31 março 2013

voto de pobreza

O Papa Francisco irá obrigar o clero a um voto de pobreza?

Comentário: No Público de hoje discute-se se o Papa Francisco irá permitir o casamento dos padres e, em simultâneo, exigir-lhes um voto de pobreza. A dúvida que me ocorre de imediato é se haverá alguma mulher que queira dedicar-se a um homem que tenha feito tal voto. Enfim...

29 março 2013

antidepressivos




Sarah Brightman canta Harem, música da Canção do Mar

28 março 2013

Praxeologia

O estudo lógico da acção humana baseado no axioma da acção.

Quem quiser saber mais e com uma carinha laroca e tudo tem toda uma série de divulgação produzida com legendas.

 

Mas para uma versão condensada pelo seu maior defensor, actualmente:



Murray Rothbard caracterizou assim as várias categorias da Praxeologia:

The categories of praxeology, the general, formal theory of human action:

A. The Theory of the Isolated Individual (Crusoe Economics)
B. The Theory of Voluntary Interpersonal Exchange (Catallactics, or the Economics of the Market)
     1. Barter
     2. With Medium of Exchange
           a. On the Unhampered Market
           b. Effects of Violent Intervention with the Market
           c. Effects of Violent Abolition of the Market (Socialism)
C. The Theory of Propositional Exchange, or Law and Argumentation Ethics,
D. The Theory of War – Hostile Action
E. The Theory of Games (e.g., von Neumann and Morgenstern)
F. Unknown

Ressonância Magnética

Há um político que já desempenhou importantes funções a quem eu gostava de pedir uma Ressonância Magnética.

27 março 2013

extremismo ao centro

Se gostas que o governo seja interventivo na economia, és de esquerda.
Se gostas que o governo seja interventivo na política externa, és de direita.
Se gostas que o governo seja interventivo na economia e na política externa, és um moderado.
Se não gostas que o governo seja interventivo, és um extremista.

Adaptado de Joe Sobran (o conservador-anarquista-católico)

Devo dizer que desde há uns anos que chamo as pessoas receptivas à visão libertadeira neoconservadora de "extremistas ao centro". Pessoas moderadas de timbre soft and gently que corroboram que os meios mais violentos sejam utilizados para implementarem a sua visão iluminista (aparentemente) moderada do mundo (basicamente social-democracia e direitos das mulheres nos desertos tribais e coisas que tais).

O centrismo de resto é mesmo uma forma de extremismo, quer vender a ideia da paz democrática, uma paz imposta pela ameaça de roubo de bens (arresto) e rapto (prisão) para pagar aquilo que chama de "contribuições" para o seu sistema social. 

Isto aliado a uma visão interventiva na política externa e temos assim o protótipo de extremismo: a violência compulsória como modo de vida. O extremismo ao centro.

la dona è mobile

La donna è mobile.
Qual piuma al vento,
muta d'accento e di pensiero.
Sempre un amabile,
leggiadro viso,
in pianto o in riso, è menzognero.

Jeroen Dijsselbloem muda de opinião como se fosse uma pena ou flor ao vento. Bloem não quer dizer flor? Pelo menos flor em alemão é "blume"...

antidepressivas


a Apple que compre Chipre

the twilight zone

A zona Euro é uma catástrofe de estratégia e comunicação. Ontem, "Chipre representava um novo modelo de resgate dos bancos" dizia o presidente do Eurogrupo. Hoje, depois da Itália não conseguir colocar a sua dívida pública, o mesmo tipo vem afirmar que "resgate ao Chipre não é um modelo".

A zona Euro, em bom português, nem f__e, nem sai de cima. É a zona nem nem.

ministro desapontado


O banco escolheu abrir o boletim económico de forma pouco habitual, com um estudo sobre o impacto das medidas de consolidação no PIB que sugere que medidas que afectem de forma directa o rendimento disponível (impostos directos como o IRS e cortes salariais) são as que mais impacto têm na economia. As medidas apontadas são aquelas que o governo tem usado de forma transversal, num contexto de falta de tempo e de capacidade para outras soluções. Exemplos são os cortes temporários nos salários do Estado e nas pensões, bem como o “enorme aumento de impostos”, sobretudo em sede de IRS, em 2013.
O impacto destas medidas no mercado interno é intensificado pelas dificuldades acrescidas na zona euro, principal mercado para as exportações do país, e justifica a nova previsão de 2,3% do Banco de Portugal para a evolução do PIB este ano - um valor idêntico ao apresentado pelo governo há duas semanas.
Ionline

Comentário: Ministros desapontados = portugueses sufocados.
No dia em que foi conhecido o OE para 2013 bastava passar os olhos por alguns blogues para perceber o "enorme efeito recessivo das medidas anunciadas". O desapontamento é um exercício de cinismo intolerável.

26 março 2013

depósitos à ordem seguros

Como poderia dizer o PA, deixem-se de paleio... e assinem a petição.

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N38344

Petição Pela Moeda Depositada à Ordem Sem Risco 
Para: Assembleia da República

"Exigimos que os "Depósitos à Ordem" deixem de ser financiamento em risco aos Bancos e passem a constituir-se como verdadeiros "depósitos": uma conta corrente de moeda (com todas as funcionalidades correntes de movimentos a débito e crédito) depositada à guarda de valores, sem risco de crédito.

No actual sistema monetário tal significa que os Bancos terão de manter esses valores em reservas monetárias junto do Banco Central e ainda que de forma agregada, protegidos quer de eventuais necessidades de liquidez dos Bancos para outros efeitos, quer de potenciais falências bancárias e/ou acções de reestruturação exigidas por entidades públicas.

