também condições necessárias de progresso e prosperidade. Finalmente, sociedades desiguais tendem a ser sociedades fragilizadas por conflitos sociais abertos ou latentes. A justiça distributiva aparece como condição para a coesão social.
V. Gaspar, no Observador

a desigualdade é boa



"High payoffs for lucky innovators motivate others to duplicate their success and avoid loss of status from failing to do so. Rather than lamenting the disparity of U.S. wages, we should cherish our good fortune." More equal societies work less, invest less, grow more slowly and ultimately leave everyone less well-off. In recent years, the U.S. "ran the table on Internet innovations, creating companies like Google, Facebook, Microsoft, Intel, Apple, Cisco, Twitter, Amazon, eBay, YouTube and others," while "Europe and Japan," with higher marginal tax rates, lower work-force participation and fewer hours worked per employee, "scarcely contributed."
Edward Conard, em Unintended Consequences

As sociedades mais igualitárias trabalham menos, investem menos, crescem menos e, em última instância, deixam todos mais pobres.

19 maio 2015

brincar com o fogo

A Fitch anunciou um corte de "rating" para quatro bancos portugueses: BCP, BPI, Montepio e Banif, sendo este último o mais penalizado com um corte de quatro níveis de "BB" para "B-", de acordo com uma nota publicada esta terça-feira, 19 de Maio.

são burros

António Costa sobre o FMI: São burros.

Pires de Lima sobre o FMI: Pode ser que tenham de colocar orelhas de burro.

Comentário: Como tenho vindo a sublinhar, não há diferenças significativas entre o PS e a coligação.

onde estão?

No final do primeiro mandato do ex-primeiro-ministro que está de cana comecei a interrogar-me sobre o que estariam a pensar os ricos, as pessoas que tinham mais a perder com uma bancarrota do País.
Ainda não sei a resposta a esta interrogação, não sei o que estavam a pensar. Mas sei que atualmente os muito ricos estão menos ricos e que alguns até  estão na choça ou com termo de identidade e residência, e com os bens arrestados, como o ex-DDT.
Decorridos cerca de 5 anos continuo a colocar-me a mesma pergunta. O que estão a pensar as pessoas que resistiram à troika e que ainda têm algum património a defender.
O que pensam, por exemplo, destas declarações do Ministro da Economia? Ou aprendemos com o passado recente ou tornamo-nos num Estado falhado.

going greek

Pires de Lima espera que FMI não tenha de «colocar orelhas de burro»

Não tive oportunidade [de ler o relatório] e confesso que não está nas minhas prioridades ler os relatórios do FMI

empurrar a burra

No curto prazo, o programa da troika foi “um sucesso”, mas no que diz respeito às perspectivas de médio prazo muito pouco mudou. Esta análise é feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), uma das instituições da troika que, em 2011, chegou a Portugal para conceder um empréstimo, que vinha acompanhado por um programa de consolidação orçamental e de reformas estruturais.

Os objectivos da troika em 2011 eram claros: enfrentar a emergência da falta de financiamento do país e, ao mesmo tempo, acabar com as debilidades estruturais da economia, colocando-a outra vez a crescer rápido. Para o FMI, apenas a primeira meta foi atingida para já. No relatório de análise a Portugal publicado esta segunda-feira pelo Fundo, são feitos elogios à forma como Portugal conseguiu reduzir os seus défices e voltou a conseguir obter financiamento do mercado. Mas depois, quando se analisam as cinco prioridades para o médio prazo - garantir um equilíbrio interno (que significa por exemplo não ter uma taxa de desemprego demasiado alta), conseguir um equilíbrio externo (não ter défices externos excessivos), aumentar o crescimento potencial, reduzir o endividamento dos privados e assegurar a sustentabilidade orçamental – os sucessos observados pelo FMI são muito reduzidos.

Dessas cinco prioridades, quatro não eram cumpridas antes da crise. E agora, o saldo é o mesmo, ainda com quatro prioridades por cumprir. Houve apenas uma troca, antes apenas o equilíbrio interno estava assegurado e agora passou a ser o equilíbrio externo que está a ser cumprido.

