31 janeiro 2015

um modelo validado pela Igreja

A transexual que foi convidada pelo Papa a visitar o Vaticano pretende servir de modelo para outras pessoas afetadas pela mesma confusão mental.

Ora recebendo-a, Francisco validou essa pretensão. Tornou aceitável aos olhos da populaça que qualquer pessoa rejeite o género que Deus lhe deu e se transforme num "trans-qualquer coisa". Pode até optar por ter os dois géneros em simultâneo, "quem sou eu para julgar".

Que poderá um pai de família católico dizer aos filh@s que estão a entrar na puberdade?

- Senta aí chaval@, vamos ter uma conversinha.

abriu as portas ao Diabo


É possível afrontar Deus? Penso que sim. Afrontamos Deus quando pretendemos alterar os seus desígnios, como com o aborto ou o suicídio, por exemplo.
Afrontamos Deus quando interferimos no fluir normal da existência ao serviço do Bem Comum.
Um ser humano que renega o género que Deus lhe deu para assumir outro que necessariamente convive com o primeiro, para sempre inscrito nos seus genes, afronta Deus.
Afrontar Deus é mais do que um pecado, como matar ou roubar, é uma perversão e uma revolta contra o Criador. É odiar a Verdade, ora, recordemos, Deus é a verdade.
Como nos devemos então portar relativamente a um ser humano que afronta Deus?
Com caridade. Dispostos a perdoar quando essa pessoa reconhece a afronta, mas não dispostos a aceitar.
Por tudo isto, fiquei surpreendido quando o Papa Francisco recebeu o Diego e a namorada no Vaticano. Se afrontar Deus é diabólico, Francisco abriu as portas do Vaticano ao Diabo.

não é de elites

Francisco não é um homem de elites, é um homem do povo

30 janeiro 2015

os filhos serão castigados

Êxodo 20:5

... castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam.

Sócrates continua a ser queimado vivo na comunicação social, permanentemente.
É um processo que, na minha opinião, nos desprestigia a todos. "Os filhos serão castigados pelos pecados dos pais". Sócrates é uma figura patriarcal que "pastoreou" a malta durante uns anos, seremos castigados pelos seus pecados.

Se é culpado, que seja julgado e condenado o mais rápido possível. Que seja até "executado". Agora esta cena da morte lenta é uma vergonha que recai sobre todos os portugueses. Os cínicos dirão que Sócrates é um cidadão como qualquer outro e assim é perante a Lei, mas não o é sob o ponto de vista social e político. Ora a justiça decorre num contexto social, não decorre no éter.

Curiosamente a malta que, por estupidez, votou em Sócrates é a mesma que não entende que a prisão de um ex-primeiro-ministro é uma vergonha para Portugal. Até me dói pensar que eu que nunca votei no energúmeno e que desprezo as suas políticas, me sinto agora obrigado a denunciar a injustiça da sua prisão preventiva e os perigos de um julgamento na praça pública.

Ajudai-nos Senhor.

29 janeiro 2015

o momento presente


Fausto (Goethe) descobre o significado da sua relação com o resto da humanidade momentos antes da sua morte: é a alegria de participar na construção contínua que permeia o Universo.
E essa descoberta provoca-lhe um sentimento de tanta felicidade que deseja desfrutar desse momento para sempre: «Zum Augenblicke dürft' ich sagen:/Verweile doch, du bist so schön!». Fernando Pessoa, no seu Fausto, diz algo de muito semelhante e que é quase uma tradução: «Que o tempo cesse!/Que pare e fique sempre este momento››.
O foco no momento presente, da Mindfulness (com que contactei no curso de PNL), evocou-me aquela frase imortal de Goethe.
O momento presente é sempre especial e tão especial que também me apetece repetir: «Que o tempo cesse!/Que pare e fique sempre este momento››.

ouça um bom conselho

Os melhores conselhos que recebemos já os conhecíamos antes de os ouvirmos. É por isso que os aceitamos com tanta facilidade.
Eram conceitos que estavam, por assim dizer, a nível inconsciente e que, através do conselho, vieram para o nível consciente.
Exemplo: ‹‹Conhece-te a ti próprio›› ou ‹‹Nada em excesso››. Quem é que pode dizer que estes conceitos lhe eram completamente estranhos antes de os ouvir?

28 janeiro 2015

já começou

Portugal - PIB/capita: 25,643 Int$ - Salário Mínimo 505,00 €
Grécia - PIB/capita: 25,126 Int€ - Salário Mínimo Syriza 750,00 € (por golpe de caneta, era 680,00 €)

Comentário: A Grécia não vai sair do Euro, vai sair da democracia e não vai demorar muito.

genéricos

O Infarmed decidiu hoje retirar do mercado dezenas de medicamentos genéricos, seguindo as recomendações da Agência Europeia do Medicamento (EMA), devido a problemas detetados nos ensaios clínicos, anunciou hoje a autoridade nacional do medicamento.

Comentário: Nunca tomei medicamentos genéricos, nem eu nem a minha família. A decisão da EMA de suspender centenas de genéricos prova que a minha cautela tinha justificação.
Infelizmente, como prescrevo obrigatoriamente pela denominação científica, não posso garantir o mesmo grau de precaução aos meus doentes. É muito esquisita esta situação.