Os Bancos que pretendam oferecer contas correntes que constituam seu financiamento deverão oferecer um produto com uma designação clara e compatível com tal contrato de crédito e risco inerente.

Os signatários"

25 março 2013

da nova doutrina II

A tese é que os depósitos à ordem como financiamento dos bancos é, desde sempre, um ataque à propriedade dos depositantes.

Quanto aos depósitos a prazo, na verdade, na medida em que o regime fosse de 100% de reservas para os depósitos à ordem, em rigor quando os depósitos a prazo se vencessem passavam a depósitos à ordem, os quais, para cumprirem os 100% de reservas, faz com os activos tenham de ser geridos na mesma maturidade. Ora, só a técnica de calculo dos fundos de investimento é compatível com decisões de vencimento e retiradas de aplicações, dado serem compatíveis com as operações de venda de activos no prazo requerido (e contratado) e repercussão dos preços de realização no valor do portfólio e resgate. Uma questão técnica mas que faz sentido no âmbito de aplicações equiparadas a depósitos a prazo.

2 notícias 2

O BES e o BPI continuam com um rating de BB- e um “outlook” negativo (tal como a CGD um nível abaixo da dívida soberana), enquanto o BCP permanece com um rating de B+ (dois níveis abaixo de Portugal), com um “outlook” negativo.

O presidente do Eurogrupo revelou à Reuters e ao Financial Times que o acordo para resgatar o Chipre representa uma nova forma de resolver os problemas na banca da zona euro e que outros países poderão ter de reestruturar os seus sectores bancários.

Comentário: É altura de os depositantes começarem a confiar nas agências de rating.

da nova doutrina

O princípio é correcto, exceptuando que vai acelerar a velocidade com que os grandes depositantes vão tirar o dinheiro perante certos sinais, porque os que ficarem levam com a nova doutrina. Acho bem, embora fique sempre com a suspeita de não avaliarem as consequências comportamentais que derivam do sistema que "gerem".

Remédios:

Os depósitos à ordem têm de deixar de ser passivos de bancos (BCE terá de emitir as reservas necessárias aplicando-se em seguida as regras normais do código civil para depósitos) como era suposto desde o início.

E a banca comercial tradicional poderia passar a exercer a sua função de intermediação de poupança sobre a forma de fundos de crédito e obrigações valorizados diariamente e não com o balanço do banco. Com regras para os períodos do investimento, resgates e até suspensão de resgates se caso disso. Muito mais transparente. É a proposta do Professor Huerta de Soto.

a nova doutrina II

O presidente do Eurogrupo revelou à Reuters e ao Financial Times que o acordo para resgatar o Chipre representa uma nova forma de resolver os problemas na banca da zona euro e que outros países poderão ter de reestruturar os seus sectores bancários.

a nova doutrina

O líder do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, diz que em caso de problemas na banca, se os accionistas e os detentores de obrigações não conseguirem garantir a solvabilidade de uma instituição, então “se necessário” poderá recorrer-se “aos depositantes” com poupanças acima dos 100 mil euros.

Comentário: Se Portugal necessitar de reestruturar a dívida, os bancos nacionais que a subscreveram vão entrar em falência grandes dificuldades e será de esperar que se capitalizem à custa dos depositantes com mais de 100.000 €. Toca a abrir pessoal!

"Qual a moeda que me aconselha a trocar os meus euros?"

Uma opção tão boa ou má como qualquer outra é trocar por euros que dificilmente possam ser convertidos. Ouro físico também. Afinal, todos os bancos centrais o têm como reservas.

as sandálias do pescador

Um artigo do Padre Gonçalo Portocarredo de Almada sobre o Papa Francisco.

24 março 2013

a tragédia cipriota


The Greek tragedy that befell Greece and its bonds has, thus, now become a Cypriot bank tragedy.  Having borrowed roughly eight time Cyprus’ GDP, much of it from Russian companies and nationals, the Cypriot banks are bust, bankrupt, belly up and in no position to make good on their pledge to depositors that they could get their money back on demand.   Indeed, Cypriot bank demand deposits are frozen as the Cypriot government decides what to do.

Unfortunately, it’s three options are a rock, a hard place, and another rock.  The first is reversing its decision of a couple days back and accepting the IMF/EU conditions for a bailout, namely imposing a 9.9 percent haircut on deposits over €100,000 and a 6.75 percent haircut on smaller deposits.  The Russians hate this and the public hates it even more. The second is telling the IMF/EU to get lost, reopening the banks, and watching crazed depositors rush to get whatever money they can out of the banks on a first-come, first-serve basis.  The third is going off the euro and declaring that all deposits will be paid off in new Cypriot pounds, which the government will simply print out of thin air.

Whatever happens, no one is going to trust or use Cypriot banks.

Artigo de Laurence J. Kotlikoff, na Forbes

23 março 2013

à portuguesa (a verdadeira tradição...)

Nada como uma boa almoçarada, de preferência, acompanhada por um bom tinto (o que não falta por aquelas bandas), para dissipar quaisquer dúvidas...

partidocracia

O sistema político criado em 74/75 foi o da criação de estabilidade. Foi criado para dificultar maiorias de um só partido, para garantir que os partidos dominavam a sociedade civil e as direcções partidárias dominavam os partidos. Este sistema foi montado para disciplinar uma sociedade que julgou que não se conseguia disciplinar a si própria - que, se fôssemos devolvidos aos nossos interesses, expectativas e ambições, isto tornar-se-ia ingovernável. Era isto que nos explicava o dr. Salazar e mesmo os democratas acreditavam nele. Portanto, criaram um sistema que, podendo ser uma democracia, era ao mesmo tempo uma espécie de ditadura dos partidos: uma partidocracia. Acabar com isto é abrir tudo outra vez...