PÚBLICO

Comentário: A coligação focou-se no curto prazo, nos 4 anos do ciclo eleitoral. E quem vier a seguir vai fazer o mesmo.

insatisfeitos

53% dos portugueses insatisfeitos com o sistema de saúde

Para 15% é necessária uma reestruturação completa e para 38% são necessárias grandes mudanças.

Comentário: É curioso o título do Público: "Utentes satisfeitos com SNS mas 53% defendem necessidade de grandes mudanças". Se a maior parte dos portugueses sente a necessidade de grandes mudanças, como é que se pode concluir que estão satisfeitos?

18 maio 2015

para manter a sanidade mental...

... é necessário assumir a perspectiva da águia. Observar a floresta e não as árvores, o que se chama, na linguagem da PNL, "chunking up".
A maior parte das pessoas, infelizmente, não tem capacidade para este exercício e depende das elites para se orientar.
O problema é quando se rompe a confiança entre o povo e as elites.

subscrevo

Marisa Matias: “Isto já não vai lá com política, só com psiquiatria”

Comentário: Sem dúvida!

17 maio 2015

uma cultura em desaparecimento

Sinto uma necessidade compulsiva de fotografar quase tudo à minha volta, desde que vi o documentário "Ein Traum fon Afrika", da Leni Rifenstahl.

graças ao capitalismo

Graças ao capitalismo o meu jantar ontem foi este belo peixe galo, frito às postas. Adquiri-o no mercado de Matosinhos e posso garantir-vos que não chegou ao meu prato por bondade da peixeira

when you bite the Invisible Hand… it always bites back



In Why We Bite the Invisible Hand, Peter Foster delves into a conundrum: How can we at once live in a world of expanding technological wonders and unprecedented well-being, and yet hear a constant drumbeat of condemnation of the system that created it? That system, capitalism, which is based on private property and voluntary dealings, is guided by the “Invisible Hand,” the metaphor for economic markets associated with the great Eighteenth Century Scottish philosopher Adam Smith. The hand guides people to serve others while pursuing their own interests, and produces a broader good that, as Smith put it, is “no part of their intention.” Critics. however, claim that the hand is tainted by greed, leads to inequity and dangerous corporate power, and threatens not merely resource depletion but planetary disaster. Foster probes misunderstanding, fear and dislike of capitalism from the dark satanic mills of the Industrial Revolution through to the murky concept of sustainable development. His journey takes him from Kirkcaldy, the town of Smith’s birth, through Moscow McDonald’s and Karl Marx’s Manchester, on a trip to Cuba to smuggle dollars, and into the backrooms of the United Nations. His cast of characters includes the man who wrote the entry for “capitalism” in the Great Soviet Encyclopaedia, a family of Kirkcaldy butchers, radical individualist Ayn Rand, father of evolutionary theory Charles Darwin, numerous Nobel prizewinning economists, colonies of chimpanzees, and “philanthrocapitalist” Bill Gates. Foster suggests that the key to his conundrum lies in the field of evolutionary psychology, which offers to help us understand both why some of what Adam Smith called our complex “moral sentiments” may be outdated, and why so many of our economic assumptions tend to be wrong. We are hunter gatherers with iPhones. The Invisible Hand is counterintuitive to minds formed predominantly in small close-knit tribal communities where there were no extensive markets, no money, no technological advance and no economic growth. Equally important, we don’t have to understand the rapidly evolving economic “natural order” to operate within it and enjoy its benefits any more than we need to understand our nervous or respiratory systems to stay alive. But that also makes us prone to support morally-appealing but counterproductive policies, such as minimum wage legislation. Foster notes that politicians and bureaucrats -- consciously or unconsciously -- exploit moral confusion and economic ignorance. Ideological obsession with market imperfections, income gaps, corporate power, resource exhaustion and the environment are useful justifications for those seeking political control of our lives. The book refutes claims that capitalism’s validity depends on the system being “perfect” or economic actors “rational.” It also notes the key difference between capitalism and capitalists, who are inclined to misunderstand the system as much as anyone. Foster points to the astonishing rise in recent decades of radical, unelected environmental non-governmental organizations, ENGOs. Closely related to that rise, Foster examines with one of the biggest and most contentious issues of our time: projected catastrophic man-made climate change. He notes that while this theory is cited as the greatest example in history of “market failure,” it in fact demonstrates how both scientific analysis and economic policy can become perverted once something is framed as a “moral issue,” and thus allegedly “beyond debate.” Foster’s book is not a paean to greed, selfishness or radical individualism. He stresses that the greatest joys in life come from family, friendship and participation in community, sport and the arts. What has long fascinated him is the relentless claim that capitalism taints or destroys these aspects of humanity rather than promoting them. Moreover, he concludes, when you bite the Invisible Hand… it always bites back.