Post que eu escrevi em 2011:  É seguro para a população que os farmacêuticos possam, sistematicamente, substituir os medicamentos prescritos por genéricos? Não, não é seguro.

27 janeiro 2015

Stresscoins II


O stress é um estado de alerta que mobiliza energia para responder a um desafio, real ou percepcionado como tal.
Em termos físicos, esta energia é utilizada para desenvolver as ações necessárias para repor a ordem onde surge a ameaça de desordem (ou entropia).
Se pudermos transferir para terceiros a “reposição da ordem”, tanto melhor para nós. Obtemos um benefício claro. E se o pudermos fazer convencendo os outros de que os estamos a ajudar, melhor ainda.
Quando chamamos a polícia para resolver um conflito transferimos stress para o agente da autoridade. Quando os professores convocam os pais para se queixarem dos alunos transferem stress para os pais.
Os doentes transferem stress para os médicos, mas estes são hábeis a reconhecê-lo e proceder a uma contratransferência :-).
Como a energia é mensurável, faz todo o sentido atribuir um valor ao stress transferido. Daí ter cunhado as Stresscoins.
Quem transfere stress liberta recursos para outras atividades. Pelo contrário, quem o recebe vê os seus recursos diminuídos. O melhor, portanto, é jogar sempre à defesa.

Stresscoins


Ontem tivemos uma avaria nuns equipamentos médicos e a minha assistente perguntou-me se me tinham comunicado algo sobre o assunto e que era uma anormalidade não o terem feito...
Perguntei-lhe se devia ficar zangado. ‹‹Claro que deve ficar zangado››, disse-me. ‹‹Pois olha››, respondi-lhe. ‹‹Não vou ficar zangado, calmo tenho mais recursos para resolver o problema››.
Nesse momento fez-se-me um clique e percebi que a minha assistente me estava a tentar provocar um estado emocional, que facilitasse o comportamento que lhe convinha. Ia “transferir-me stress”, por assim dizer, para aliviar o dela, claro está.
Ia transferir-me energia virtual negativa, a que eu vou chamar “Stresscoins”, por oposição à energia positiva que reside, por exemplo, nos “Bitcoins” (o dinheiro é informação e energia).

Devemos estar atentos a estas transferências de energia em todos os relacionamentos. Às positivas para retribuirmos e às negativas para nos defendermos e melhorar a resposta comportamental. É muito útil aprender a escolher o ESTADO emocional mais adequado a todo e qualquer contexto.

corajosos

Não podemos ser livres se não formos corajosos

Ben Carson, médico e candidato a Presidente dos EUA

o preço da liberdade

Is life so dear, or peace so sweet, as to be purchased at the price of chains and slavery? Forbid it, Almighty God! I know not what course others may take; but as for me, give me liberty or give me death!
Patrick Henry, March 23, 1775

Será a vida tão preciosa, ou a paz tão doce, ao ponto de nos custarem grilhetas e escravatura? Deus nos livre! Eu não sei o que ides fazer; mas por mim, deem-me liberdade ou deem-me a morte. 

26 janeiro 2015

Churchill


virei à esquerda


Quando saio de casa de manhã viro sempre à direita. As razões são bastante triviais: é no sentido da faixa de rodagem em que entro e é conveniente para o meu trajecto habitual.
Esta manhã, de forma absolutamente inconsciente, virei à esquerda. Decorridas umas dezenas de metros interroguei-me porquê? Que mensagem é que o inconsciente me estava a enviar?
Depois de passar uma semana (o curso terminou ontem) a tirar o Certificado de Practitioner de PNL, julgo que a mensagem foi absolutamente clara: ‹‹Joaquim, estás em condições de procurar novos rumos››. Obrigado inconsciente!
Neste contexto, a “direita” e a “esquerda” não têm qualquer significado. A importância reside na mudança de um hábito enraizado e aponta para uma abertura a novas aventuras e objectivos.
Esta formação permitiu-me, de facto, aceder a mais recursos mentais e abriu-me novos horizontes. Estou grato por isso ao Pedro Vieira e à sua equipa.

Grécia

Vitória do partido mais conservador

Comentário: Quando eu era mais jovem, a esquerda representava a mudança. Hoje representa o passado, o status quo.

Ernesto

Que tipo de pessoa escolhe o nome de um assassino frio e calculista para o filho?

25 janeiro 2015

Churchill, 1920

Zionism versus Bolshevism.

A Struggle for the Soul of the Jewish People

By the Rt. Hon. Winston S. Churchill.

SOME people like Jews and some do not; but no thoughtful man can doubt the fact that they are beyond all question the most formidable and the most remarkable race which has ever appeared in the world.

Disraeli, the Jew Prime Minister of England, and Leader of the Conservative Party, who was always true to his race and proud of his origin, said on a well-known occasion: "The Lord deals with the nations as the nations deal with the Jews." Certainly when we look at the miserable state of Russia, where of all countries in the world the Jews were the most cruelly treated, and contrast it with the fortunes of our own country, which seems to have been so providentially preserved amid the awful perils of these times, we must admit that nothing that has since happened in the history of the world has falsified the truth of Disraeli's confident assertion.