Rui Ramos, no Ionline

federalismo

Uma federalização significaria sobretudo mais disciplina, um escrutínio maior e uma limitação maior à nossa governação. Seria a troika permanente, institucionalizada. É isso que os federalistas querem? O federalismo não é a alternativa à troika, é a troika para sempre.

Rui Ramos, no Ionline

22 março 2013

86801

A esta hora, 86.801 pessoas já assinaram a petição que recusa Sócrates na RTP.

Para mim, este episódio foi um dos mais evidentes passos em falso do governo. Quem terá sido o Maquiavel maquiavel...

21 março 2013

protestantismo

Pedro, mas não foi por questionar a infalibilidade papal, considerando-o tão falível como qualquer outro homem, que foi feita a Reforma? E, já agora, a quem recorreu a Igreja para lhe reagir? E como se pode impor a autoridade do Papa, se ele não se presumir infalível? Pela razão?...

papalogia

E então, Pedro, a intervenção do Espírito Santo no Conclave e a daí decorrente infalibilidade papal?

Aló Presidente

Programa semanal do ex-primeiro ministro terá 25 minutos ainda não tem dia escolhido

a pesada herança do Sócratismo

Os fins justificam os meios. Foi assim que o PS levou o País à falência, os socialistas acreditaram que valia a pena correr o risco de perder a soberania de Portugal para fazer avançar uma agenda política.

obsceno

Mário Vargas Llosa não entende que Hugo Chávez ‹‹atribuiu direitos de cidadania cívica e política a milhões de seres humanos que, até então, viviam condenados a um estatuto de verdadeira clandestinidade social››.

Francisco Assis, dirigente do Partido Socialista

a cultura dos pobrezinhos

Todas as grandes fortunas escondem um grande crime — Honoré de Balzac

A hipocrisia que existe nos países católicos relativamente à pobreza, ver este post do PA, resulta, pelo menos em parte, da convicção de que todo o enriquecimento é fraudulento. Assim sendo, ninguém pode admitir que gostaria de ser rico porque seria o mesmo que confessar que estava disposto a tudo pelo dinheiro.

WWI (3)

"At 11 P.M., August 4, as the ultimatum expired and the moment came when Britain was at war, a tearful Margot Asquith left her husband to go to bed, and as she began to ascend the stairs, “I saw Winston Churchill with a happy face striding towards the double doors of the Cabinet room.”64

Lloyd George was sitting within with his disconsolate prime minister when, as he later told a friend: Winston dashed into the room, radiant, his face bright, his manner keen, one word pouring out after another how he was going to send telegrams to the Mediterranean, the North Sea, and God knows where. You could see he was a really happy man.65"

Churchill, Hitler, and "The Unnecessary War": How Britain Lost Its Empire and the West Lost the World by Patrick J. Buchanan

fulanização

Tribunal Cível de Lisboa impede candidatura dos "dinossauros" para evitar a fulanização dos cargos políticos.

Comentário: Eis uma decisão totalmente contrária à nossa cultura. Os portugueses preferem líderes que conhecem a "apparatchiks".

20 março 2013

Lamento, mas não confio nas nossas elites

Tanto quanto parece a procura por ouro na Argentina está a aumentar explicado pelas suspeitas que a inflação real andará à volta de mais de 20% ao ano.

Portugal com moeda própria não promete muito melhor. Um país pequeno com moeda própria acaba sempre a ter problemas nas reservas em divisas. O que vai dar ao mesmo, mais tarde ou mais cedo, a ajuda internacional torna-se inevitável por falta de divisas para pagar empréstimos externos. Faço parte dessa minoria em crescimento (não sei se já repararam) de ortodoxia na moeda. Sim, o euro ajudou a prolongar a bolha. Mas países com moeda própria também conseguiram prolongar essa mesma bolha. Para outra moeda, só se for em liberdade monetária de circulação da moeda-mercadoria tradicional, ou seja, maior ortodoxia.

Para alimentar ilusões que salários não têm de descer, que despesa é necessária ao estímulo do crescimento, passo. O desemprego deve ser prioridade claro, mas se é prioridade as barreiras ao emprego devem desaparecer. Não estou desempregado, mas se o tiver, será do meu maior interesse que essas barreiras desapareçam e quanto mais depressa melhor. Prefiro isso, dá-me mais segurança em caso de ficar desempregado.

PS: A proposta de haircut dos depósitos no Chipre devia fazer aumentar a confiança no €, não a desconfiança. Embora a desconfiança nos bancos aumente, mas na medida em que aumenta, tornam-se mais conservadores. Os paradoxos...

todos estudaram pelos mesmos livros, mas...

A nova previsão do Executivo britânico aponta agora para um crescimento de 0,6% este ano, metade dos 1,2% previstos anteriormente. De acordo com as estimativas hoje apresentadas por George Osborne ao Parlamento, a economia deve crescer 1,8% em 2014 e 2,3% no ano seguinte.