o cobrador de fraque

Como é que o MF se assumiu como cobrador de portagens?

As Finanças não têm legitimidade para executar as dívidas de condutores relativas ao pagamento de multas de portagens. Quem o assume é precisamente um representante da Fazenda Pública, que em resposta a 91 processos de execução fiscal interpostos contra uma empresa – relativos a multas de 1,5 milhões de euros – disse que têm de ser as concessionárias a assegurarem a sua representação nesses processos através de advogados.

haverá alguém que defenda os bancos?

Não há economias modernas sem bancos

A narrativa contra os bancos, contra os ricos e contra as empresas, já não vende

16 maio 2015

não há saco

Estou a ficar sem amigos. Alguns, felizmente poucos, morreram, outros desapareceram de vista e um terceiro grupo, o maior, deixou-se ficar mentalmente lá pelos idos 70’s e 80’s.

Tenho saudades dos que partiram mas a verdade é que também já mal consigo aturar os que ficaram, eis o problema. Não partilho dos mesmos interesses, não gosto das mesmas coisas e não tenho paciência para os ouvir, especialmente quando se lamuriam.

Alguns, por ser médico, passam o tempo a falar de doenças, outros passam o tempo a falar da adolescência. Outros, coitados, já se reformaram e nem sabem do que falam.

Misericórdia Senhor que não há saco para tanto.

Mas sobre tudo, livrai-nos Senhor dos séniores que se transladam para as redes sociais e que poluem a net com uma mistura nauseabunda de trotskysmo e de “hippismo” requentado. Não seria preferível jogar às damas ou à sueca num jardim, a beber umas bejecas e a dizer mal da patroa?

15 maio 2015

as desgraças é que interessam à populaça


No café ao lado do meu escritório há um balcão com revistas "obscenas". Pergunto-me, porque é que só falam de desgraças?

o teste do pato

Se caminha como um pato, nada como um pato e grasna como um pato, provavelmente é um pato.

Este exemplo humorístico é útil em muitas circunstâncias da vida, mas não se aplica à justiça. Na justiça opera o princípio oposto: só é um pato quando se demonstrar objetivamente que é um pato.

esticou-se

Tenho muitas vezes criticado os tiros ao Costa, por serem simples exercícios de sectarismo. Gostaria agora de dar um exemplo de uma crítica certeira e isenta num artigo de opinião do Observador:

António Costa esticou-se, por Alexandre Homem Cristo

14 maio 2015

dentro de 10 anos

Disruption of Healthcare

Existing healthcare institutions will be crushed as new business models with better and more efficient care emerge. Thousands of startups, as well as today's data giants (Google, Apple, Microsoft, SAP, IBM, etc.) will all enter this lucrative $3.8 trillion healthcare industry with new business models that dematerialize, demonetize and democratize today's bureaucratic and inefficient system.
Biometric sensing (wearables) and AI will make each of us the CEOs of our own health. Large-scale genomic sequencing and machine learning will allow us to understand the root cause of cancer, heart disease and neurodegenerative disease and what to do about it. Robotic surgeons can carry out an autonomous surgical procedure perfectly (every time) for pennies on the dollar. Each of us will be able to regrow a heart, liver, lung or kidney when we need it, instead of waiting for the donor to die.