Good and Bad Jews

The conflict between good and evil which proceeds unceasingly in the breast of man nowhere reaches such an intensity as in the Jewish race. The dual nature of mankind is nowhere more strongly or more terribly exemplified. We owe to the Jews in the Christian revelation a system of ethics which, even if it were entirely separated from the supernatural, would be incomparably the most precious possession of mankind, worth in fact the fruits of all other wisdom and learning put together. On that system and by that faith there has been built out of the wreck of the Roman Empire the whole of our existing civilization.

And it may well be that this same astounding race may at the present time be in the actual process of producing another system of morals and philosophy, as malevolent as Christianity was benevolent, which, if not arrested, would shatter irretrievably all that Christianity has rendered possible. It would almost seem as if the gospel of Christ and the gospel of Antichrist were destined to originate among the same people; and that this mystic and mysterious race had been chosen for the supreme manifestations, both of the divine and the diabolical.

'National' Jews

There can be no greater mistake than to attribute to each individual a recognizable share in the qualities which make up the national character. There are all sorts of men -- good, bad and, for the most part, indifferent -- in every country, and in every race. Nothing is more wrong than to deny to an individual, on account of race or origin, his right to be judged on his personal merits and conduct. In a people of peculiar genius like the Jews, contrasts are more vivid, the extremes are more widely separated, the resulting consequences are more decisive.

At the present fateful period there are three main lines of political conception among the Jews. two of which are helpful and hopeful in a very high degree to humanity, and the third absolutely destructive.

First there are the Jews who, dwelling in every country throughout the world, identify themselves with that country, enter into its national life and, while adhering faithfully to their own religion, regard themselves as citizens in the fullest sense of the State which has received them. Such a Jew living in England would say, "I am an English man practising the Jewish faith." This is a worthy conception, and useful in the highest degree. We in Great Britain well know that during the great struggle the influence of what may be called the "National Jews" in many lands was cast preponderatingly on the side of the Allies; and in our own Army Jewish soldiers have played a most distinguished part, some rising to the command of armies, others winning the Victoria Cross for valour.

The National Russian Jews, in spite of the disabilities under which they have suffered, have managed to play an honorable and useful part in the national life even of Russia. As bankers and industrialists they have strenuously promoted the development of Russia's economic resources, and they were foremost in the creation of those remarkable organizations, the Russian Co-operative Societies. In politics their support has been given, for the most part, to liberal and progressive movements, and they have been among the staunchest upholder of friendship with France and Great Britain.

International Jews

In violent opposition to all this sphere of Jewish effort rise the schemes of the International Jews. The adherents of this sinister confederacy are mostly men reared up among the unhappy populations of countries where Jews are persecuted on account of their race. Most, if not all, of them have forsaken the faith of their forefathers, and divorced from their minds all spiritual hopes of the next world. This movement among the Jews is not new. From the days of Spartacus-Weishaupt to those of Karl Marx, and down to Trotsky (Russia), Bela Kun (Hungary), Rosa Luxembourg (Germany), and Emma Goldman (United States), this world-wide conspiracy for the overthrow of civilization and for the reconstitution of society on the basis of arrested development, of envious malevolence, and impossible equality, has been steadily growing. It played, as a modern writer, Mrs. Webster, has so ably shown, a definitely recognizable part in the tragedy of the French Revolution. It has been the mainspring of every subversive movement during the Nineteenth Century; and now at last this band of extraordinary personalities from the underworld of the great cities of Europe and America have gripped the Russian people by the hair of their heads and have become practically the undisputed masters of that enormous empire.

Terrorist Jews

There is no need to exaggerate the part played in the creation of Bolshevism and in the actual bringing about of the Russian Revolution, by these international and for the most part atheistical Jews, it is certainly a very great one; it probably outweighs all others. With the notable exception of Lenin, the majority of the leading figures are Jews. Moreover, the principal inspiration and driving power comes from the Jewish leaders. Thus Tchitcherin, a pure Russian, is eclipsed by his nominal subordinate Litvinoff, and the influence of Russians like Bukharin or Lunacharski cannot be compared with the power of Trotsky, or of Zinovieff, the Dictator of the Red Citadel (Petrograd) or of Krassin or Radek -- all Jews. In the Soviet institutions the predominance of Jews is even more astonishing. And the prominent, if not indeed the principal, part in the system of terrorism applied by the Extraordinary Commissions for Combating Counter-Revolution has been taken by Jews, and in some notable cases by Jewesses. The same evil prominence was obtained by Jews in the brief period of terror during which Bela Kun ruled in Hungary. The same phenomenon has been presented in Germany (especially in Bavaria), so far as this madness has been allowed to prey upon the temporary prostration of the German people. Although in all these countries there are many non-Jews every whit as bad as the worst of the Jewish revolutionaries, the part played by the latter in proportion to their numbers in the population is astonishing.

'Protector of the Jews'

Needless to say, the most intense passions of revenge have been excited in the breasts of the Russian people. Wherever General Denikin's authority could reach, protection was always accorded to the Jewish population, and strenuous efforts were made by his officers to prevent reprisals and to punish those guilty of them. So much was this the case that the Petlurist propaganda against General Denikin denounced him as the Protector of the Jews. The Misses Healy, nieces of Mr. Tim Healy, in relating their personal experiences in Kieff, have declared that to their knowledge on more than one occasion officers who committed offenses against Jews were reduced to the ranks and sent out of the city to the front. But the hordes of brigands by whom the whole. vast expanse of the Russian Empire is becoming infested do not hesitate to gratify their lust for blood and for revenge at the expense of the innocent Jewish population whenever an opportunity occurs. The brigand Makhno, the hordes of Petlura and of Gregorieff, who signalized their every success by the most brutal massacres, everywhere found among the half-stupefied, half-infuriated population an eager response to anti-Semitism in its worst and foulest forms.