Para tentar contrariar o travão económico, Osborne anunciou várias medidas: redução em um ponto para 20% do imposto sobre o rendimento das empresas, isenção de contribuição para a Segurança Social nas primeiras 2.000 libras de salário, incentivos à compra de casa ao nível das garantias dos empréstimos, limitação de 1% dos aumentos na função pública até 2016 e aumento para 10.000 libras anuais do rendimento mínimo elegível para cobrança de IRS.

DE

Comentário: Eis um conjunto de medidas que favorecem o crescimento económico sem distorcer o mercado.

o exemplo de Chipre

Ver post anterior

Chipre

La Iglesia de Chipre pone sus bienes a disposición del país para salvar los bancos

"Toda la riqueza de la Iglesia está a disposición del país (...) para que podamos aguantar de pie y no dependamos de estos extranjeros"

2 notícias 2

Metro encarece em 2013

Metro com o nível de passageiros mais baixo da última década

get real

Cyprus and the reality of banking: Deposit haircuts are both inevitable and the right thing to do (autor do Livro: "Paper Money Collapse – The Folly of Elastic Money and the Coming Monetary Breakdown", John Wiley & Sons, 2011)

A troika que se lixe

António Capucho: "Governo perdeu completamente a credibilidade" Sim, estas elites no governo iriam ter toda a credibilidade para os credores lhes pagarem os défices de forma entusiasmada. Tipo Chipre. E ainda se encostam ao Tribunal Constitucional que obrigou à subida acrescida dos impostos porque 17% de desemprego (e uma redução salarial a ocorrer em contínuo no privado) não é sacrifício equitativo suficiente dos outros relativamente à redução de despesa via redução de salários nos funcionários públicos e pensionistas. Mas também não querem despedimentos, nem..., nem..., querem é despesa. E sem despesa não há credibilidade. São as elites que temos. A elite montada em cima de uma pirâmide de crédito.

Dominican Sisters first hear about Pope Francis


Si Don Juan était une femme...

Brigitte Bardot e Jean Birkin numa cena do filme "Si Don Juan était une femme..." de 1973.
No tempo em que os franceses tinham uma indústria cinematográfica.

2 em 1

A carne é fraca mas a Igreja é mãe e perdoa.

neon

Trashy lineup of beachwear

19 março 2013

WWI (2)

"On July 31 [1914], in the last hours before war, the Kaiser wired his cousins, Czar Nicholas II and King George V, in desperation and near despair:
It is not I who bears the responsibility for the disaster which now threatens the entire civilized world. Even at this moment the decision to stave it off lies with you. No one threatens the honour and power of Russia. The friendship for you and your empire which I have borne from the deathbed of my grandfather has always been totally sacred to me…[T]he peace of Europe can still be maintained by you, if Russia decides to halt the military measures which threatan Germany and Austria-Hungary"
Churchill, Hitler, and "The Unnecessary War": How Britain Lost Its Empire and the West Lost the World by Patrick J. Buchanan

WWI

"Looking back on the century 1815–1914, from Waterloo to the Great War, Germany appears to have been among the least militaristic of European powers. Number of Wars: Britain 10, Russia 7, France 5, Austria 3, Germany 3. From 1871 to 1914, the Germans under Bismarck and the Kaiser did not fight a single war. While Britain, Russia, Italy, Turkey, Japan, Spain, and the United States were all involved in wars, Germany and Austria had clean records."

Churchill, Hitler, and "The Unnecessary War": How Britain Lost Its Empire and the West Lost the World by Patrick J. Buchanan

futuro

Num artigo sobre o conhecido Kim Dotcom que lançou o serviço Megauploader depois de ter sido acusado de infringir leis de propriedade intelectual com o anterior serviço de armazenamento e partilha de ficheiros. O novo serviço é baseado no conceito que a conta de cada utilizador está encriptada até para o próprio fornecedor. Desta forma, pode afirmar que não tem conhecimento que os utilizadores façam uploads de ficheiros copiados com direitos. Uma ideia genial.

Mas neste artigo que fala de outras ideias de Kim Dotcom às páginas tantas diz:
"Megabox will aim to cut out record labels by dealing direct with artists who want to offer their music online. Twenty programmers, mostly based in Portugal, are working on the service, which Dotcom hopes to launch by the end of July."  Adverts by app - Dotcom looks to future
Na verdade, por outras observações aqui e ali, é bem provável que esteja a nascer em Portugal capacidades relevantes nesta área a um preço competitivo. Sò espero que nunca seja objecto da moda dos ministérios, porque só o vão estragar. Tal com os sapatos e têxteis estão agora em grande porque se calhar sairam dos radares dos governantes, apanharam-nos distraídos e toca a acrescentar valor real.

espero que sim

"Papa Francisco deve encerrar o Banco do Vaticano"

O sistema bancário de criação de crédito e moeda é intrínsecamente corrupto por natureza e o Vaticano nada tem a ganhar por participar nele e só a perder, tudo o que lhe toca tem dificuldade em não ser por ele possuído.

Por outro deve cuidar que a sua tesouraria esteja garantida, não é nada boa ideia deter grandes montantes de moeda nesse mesmo sistema. Que se torne ortodoxo na moeda. Até podia emitir uma de ouro e prata com a sua cunhagem.

preferem a liquidação dos bancos?

Os que reagem pior à solução Chipre são os anjinhos que acham que se pode aplicar dinheiro nos bancos sem risco.

Ou que a garantia (suposta) nos depósitos até 100 000 Euros se pode aplicar a todo um sistema bancário em simultâneo. Não pode.