mais uma faceta do culto Mariano

O capitalismo (macho, pai) quer fornicar a Terra (fêmea, mãe)

É muito engraçado que a Igreja se tenha tornado tolerante com a fornicação real e intolerante com um arquétipo desta.

o novo mundo


Bem-vindos ao novo mundo dos smartphones , das câmaras de vigilância e do Google Glass, caros Victor Cunha e Rodrigo Adão da Fonseca. Tudo o que ocorre em público é passível de aparecer nos “Faces” e, infelizmente, até o privado se está a tornar público.
Nos EUA esta realidade banalizou-se e a própria polícia transporta videocamaras para gravar as interações com a população. De Baltimore a Nova Iorque, os videoclips documentam esta interação e alimentam os tribunais populares.
Em Portugal seguimos a mesma via, rápida e inexoravelmente. É o futuro a bater-nos à porta, é o Big Brother global.
Ora quando os videoclips se tornam públicos e objecto do interesse geral são notícia. O Observador, ao divulgar o vídeo da Figueira, não fez mais do que teria feito qualquer canal de televisão norte-americano. Bem-vindos, repito, ao maravilhoso mundo novo. É bom? É mau? É a realidade e nunca é bom lutar contra a realidade.
Uma nota final para o RAF, não há nada mais grave do que a violência física (Ayn Rand). A divulgação do vídeo pode ser criticável, tudo bem, mas não é violência.

13 maio 2015

a veneração da mãe numa cultura feminina


















Elogio da feminilidade 

(poema improvisado por um ateu no dia 13 de Maio)



Sussurras ao meu ouvido
Palavras que são cantares,
Não me vou sentir perdido
Enquanto me trauteares.

És o vento que embala
Soprando muito baixinho.
És o Sol que ilumina
E que me mostra o caminho

Sem ti ficava sem Norte
Numa história milenar.
Sem ti ficava sem sorte
Para no mundo acreditar. 

Joaquim

como se fosse loira

Aqui fica uma explicação muiiiito simples das vantagens e desvantagens do Euro versus o futuro Novo Escudo (como o Noveau Franc e o Novo Banco).

1. O Euro favorece os consumidores e os aforradores em detrimento dos investidores e produtores.
2. O Novo Escudo (ou Bento, se quiserem) favorece os produtores em detrimento dos consumidores.

Como Portugal consome mais do que produz, o Euro agrava este desequilíbrio e o Novo Escudo corrige-o.

PS: Há alguma maneira de corrigir a balança comercial sem sair do Euro? Há, o Estado tem de deixar de redistribuir recursos dos produtores para os consumidores, mas o PSD/CDS e o PS já demonstraram que não o irão fazer.

as escolhas são claras

Possible Referendum
...
Domestic backing for Tsipras’s tactics has been sapped by Greece’s economic ordeal and the potential choice between a shrunken welfare state inside the euro or an unknown future outside it. Fifty-four percent of Greeks back the government’s strategy, down from 82 percent in February...
Bloomberg

Comentário: As escolhas são claras e são entre um Estado Social mais reduzido mas no espaço do Euro ou um futuro incerto fora do Euro.
Em Portugal a situação é parecida, mas a coligação PSD/CDS e o PS já escolheram. Mantêm um Estado Social mastodôntico à custa da escravização fiscal de uma pequena parte da população. Estou convencido de que esta escolha vai fazer com que a economia "rebente pelas costuras", mas o futuro dirá.

Estado rico, povo pobre

O número de famílias que falharam o pagamento dos empréstimos da casa voltou a aumentar nos três primeiros meses do ano, a um ritmo de 71 novos casos por dia. No final de Março, havia 154 mil famílias em incumprimento no crédito à habitação, mais 6406 situações do que no final do trimestre anterior.
Dados actualizados pelo Banco de Portugal (BdP) mostram que o crédito vencido abrange 6,7% dos 2.304.547 famílias com empréstimos à habitação junto da banca.
Público

Comentário: Os cofres do Estado estão cheios, segundo a MF, mas os bolsos das pessoas estão vazios.