The fact that in many cases Jewish interests and Jewish places of worship are excepted by the Bolsheviks from their universal hostility has tended more and more to associate the Jewish race in Russia with the villainies, which are now being perpetrated. This is an injustice on millions of helpless people, most of whom are themselves sufferers from the revolutionary regime. It becomes, therefore, specially important to foster and develop any strongly-marked Jewish movement which leads directly away from these fatal associations. And it is here that Zionism has such a deep significance for the whole world at the present time.

A Home for the Jews

Zionism offers the third sphere to the political conceptions of the Jewish race. In violent contrast to international communism, it presents to the Jew a national idea of a commanding character. it has fallen to the British Government, as the result of the conquest of Palestine, to have the opportunity and the responsibility of securing for the Jewish race all over the world a home and centre of national life. The statesmanship and historic sense of Mr. Balfour were prompt to seize this opportunity. Declarations have now been made which have irrevocably decided the policy of Great Britain. The fiery energies of Dr. Weissmann, the leader, for practical purposes, of the Zionist project. backed by many of the most prominent British Jews, and supported by the full authority of Lord Allenby, are all directed to achieving the success of this inspiring movement.

Of course, Palestine is far too small to accommodate more than a fraction of the Jewish race, nor do the majority of national Jews wish to go there. But if, as may well happen, there should be created in our own lifetime by the banks of the Jordan a Jewish State under the protection of the British Crown, which might comprise three or four millions of Jews, an event would have occurred in the history of the world which would, from every point of view, be beneficial, and would be especially in harmony with the truest interests of the British Empire.

Zionism has already become a factor in the political convulsions of Russia, as a powerful competing influence in Bolshevik circles with the international communistic system. Nothing could be more significant than the fury with which Trotsky has attacked the Zionists generally, and Dr. Weissmann in particular. The cruel penetration of his mind leaves him in no doubt that his schemes of a world-wide communistic State under Jewish domination are directly thwarted and hindered by this new ideal, which directs the energies and the hopes of Jews in every land towards a simpler, a truer, and a far more attainable goal. The struggle which is now beginning between the Zionist and Bolshevik Jews is little less than a struggle for the soul of the Jewish people.

Duty of Loyal Jews

It is particularly important in these circumstances that the national Jews in every country who are loyal to the land of their adoption should come forward on every occasion, as many of them in England have already done, and take a prominent part in every measure for combating the Bolshevik conspiracy. In this way they will be able to vindicate the honor of the Jewish name and make it clear to all the world that the Bolshevik movement is not a Jewish movement, but is repudiated vehemently by the great mass of the Jewish race.

But a negative resistance to Bolshevism in any field is not enough. Positive and practicable alternatives are needed in the moral as well as in the social sphere; and in building up with the utmost possible rapidity a Jewish national centre in Palestine which may become not only a refuge to the oppressed from the unhappy lands of Central Europe, but which will also be a symbol of Jewish unity and the temple of Jewish glory, a task is presented on which many blessings rest.

chalado certificado

Termino hoje a minha Certificação Internacional de Practitioner de Programação Neurolinguística. Tem sido uma experiência excecional proporcionada por uma organização excelente, como é a Life Training, liderada pelo Pedro Vieira.

titilar a imaginação da populaça


Se o Jornal XPTO fosse à cadeia entrevistar alguns presos da pesada ia concluir o seguinte:
  1. Os violadores gostam de violar
  2. Os ladrões gostam de roubar
  3. Os assassinos gostam de matar
Em si, este factos não constituem notícia porque não acrescentam nada ao que já sabemos.
O mesmo poderia ser dito sobre este lusodescendente que foi matar para Kobane. Não foi para lá à força, foi para lá pelo prazer de “treinar e matar”.
Vale a pena dar-lhe palco, entrevistando-o? Eu penso que não porque, como disse, não ficamos a saber nada de novo. Então qual é a finalidade da entrevista?
É para titilar a imaginação da populaça e vender jornais.

24 janeiro 2015

a deflação é maligna?

Maligna comparado com o quê? E em que contexto?

Não é possível avaliar o impacto da deflação sem conhecermos o contexto económico em que ela surge.
Numa economia dinâmica e flexível a deflação ocorre naturalmente e liberta recursos para o investimento produtivo. Numa economia estagnada e anquilosada, a deflação pode, de facto, ser maligna.
A mudança de estratégia do BCE apenas revela uma coisa: os líderes europeus perderam a fé nas reformas estruturais. Estamos anquilosados, gostamos de estar anquilosados e vamos continuar anquilosados.
Neste sentido até se compreendem melhor as políticas da coligação. Reformar o quê? Nós gostamos de ser assim.

o que gosto mais

... é de matar.


Comentário: É lamentável que o Expresso tenha publicado esta entrevista.