Ainda não incorporaram o verdadeiro significado e dimensão da pirâmide de crédito que o actual sistema monetário induz. Mas ver um estudo sobre a possibilidade de aplicação da solução Chipre a toda a zona Euro, UK e Estados Unidos. Sim, um dia poderá ser inevitável - quando as elites perceberem que poderá ser um mal menor para continuarem a ser elites em vez de enfrentarem as consequências sociais imprevisíveis de uma hiper-inflacção e/ou deflação monetária extrema.

Adenda: e ainda temos - "New Zealand considers Cyprus-style banking failure solution"

metáfora

O impacto das medidas socialistas faz-se sentir lentamente. É como a constrição de uma jibóia (boa constriction). Quando percebemos o perigo já é tarde.

Derek Hunter

ou mudamos de elites

“O Governo está perante um dilema, ou muda de política ou o país muda de Governo" Freitas do Amaral

Que querem: aumento de despesa, diminuição de impostos, diminuição da taxa recorde de desemprego sem diminuição de salários, aumentar o salários mínimo, que os bancos caiam mas sem mazelas, que se mande lixar os credores mas que financiem os défices e o rollover da dívida, etc.

Que não conseguem assumir a simples verdade que numa crise, o produto tem de recuar (por definição) e só um recuo da massa salarial consegue minimizar desemprego e repor a rentabilidade normal na economia.

Que querem mais crédito depois de apontarem o excesso de crédito, que querem juros baixos depois de acusarem os bancos de praticarem crédito fácil.

Que taxam crescentemente a minoria (cerca de 15%) que paga cerca de 85% da colecta de IRS mas afirmam que os outros (dos quais 50% não paga qualquer IRS) é que pagam impostos.

Que...

All lines of inquiry lead back to World War I

"ALL ABOUT US we can see clearly now that the West is passing away. (...)

In a single century, all the great houses of continental Europe fell. All the empires that ruled the world have vanished. Not one European nation, save Muslim Albania, has a birthrate that will enable it to survive through the century.

What happened to the West and our world—is what this book is about. For it was the war begun in 1914 and the Paris peace conference of 1919 that destroyed the German, Austro-Hungarian, and Russian empires and ushered onto the world stage Lenin, Stalin, Mussolini, and Hitler. And it was the war begun in September 1939 that led to the slaughter of the Jews and tens of millions of Christians, the devastation of Europe, Stalinization of half the continent, the fall of China to Maoist madness, and half a century of Cold War.

Every European war is a civil war, said Napoleon. Historians will look back on 1914–1918 and 1939–1945 as two phases of the Great Civil War of the West, where the once-Christian nations of Europe fell upon one another with such savage abandon they brought down all their empires, brought an end to centuries of Western rule, and advanced the death of their civilization. In deciphering what happened to the West, George F. Kennan, the geostrategist of the Cold War, wrote, “All lines of inquiry lead back to World War I.”

Churchill, Hitler, and "The Unnecessary War": How Britain Lost Its Empire and the West Lost the World by Patrick J. Buchanan

Human Smoke (4)

"Churchill was an expert on the effects of mustard gas—he knew that it could blind and kill, especially children and infants. Gas spreads a “lively terror,” he pointed out in an earlier memo; he didn’t understand the prevailing squeamishness about its use: “I am strongly in favor of using poisoned gas against uncivilised tribes" [August, 1920, about Iraq]

Human Smoke: The Beginnings of World War II, the End of Civilization by Nicholson Baker

Human Smoke (3)

"FRANKLIN ROOSEVELT, now a lawyer in New York City, noticed that Jews made up one-third of the freshman class at Harvard. He talked the problem over with Henry Morgenthau, Sr., and he went to the Harvard Board of Overseers, of which he was a member. “It was decided,” Roosevelt later explained, “that over a period of years the number of Jews should be reduced one or two per cent a year until it was down to 15%.” It was about 1922."

Human Smoke: The Beginnings of World War II, the End of Civilization by Nicholson Baker

Human Smoke (2)

“This movement among the Jews is not new,” Churchill said. It was a “world-wide conspiracy for the overthrow of civilisation and for the reconstitution of society on the basis of arrested development, of envious malevolence, and impossible equality.” He listed Marx, Trotsky, Béla Kun, Rosa Luxemburg, and Emma Goldman as some of the malefactors. The conspiracy had been, he said, the “mainspring of every subversive movement during the Nineteenth Century.” It had played a recognizable part in the French Revolution. All loyal Jews, he advised, must “vindicate the honour of the Jewish name” by rejecting international bolshevism."

Human Smoke: The Beginnings of World War II, the End of Civilization by Nicholson Baker

18 março 2013

Human Smoke (1)

WINSTON CHURCHILL, England’s first lord of the admiralty, instituted a naval blockade of Germany. “The British blockade,” Churchill later wrote, “treated the whole of Germany as if it were a beleaguered fortress, and avowedly sought to starve the whole population—men, women, and children, old and young, wounded and sound—into submission.” It was 1914.

Human Smoke: The Beginnings of World War II, the End of Civilization by Nicholson Baker

estrito cumprimento de défices máximos...