o dia d@ enfermeir@

+ um direito

Todos temos direito a boa enfermagem

12 maio 2015

sinal clássico de uma corrida aos bancos

Venda de carros aumentou 47% na Grécia, só em Abril

bê-á-bá

A coligação PSD/CDS não é de centro-direita, é do centro. Gostaria de explicar porquê ao Miguel Abrantes, da Câmara Corporativa.
Porque se perguntar a um liberal dizem-lhe que a coligação é de esquerda e se perguntar a um socialista dizem-lhe que é de direita, tire a bissetriz e veja lá se não cai no centro.
Para mal dos nossos pecados, exatamente no mesmo espaço político do PS, no centro - daí a expressão CENTRÃO.
Se dúvidas houvesse bastaria analisar o documento "Uma década para Portugal" e compará-lo com a política da coligação, são mais as parecenças do que as diferenças. Foi isso que o João Vieira Pereira notou e não foi o único. Ainda esta semana, Eduardo Catroga elogiou o documento.
É lamentável que o centrão não ofereça alternativas, mas é a vida.
PS e PSD/CDS são mais do mesmo.

2 casos 2


Fátima apareceu associada, recentemente, a dois casos criminais em tudo distintos mas que ilustram uma certa filosofia.
No primeiro caso, um georgiano embriagado e drogado, com cadastro por envolvimento noutros acidentes, atropela mortalmente cinco peregrinos de Fátima. Tenta fugir mas é impedido por um camionista.
No segundo caso, um empresário português é preso pela PJ quando cumpria uma etapa da sua peregrinação a pé a Fátima. Alegadamente terá lesado o Estado nalguns milhões de Euros em fraudes fiscais.
Os casos não têm qualquer relação entre si, a não ser na Google News, quando se pesquizam notícias relativas a Fátima.
Presentes ao juiz, o georgiano vai para casa com termo de identidade e residência e o português vai para a choça em prisão preventiva.
Como não sou jurista não me vou pronunciar sobre a justeza destas decisões. Apenas constatar o que qualquer pessoa de bom senso pensará: então o georgiano não tentou fugir? E não tinha já cadastro? E não há perigo de voltar a fazer o mesmo, sob a influência do álcool e de drogas?
E o português, que não matou ninguém, não poderia ter sido preso antes de sair de casa? E porque não ficar com pulseira electrónica?
Não sei responder a estas perguntas, faltam-me elementos e conhecimentos, mas não me falta bom senso suficiente para perceber que algo está completamente distorcido no reino da justiça. Crimes de sangue são tratados de forma benigna e alegados crimes económicos são tratados de forma maligna.
É isto que queremos?

uma bela ideia


- Tou, Alexis...
- Olá Tim, então? Sempre há interesse no negócio? Olha que o Putin também está interessado...
- Positivo, estamos muito interessados na compra da Grécia, o conselho de administração só quer saber quando é que os gregos saem.

um programa que agrada à direita

Catroga gosta do programa do PS

11 maio 2015

não é viável

É altura de começarmos a pensar em sair do Euro, uma moeda forte não é viável num país socialista.

PS: Ler também este artigo

como enterrar o País

O primeiro-ministro defende uma política de imigração mais aberta

Comentário: Saem pessoas qualificadas e entram desqualificadas

PS: Cada família com 2 filhos que venha para Portugal vai gastar cerca de 2.000 €/ mês, em educação, saúde e segurança social. Isto quando já estamos de tanga.

stare at goats

A política tem regras e as eleições não são uma trip de LSD

Politics is governed by rules. Rules written not by the politicians, but by the voters. These rules may be inconvenient. They may not neatly fit a particular party’s ideological preference. But they are inviolable.
  • The first rule is that you cannot select a leader who is unable to communicate with the country he or she aspires to lead.
  • The second rule is that the economy is not an important political issue but the only political issue. Any party that cannot at least match its opponent on fiscal responsibility and economic competence will lose.
  • The third rule is, in many ways, the most important. Politics is won from the centre. You cannot secure power by trying to build a bypass around the electorate.