22 janeiro 2015

são os mesmos

Caro Luís Lavoura,

Em resposta a este seu comentário:

O Joaquim sabe muito bem a quantidade de fraudes que os médicos fazem a passar atestados. Passam atestados a quem está bom de saúde.
Por isso, a proposta do Joaquim não é razoável. Os médicos fora do SNS passariam atestados a quem não estivesse doente.


Os médicos são os mesmos, trabalham no público e no privado. Será credível que sejam honestos no SNS e corruptos no privado?
:-)

21 janeiro 2015

Atestado de Incapacidade Temporária

Ex.mo Sr. Secretário de Estado Adjunto da Saúde
Dr. Leal da Costa

Caro colega,

Quando ouço falar de planeamento ocorre-me sempre uma famosa citação do Friedich Hayek: quanto mais o Estado planeia menos os cidadãos podem planear as suas vidas.

Relativamente ao alegado "caos nas urgências", eu gostaria de deixar aqui uma sugestão* que não tem custos e que não envolve nenhum planeamento: permitam, por favor, que os Atestados de Incapacidade Temporária possam ser passados por qualquer médico, no SNS ou nos privados.

Milhares de portugueses que vão às urgências e aos centros de saúde, quando estão com gripe, não vão lá buscar aspirinas. Vão lá buscar apenas um papel para apresentar no trabalho.

Cumprimentos cordiais,

Joaquim Sá Couto

* Se eu fosse Ministro da Saúde (o Diabo seja cego, surdo e mudo), e como libertário, eu iria mais longe: aboliria os Atestados de Incapacidade Temporária. Excepto, talvez, se fossem solicitados e pagos pela entidade patronal :-)

indícios

Fortes indícios de que a governação do PS vai ser igual à da coligação

20 janeiro 2015

não há condições

Leio sempre que posso as crónicas do Rui Ramos, que são fundamentadas, lúcidas e, sobretudo equilibradas. Como esta última, por exemplo.
É evidente que José Sócrates foi um dos piores primeiros-ministros de sempre. Desde pelo menos 2008 que aqui o referimos no Portugal Contemporâneo. Agora pensar que o regime político que o elegeu e reelegeu tem condições para o julgar num inquérito parlamentar, isso é algo que nem sob a acção do LSD eu conseguiria imaginar.

contraceção

Papa defende contraceção

Comentário: A melhor coisa do Papa Francisco (segundo o El País) é que nos assegura da sua falibilidade. E quase diariamente.

19 janeiro 2015

18 janeiro 2015

querem regras

Hace 10 años di una clase de filosofía en la cátedra de Niza y critiqué los argumentos de Santo Tomás de Aquino. En el descanso, un joven musulmán, muy amablemente, me dijo que no comprendía que criticara a Santo Tomás: si es santo, no se le critica. Este año he ido dos veces a Argelia y allí las nuevas generaciones basculan en el fundamentalismo.
P. ¿Y qué buscan esos jóvenes en el fundamentalismo?
R. Reglas. Buscan reglas.
P. ¿Y por qué buscan esas reglas?
R. Porque la libertad da miedo. Es el tema del último libro de Houellebecq, de hecho.

qual é o sentido da vida

"Crescermos e multiplicarmo-nos", é um sentido que humildemente partilhamos com todos os outros seres vivos.

PS: A propósito deste artigo

não somos compatíveis

Cada piada é uma pequena revolução
George Orwell

Não há piadas no Islão
Ayatollah Khomeini

Que se f***m se não aguentam uma piada
Bob Dobbs

Citações retiradas deste artigo do Gavin McInnes

frenologia

A sério: eu não parava o carro para pedir uma informação a nenhum destes tipos.

quanto mais prima...

Massive inbreeding within the Muslim culture during the last 1.400 years may have done catastrophic damage to their gene pool. The consequences of intermarriage between first cousins often have serious impact on the offspring’s intelligence, sanity, health and on their surroundings.

Nicolai Sennels

17 janeiro 2015

O que é que Deus pensa disto?

O que pensa Deus disto?

A pergunta pode parecer pretensiosa, sugerindo que eu sou capaz de partilhar, ao menos um pouco, a intimidade de Deus.

E sou?

Sou.

Todas as religiões ensinam, e a Católica não é excepção, que Deus é o Pai. E que a primeira aproximação que nós encontramos na vida à figura de Deus é a figura do nosso próprio pai (Cat: 239).

A religião católica também ensina que "Deus não se impõe", isto é, Deus não anda a dizer aos seus filhos para se comportarem desta ou daquela maneira. Isso seria retirar a liberdade aos homens, e torná-los marionetas de Deus. Deus quis que nós fossemos livres para escolhermos o nosso caminho na vida.

A melhor aproximação a Deus é então a figura do pai de filhos adultos. E eu sou um pai assim. Não me meto na vida dos meus filhos, que já são adultos. Observo-os de longe, sem me imiscuir na vida deles, e estou cá para o caso de um dia eles precisarem de mim.

O que é que eu pensaria se visse um grupo dos meus filhos a ofender, caricaturar, depreciar e agredir as convicções dos outros e, em especial, a relação que eles têm com o pai (que é nisso que consiste uma religião)?