Escrevi em Novembro de 2003 "Re: Dívida Pública":
 "A UE é o único exemplo em que o mesmo BC compra dívida pública de vários Estados-Nação, através da emissão de novos Euros. Tudo bem enquanto funcionar. Quando não funcionar, um determinado país só tem a beneficiar enquanto emite muita dívida pública suportada pela emissão de Euros enquanto os outros se portam bem.  
Resultado previsível a prazo? Algures no futuro o BCE vai ter poderes para recusar (e até por boas razões) a compra de quantidades adicionais de dívida pública de um determinado Estado. Porque a alternativa é os outros países suportarem, através da partilha da mesma moeda, os custos - num efeito de socialização do mau comportamento.  
Neste instante, o Castelo construído poderá ruir. Só mesmo o estrito cumprimento de défices máximos por todas as partes poderá impedir tal evento, ou talvez apenas adiá-lo."
Nota:  E o caso do Chipre é um em que o resgate total dos bancos obrigaria a um resgate do estado do Chipre ainda maior e assim a compra até ao limite do necessário de dívida pública do Chipre. Que o BCE (de forma indirecta) expresse que existem limites não é mau e é de esperar.

Em boa verdade deveriam ser os credores em Assembleia (incluindo os depositantes) a concordar com uma reestruturação, sendo a alternativa a liquidação. Mas nos bancos existe uma armadilha, ninguém espera por assembleias e toda a gente tenta é proceder a levantamentos. É o sistema monetário que temos.
querem o Gaspar ou o TC Chipre?

3 pastorinhos

Por alguma razão, os liberais têm mau nome no subconsciente de muitos portugueses e isto bastaria para dar razão a D. Miguel I. Suponho que existirão 2 tipos de liberais, o que chamam saque a isto e os outros.

Mais um acto iluminado praticado por uma alma maçónica de que uma boa parte da elite portuguesa fazia (e faz) parte. Deve ser isto o constitucionalismo liberal.

Vamos lá a ler na wikipédia.
"Extinção das Ordens Religiosas, 1834
- Ministro da Justiça, Joaquim António de Aguiar, redigiu o texto do Decreto de extinção das Ordens Religiosas que, assinado por Pedro IV de Portugal 
-  Por esse diploma, eram declarados extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios, e quaisquer outras casas das ordens religiosas regulares (art. 1º), sendo os seus bens secularizados e incorporados à Fazenda Nacional 
- o relatório dirigido a D. Pedro, inicia-se afirmando: "Senhor: Está hoje extinto o prejuízo que durou séculos, de que a existência das Ordens Regulares é indispensável à Religião Católica e útil ao Estado, e a opinião dominante é que a Religião nada lucra com elas, e que a sua conservação não é compatível com a civilização e luzes do século, e com a organização política que convém aos povos". 
- Esta importante reforma visava aniquilar o que considerava ser o excessivo poder económico e social do clero."
Depois, ainda tivemos a outra vaga anti-clerical (adivinhem ligada a quê?) da Primeira República.

Quem parou esta deriva? 3 pastorinhos em Fátima. Esse é o milagre.

famous last words

Os nossos depositantes podem estar descansados, seguros e confiantes

o exemplo chinês

Aquilo que o mercado pode fazer, devemos deixar nas mãos do mercado. Aquilo que a sociedade pode fazer bem, devemos deixar a sociedade fazer. Ao governo cabe ocupar-se daquilo que lhe cabe.
Pedro Passos Coelho Li Keqiang primeiro-mistro de Portugal da China

um país bloqueado

Gaspar bloqueou o País - artigo de António Costa no DE

17 março 2013

Querem depósitos à ordem seguros?

Exijam que o termo depósito corresponda ao do contrato civil correspondente de coisa à guarda e não coisa dada em crédito ao banco.

Quanto aos "depósitos a prazo", esses sim estão em risco e sujeitos a massa falida (embora devam contar como prioritários nessa massa falida).

Mas na medida em que aceitam que os depósitos à ordem sejam crédito ao banco, como alternativa à falência, racionalmente até devem aceitar soluções de reestruturação como a de conversão em capital. Claro que ajudava ao "rule of law" que tal possibilidade seja explícita ex-ante.

Adenda: mesmo usar o termo "depósito" a prazo parece-me incorrecto. Se é depósito é depósito. "Aplicação a prazo" seria mais correcto.

dedução do direito natural

PS: talvez alguém aprecie (Joaquim?) este esquema dedutivo da ética (como normas de direito).


Católicos podem ser libertários

Do texto mencionado por PA (The Religious Roots of Modern Poverty Policy: Catholic, Lutheran, and Reformed Protestant Traditions Compared):
"In the tradition of Catholic Caritas and according to what came to be called the subsidiarity principle in the 20th century, helping the poor was a responsibility of the local Christian community and should arise from compassion rather than legal force through the state. Relatives, friends, employers and the church all felt individually responsible for the poor. Typical examples of Catholic poor relief are Spain and Italy, where relief stayed localized and the churches remained the most important provider of assistance. Until the 20th century, there was no national regulation on minimum benefits."
O que dizer de uma ordem social onde, pelas minhas contas, quem aufere um salário bruto de 1680€ paga cerca de 55% impostos (IRS, TSU, TSU empresa, IVA/outros)? Que espaço existe para a caridade de proximidade? O estado social é uma armadilha e ameaça ao catolicismo, como o é mais genericamente a qualquer relação social personalista.

Um católico pode ser libertário, e provavelmente até caberá a estes não fazer esquecer esta tradição ou ethos.

o discurso da legitimação do poder

A narrativa dos pobrezinhos, quando proferida por um chefe de estado, é essencialmente um discurso político que não deve ser levado à letra.