Não gostava, não aprovava. Pensava que lhes ensinei a liberdade e eles estão a utilizá-la para o mal, para dividir a família, ofendendo os outros.

E o que é que eu pensava se estes outros, ou um deles, saturado pelas ofensas, matasse um dos primeiros?

Gostava ainda menos, nenhum pai gosta de ver morrer um filho, ainda por cima às mãos de um irmão.

Talvez um dia, cansados desta luta sem fim - uns ofendem, os outros vingam-se -, me viessem consultar.

O que é que eu diria?

Começaria por dizer aos primeiros que se eles, em primeiro lugar,  não tivessem provocado, nada disto teria acontecido - a violência e a morte.

E se me perguntassem depois como resolver o problema, eu responderia:

Sentem-se a uma mesa e falem. Procurem saber dos vossos irmãos o que é ofensivo para eles, e contenham a vossa liberdade de expressão dentro desses limites.

Voltaire


Por que é que os muçulmanos são imensamente mais sensíveis às ofensas à sua religião do que os católicos, igualmente vilipendiados pelas publicações ateias e anti-religiosas dos países de cultura protestante do norte da Europa e da América do Norte, como o Charlie Hebdo?

Porque os católicos já estão vacinados por cinco séculos de abusos. Encolhem os ombros, já não ligam, estão habituados, ao passo que os muçulmanos só agora tomaram contacto com a "liberdade de expressão".

Pertence a França a figura paradigmática de cinco séculos de abusos contra a Igreja Católica e os países de cultura católica, a figura que era também a referência intelectual do director do Charlie Hebdo - Voltaire.

Depois de Voltaire, é difícil encontrar alguém que possa ser mais sarcástico, ridicularizador e ofensivo de uma religião - e o seu alvo foi sempre, e em primeiro lugar, a Igreja Católica (e só em segundo, as outras religiões organizadas, como a muçulmana ou a judaica). Naturalmente, os portugueses, esses católicos por excelência, não escaparam aos seu sarcasmo e ironia.

No fim da sua vida, aos 84 anos, Voltaire teve um vómito de sangue. Chamou um padre, seu sobrinho, e um amigo que lhe servisse de testemunha. E escreveu assim:

«Eu, o que escreve, declaro que havendo sofrido um vômito de sangue faz quatro dias, na idade de oitenta e quatro anos e não havendo podido ir a igreja, o pároco de São Suplício quis de bom grado me enviar a M. Gautier, sacerdote. Eu me confessei com ele, se Deus me perdoava, morro na santa religião católica em que nasci esperando a misericórdia divina que se dignará a perdoar todas minhas faltas, e que se tenho escandalizado a Igreja, peço perdão a Deus e a ela.
Assinado: Voltaire, 2 de março de 1778 na casa do marqués de Villete, na presença do senhor abade Mignot, meu sobrinho e do senhor marqués de Villevielle. Meu amigo».

Morreu três meses depois, a 30 de Maio.

Está visto que a "liberdade de expressão" de que fez uso Voltaire não era verdadeira. Nem ele próprio acreditava nela.




não ama a liberdade

Quem só se revê nos que pensam do mesmo modo, não ama a liberdade, porque a reduz a um reflexo narcisista da sua própria vontade.
P. Gonçalo Portocarrero

em Paris


“O cristão é um ser perfeitamente livre, que não está sujeito a ninguém.”
(Lutero, “Sobre a Liberdade Cristã”, 1520)

“Nós devemos a nossa existência ao sim de uma mulher.”
(Papa Emérito Bento XVI)

Eis duas frases grandiloquentes, daquelas que enchem a alma. Existe, porém, uma diferença entre elas – uma é falsa e outra é verdadeira.

Na frase de Lutero encontramos as raízes da liberdade moderna, uma liberdade que é absoluta e que não se submete a ninguém. Na frase de Bento XVI está implícita a ideia de liberdade católica, uma liberdade que é tutelada pelo bem.

Começo por Bento XVI. Nós somos recebidos neste mundo pelos braços de uma mulher. Ela tem a liberdade de dizer sim ou não à nossa existência. Se disser não, nós não viveremos nem três dias. É dizendo sim que ela cuida de nós, nos protege,  e nos permite existir.

Mas tal significa também que nós estamos sujeitos a ela e dependemos dela (e bem assim de todas as pessoas que cuidam de nós enquanto crianças e mais tarde como adultos), o que torna a frase de Lutero uma falsidade – a de que cada um de nós é um ser absolutamente livre e não está sujeito a ninguém.

Lutero faz proceder aquela frase de uma outra, quase formando um paradoxo. É a seguinte:

“O cristão é um ser perfeitamente servo de todos, e sujeito a todos”.

O paradoxo é apenas aparente e resolve-se facilmente. No exercício da minha liberdade, eu não tenho de me submeter ou prestar contas a nenhuma pessoa em particular, ou grupo de pessoas em particular, mas apenas à sociedade. Só a sociedade (exprimindo-se democraticamente) me pode submeter e limitar a minha liberdade, jamais uma pessoa ou grupo de pessoas em particular.

Está aqui o conceito de liberdade moderna, que assenta numa premissa falsa – a de que eu não estou sujeito a ninguém – e que, portanto, é uma falsa liberdade. Enquanto a sociedade não me proibir de ofender, amesquinhar, caricaturar, envilecer pessoas pertencentes a outras religiões, eu estou no pleno uso legítimo da minha liberdade.

Na concepção católica é diferente. Eu estou sujeito aos outros – à minha mãe, ao meu pai, aos amigos da família, aos meus professores, em geral, à comunidade onde nasci, às pessoas que disseram sim à minha existência, que me protegeram, e que promoveram a minha vida. Por outras palavras, eu estou sujeito a todas as pessoas que me fizeram bem e tenho para com elas o dever de reciprocidade. E como elas me fizeram bem, eu só posso retribuir com o bem. A minha liberdade é uma liberdade condicionada, uma liberdade que só pode ser utilizada para o bem. (A única excepção é a legítima defesa em que eu utilizo a minha liberdade para o mal em resposta a um mal que cometeram sobre mim.)

Pode parecer que este dever de reciprocidade dá razão à segunda afirmação de Lutero segundo a qual eu “sou um ser perfeitamente servo de todos, e sujeito a todos”. Mas não. A reciprocidade católica é um dever, e não uma servidão. Mais importante ainda, esse dever é hierarquizado segundo o bem que cada pessoa me fez (primeiro a minha mãe, depois o meu pai, depois, por ordem decrescente, cada uma das outras pessoas que me fizeram ou correntemente me fazem bem), ao passo que em Lutero esse dever se torna indiscriminado em relação “a todos”.

Lutero faz assentar toda a sua teologia, e a moralidade dela decorrente, neste conceito absoluto de liberdade individual, que não está limitado por ninguém, excepto pela sociedade. Na teologia católica, a liberdade não é um valor absoluto, mas um valor subordinado. O valor absoluto é a vida. Deus não concedeu liberdade ao homem como um fim em si mesmo. Concedeu-lhe a liberdade (e outros valores como a solidariedade, a caridade, a fraternidade, a igualdade, a personalidade) para promover a vida.

Ora, é estranho que o conceito de liberdade que reina em Paris promova, não a vida, mas a morte – morreram lá doze pessoas a semana passada por causa da liberdade.

Este não pode ser o verdadeiro conceito de liberdade.

não praticante

O que é um muçulmano não praticante? Em muitos sítios é um muçulmano morto.

como integrar esta malta?


uma anedota

Obama: Europe should better integrate Muslims

16 janeiro 2015

um murro no focinho

... qualquer pessoa que insulte uma religião pode esperar "um murro no focinho".

Francisco

Digo, porém, a vós que me ouvis: Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos insultam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te tira a capa, não lhe negues a túnica. Dá a todo o que te pede; e ao que tira o que é teu, não lho reclames. Assim como quereis que vos façam os homens, assim fazei vós também a eles.

Jesus, Lucas 6:27-31

15 janeiro 2015

fundamentófilos


Terroristas sempre os tereis entre vós, apetece-me dizer. Jovens do sexo masculino obcecados por fundamentalismos e com o cérebro imerso em testosterona. Uma combinação fatal, para os outros e para eles próprios.
Não me preocupam mais do que os alienados mentais, normalmente menos violentos.
O que me preocupa são os “fundamentófilos”. Os milhares de cidadãos pacatos e integrados que simpatizam com os fundamentalistas, criando um clima propício ao desenvolvimento do terrorismo.
Perante os ataques recentes, muitos perguntam pela indignação islâmica. Onde está? Não está, ou está em doses homeoterápicas – tão diluída que não se vê.
Porquê? Porque entre os muçulmanos há mais fundamentófilos do que fundamentófobos, se me permitem os neologismos. E o que justifica a fundamentofilia? O ressentimento, a inveja e até o ódio.
Pessoas que se consideram injustiçadas e que se sentem vingadas pelos ataques terroristas. Os alemães têm uma palavra para este sentimento : “schadenfreude” – tirar prazer do sofrimento alheio.
Os fundamentófilos não são criminosos, nunca matariam. Mas pensam que as vítimas “estavam a pedi-las”. Porque são racistas ou porque são privilegiadas ou apenas porque são diferentes.
Esta multidão silenciosa de fundamentófilos é, quanto a mim, o verdadeiro problema. E o mais difícil de tratar.

2 vitesses

"Charlie Hebdo" - Boko Haram : indignation à deux vitesses ?

corrupção???

George Soros e Michael Bloomberg contribuíram com milhões de dólares para o Partido Democrático.
Se Obama promover as energias verdes, este senhores irão beneficiar verdadeiras fortunas. Corrupção?
Não, a política é assim.

é corrupto?


A minha mulher está convencida que o Sócrates é culpado de corrupção e, embora concorde comigo que a prisão preventiva não se justifica, acha que os indícios que existem são suficientemente fortes para formular uma opinião.
Os argumentos que me expôs são os seguintes:
1.     Sócrates terá favorecido grupos empresariais amigos
2.     É por isso que os amigos (ou o amigo) lhe correspondem com favores e empréstimos
3.     Logo, há corrupção
A minha opinião, correndo o grave risco de não concordar com ela, é a seguinte:
1.     Todos os partidos políticos favorecem os amigos. É da natureza da política. Pensar o contrário é como ser marciano na Terra
2.     É natural que os amigos, que enriqueceram por estar no “lugar certo, à hora certa”, demonstrem uma generosidade extrema para com os seus protetores
3.     Logo, não é certo que haja corrupção. Embora compreenda o seu ponto de vista
Vejamos um exemplo do que estou a dizer. Os políticos que promovem as energias verdes estão quase sempre a auxiliar amigos que investiram no sector. Os partidos recebem doações e até os líderes, quando saem da política, vão trabalhar para essas empresas.
Há corrupção? Só caso a caso é que é possível determinar esse facto. E o que pode ser corrupção num país pode ser legal noutro.
-       E achas normal um tipo receber milhares de um amigo?
-       Não sei. Imagina que são amantes...
-       Ó Joaquim... , por favor.

porquê?