Xi Jinping:
‹‹Temos de ser austeros, lutar contra a corrupção e ajudar os pobres››

Papa Francisco:
‹‹Quero uma Igreja pobre e para os pobres››

Longe de mim pensar que há falta de sinceridade nas palavras do presidente Xi Jinping ou do Papa Francisco, pelo contrário, acredito na sinceridade de ambos. O que gostaria de realçar é que esta "narrativa dos pobrezinhos" também faz parte de um discurso de legitimação do poder. Aliás, tanto num caso como no outro, prenuncia, na minha opinião, um exercício determinado desse poder.
Em nome dos pobrezinhos, claro.

achtung

Lembram-se do "quem se mete com o PS, leva", penso que no resgate de Chipre se pode ler claramente que "quem se mete com a UE, leva". Merkel e Durão Barroso quiseram enviar uma mensagem forte, a todos os que têm devaneios de atrair investimento estrangeiro através de políticas fiscais competitivas.

Chipre tem uma taxa de IRC de 10% (ó Alvaro, cuidado), 40% dos depósitos bancários são de estrangeiros (especialmente de russos), dos quais milhares pertencem a gregos que procuraram refúgio em Chipre, por causa da catástrofe económica grega.

Acresce que a falência de Chipre resultou da reestruturação da dívida grega que provocou perdas de 4.500 M€ aos bancos deste país (este valor representa 25% do PIB de Chipre).

Enfim, finalmente a UE surge no palco internacional como uma grande potência, impondo um ajuste de contas draconiano aos cipriotas. Resta saber se esta política de serem fortes com os fracos não resultará num grande tiro pela culatra. Fico a aguardar a reação do Sr. Putin.

mnsg: os depósitos não estão seguros














Odd Cyprus Message: Levy Was an Absolute Necessity and It Will Never Be Repeated - Forbes


The Eurozone powers-that-be (mainly, Germany) insisted that the depositors in Cyprus's banks pay part of the tab. Not the bondholders. The depositors. The folks who had their money in the banks for safe-keeping.

16 março 2013

Os depósitos estão seguros?

Pergunta o André Azevedo Alves no insurgente a propósito do programa de ajuda aprovado ao Chipre que contempla uma perda dos depósitos até 10% em todo o seu sistema bancário.

Já aqui tinha referido a reforma monetária alemã no pós-guerra com a perda até 90% dos depósitos e a possibilidade de num futuro imprevisível, dada a pirâmide de crédito que o actual sistema monetário incentiva, poder um dia verificar-se a nível global (a alternativa é a hiper-inflação quantitativa para assegurar nominalmente os depósitos). Pois verificou-se mesmo.

Na verdade, o racional é simples. Para o banco central e os bancos poderem lidar com o peso do seu crédito concedido (em parte por pura criação de moeda e assim, sem que poupança monetária prévia e voluntária tenha tido lugar e depois intermediada pelos bancos), é preciso assumir a perda no lado do activo assumindo também o passivo e/ou capitais próprios (o que inclui os depositantes à ordem) a correspondente perda. Esta via é na verdade mais ortodoxa que a contínua injecção de moeda (ou seja inflação quantitativa) para suportar os depósitos, embora o processo natural seria o de liquidação dos bancos pelos credores (o que incluiria os depositantes).

Mas o que realmente me interessa é que este evento reforça a ideia que os depositantes de moeda à ordem (e não a prazo) têm o direito contratual de a poderem depositar e manter em contas correntes plenamente operacionais sem qualquer risco de crédito (e confisco já agora). Esta possibilidade é na verdade rejeitada pelo sistema que está desenhado e regulado para os depósitos à ordem constituírem crédito aos bancos.

Suspeito que este evento vai acordar, pelo menos, alguns.

PS: Existem considerações técnicas a ter em conta mas na verdade seria simples - o banco central emite as reservas necessárias a cobrir 100% dos depósitos à ordem e declara a passagem a um regime de 100% de reservas para os depósito à ordem. A partir daí, a pessoa comum, que não tem qualquer obrigação de estar ao corrente das correntes falaciosas de economia sobre moeda que têm infectado a civilização, sabe que a sua posse de moeda está pelo menos coberta do risco de crédito, como sempre deveria ter sido, dado que se risco e juro quiser assumir tem os depósitos a prazo ou fundos de tesouraria (bastante mais claros na sua relação contratual que os depósitos à ordem).

que se lixe a Troika


Não é possível reduzir o défice sem cortar na despesa. O tal “enorme aumento de impostos” apenas redistribuiu os encargos com a despesa e é por isso que o défice não desce da forma desejada. Os partidos do arco do poder preferiram pôr a população a pão e água a podar os interesses dos seus apaniguados e o resultado está à vista. O País entrou numa espiral recessiva da qual vai ser muito difícil sair.

Importa considerar que esses interesses instalados estão centrados nas áreas da saúde, da educação e da segurança social e que, por esta razão, o governo os pode escamotear por trás da narrativa dos coitadinhos — querem que a gente corte na saúde dos pobrezinhos? Não, pois não? Então "lá vamos cantando e rindo".

Cantando e rindo até que a Troika se compenetre de que, por esta via, vamos precisar de um perdão da dívida. Um “hair cut” aí de uns 40 a 50%, que nos dê uma folga de mais uns anitos. Mesmo com esse perdão, não vamos voltar a crescer sem reformas a sério, mas isso é no longo prazo e, como disse um famoso gay, ‹‹no longo prazo estaremos todos mortos››.

O movimento “Que se lixe a Troika” é manifestamente amadorístico. Os campeões da filosofia do “que se lixe a Troika”, isto é, que se lixem os nossos credores, são carteiristas profissionais que limpam os bolsos sem dar nas vistas. E que, se não têm escrúpulos em limpar os bolsos à populaça, muito menos se vão preocupar com as instituições que cá meteram 70.000 M€.