Por que é que ficamos mais chocados com o ataque ao Charlie Hebdo do que com os massacres do Boko Haram?

Tentei dar uma explicação aqui. A minha hipótese é que os ataques terroristas no Ocidente destroem a esperança no progresso.

Algumas ideias melhores?

+ efeitos do aquecimento global

Deve estar a ser um inverno difícil para quem tem reumático, lesões antigas ou enxaquecas. A juntar ao muito frio que se prolonga há várias semanas, o antigo Instituto de Meteorologia tem registado valores anormalmente altos de pressão atmosférica durante muitos dias seguidos.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) refere mesmo que registou na última sexta-feira, dia 9, números nunca vistos na pressão atmosférica em Portugal e que habitualmente encontram-se no Alasca e na Sibéria.

14 janeiro 2015

por trás de um grande homem...


Já tinha passado a Certidão de Óbito política ao Sr. Hollande mas, nesta fase do campeonato, é evidente que a notícia do seu “falecimento” era um pouco exagerada.
No dia 7 de Janeiro, na sequência do ataque terrorista ao Charlie Hebdo, Hollande emergiu como um verdadeiro estadista. Assumiu o comando das operações e soube mobilizar os franceses em torno de uma causa comum.
A manifestação de Domingo foi um êxito notável. Demostrou capacidade de liderança e influência global. BHL, que citei neste post, fala até de um renascimento da França. Exagero? Claro que sim, mas a verdade é que Hollande focou a atenção do mundo no seu país e nos ideais da República.
A musa, Julie Gayet, deve estar delirante. O seu cúmplice não é apenas presidente da França, é um líder global que impõe respeito e consideração. É nos momentos difíceis que se descobre de que fibra são feitos os homens.

a França está de volta

France is back—proof that a country’s greatness cannot be reduced to the more or less exact conformity of its accounts with the “parameters” of a bureaucracy, even one on a European scale.
BHL

A França ressuscitou - prova de que  a grandeza de um país não se reduz à sua conformidade orçamental com "parâmetros" burocráticos, mesmo à escala europeia.

f*** off

a farsa continua

Sócrates continua preso sem acusação e as fugas de informação para o julgamento popular não param.

Basta ler o título desta notícia que insinua que o tal milhão era de Sócrates:
Caso Sócrates. Justiça apreendeu um milhão em notas guardadas em cofre

13 janeiro 2015

não é fácil

É fácil tirar o selvagem da barbárie mas não é fácil tirar a barbárie do selvagem.

PS: A propósito do post anterior

matar a esperança


Por que é que ficamos mais chocados com a tragédia do Charlie Hebdo do que com os milhares de outros atentados terroristas que ocorreram, e vão ocorrendo, por esse mundo fora?
Não me parece que seja apenas porque atribuímos mais valor à vida dos europeus, nem porque a distância modera os sentimentos (longe da vista longe do coração). É possível que estes factores desempenhem o seu papel mas será que chegam para explicar a assimetria entre as reações ao atentado de Paris e, por exemplo, o atentado à escola de Peshawar onde foram assassinadas 145 pessoas, das quais 132 era crianças?
Gostaria de propor uma explicação alternativa baseada na noção de progresso histórico. Desde que saímos de África, há 200.000 anos, temos empenhado toda a nossa energia no desenvolvimento de sociedades estáveis, seguras e afluentes, de que o Ocidente é o principal paradigma.
A França, então, destaca-se no contexto Ocidental por razões históricas. Oferecendo-se como modelo dos ideais que mais valorizamos: “liberdade, igualdade e fraternidade”.
Ora quando um atentado terrorista ocorre em Paris, não são apenas as vítimas que morrem. Morre também um pouco da nossa esperança de que é possível escaparmos à barbárie e garantir os benefícios do progresso.
Um atentado do Boko Haram, na Nigéria, é horrível mas ocorre num contexto que consideramos selvagem. Foi para escapar a essa selvajaria que o Homo Sapiens migrou pela Terra e labutou por uma vida melhor. E agora, é em Paris, símbolo máximo da civilização, que a selvajaria nos entra pela porta dentro.
Um atentado da Al-Qaeda, em França, é mais do que horrível porque é um atentado à esperança. À esperança de que podemos ultrapassar a condição de Australopitecos em que começamos há 2 milhões de anos, quando a vida era “curta e brutal”.
Por isso lamentamos tanto o atentado de Paris. No nosso imaginário colectivo, é um crime perpetrado por selvagens que nos querem de regresso à barbárie. Mais do que matarem pessoas, estes “selvagens” estão a matar-nos a esperança no progresso.