São os modernos “Alves dos Reis”. Onde estão? É muito fácil saber onde estão — "just follow the money". Na Grécia estavam no governo, mas nós não somos gregos. Nós preferimos as "eminências pardas" e confiamos o governo a "testas de ferro".

eles gostam...


15 março 2013

coisa linda que os libertadeiros do Ocidente estão a cozinhar

"The Islamic State of Iraq, a militant jihadist group affiliated with Al-Qaeda, has claimed responsibility for a massacre of nine Iraqi guards and 48 Syrian soldiers who sought respite in Iraq from Syria's civil war."

contra-revolução V

devolvemos os forais aos municípios, afinal de onde veio a legitimidade para acabar com eles, foi voluntário?

+ 1 ano

Mais um ano nos cuidados intensivos

ai não aguenta, não aguenta II

Eis um exemplo de "actuações voluntaristas"

ai não aguenta, não aguenta

“São necessárias actuações voluntaristas.” 

Não conheço ninguém com tanta propensão para o disparate e para a gaffe como o gerente do BPI, a não ser talvez o vice-presidente dos EUA, Joe Biden.
Depois da lamentável história dos sem-abrigo e do ‹‹ai aguenta, aguenta››, seguida de declarações infelizes na AR, Fernando Ulrich vem agora afirmar que para termos crescimento económico ‹‹são necessárias actuações voluntaristas››.
O pobre homem não atinge que foram as actuações voluntaristas que nos levaram à falência, haja paciência.

uma explicação...

Consumos pessoais que constam das facturas são destruídos

Comentário: Uma explicação destas parece sugerir que a malta não está a aderir à factura obrigatória

14 março 2013

começam a fazer muita falta

Os artigos do Pedro Arroja sobre a Igreja. Neste momento de mudança, seria do maior interesse podermos contar com a sua opinião.

contra-revolução IV

podemos distribuir o ouro do BdP pela população na forma de escudos, legalizando a sua circulação a par do € (isto sim, seria um "estímulo").

o primeiro Papa Jesuíta

e do que se lembram é que é argentino (ou italiano) ... o Marquês de Pombal não diria o mesmo.

contra-revolução III

podemos privatizar escolas a favor dos professores e trabalhadores

santa ignorância

...
Mesmo assim, nunca chegou a ser confundido com a Igreja da Libertação - uma contracorrente que, na América Latina, quis fazer o mesmo que Francisco de Assis 700 anos antes e que o Vaticano ostracizou por todas as vias. Bergoglio é tido, aliás, como um conservador tanto em termos sociais como dogmáticos. Uma das suas lutas mais apaixonadas deu-se quando a Argentina votou leis que abriam a hipótese do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A essas leis, Jorge Bergoglio classificou-as como "obra do Diabo" - o que levou a que a presidente do país, Cristina Kirchner, entrasse em pública e razoavelmente violenta confrontação de argumentos com o agora designado Papa Francisco I (o 266º da história da Igreja Católica de Roma). "Parece a Inquisição", chegou a dizer Kirchner. O aborto e a eutanásia merecem-lhe também absoluta oposição.
António Freitas de Sousa, no DE

Comentário: A Teologia da Libertação não tem qualquer relação com o "Franciscanismo", é um movimento inspirado no Marxismo e na luta de classes, conceitos inexistentes no Sec. XIII.

contra-revolução II

Uma forma justa de privatizar qualquer coisa é simplesmente distribuir acções pela população.

contra-revolução

Empresas do estado com capitais negativos: declarar falência numa Sexta, contratar no Sábado, privatizar no Domingo por leilão, abrir na Segunda.

k maduro


"Sabemos que o nosso comandante está de pé e face a face com Cristo", disse Maduro...
"Algo deve tido influência para que um papa sul-americano fosse nomeado. Alguma nova mão aproximou-se de Cristo, e disse: Chegou o tempo da América do Sul. Isso é o que penso", declarou o sucessor de Chávez, que concorre pelo partido no poder às presidenciais de abril.
"Um destes dias vai convocar um congresso constitucional no céu para alterar a igreja no mundo e para que o povo, o único povo puro de Cristo, governe este mundo", sugeriu, numa nova referência ao ex-chefe de Estado.

DN

13 março 2013

para a próxima é o euromilhões...

O novo Papa é um argentino filho de emigrantes italianos, foi escolhido no processo mais rápido de sempre de eleição de um Papa, e, ainda por cima, é jesuíta, o que garante ordem na casa. Dificilmente podíamos ter acertado mais nas previsões...

2 * 4 = 8

Portugal precisa de cortar 8 mil milhões de euros na despesa pública

o legitimismo


língua afiada





















‹‹É amante o estatuto de quem estabelece, mantém e manipula uma relação sexual com o propósito de a rentabilizar?››
A Eugénia de Vasconcellos, do "Escrever é Triste", não tem dúvidas. Não é amante, é puta.

Comentário: Que dizer? Talvez parafrasear o bardo:


Não lamentes, ó Marcela*, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putissimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes putas teem reinado:

Dido foi puta, e puta d'um soldado;
Cleopatra por puta alcança a c'roa;
Tu, Lucrecia, com toda a tua proa,
O teu conno não passa por honrado:

Essa da Russia imperatriz famosa,
Que inda ha pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil porras expirou vaidosa:

Todas no mundo dão a sua greta:
Não fiques pois, ó Marcela, duvidosa
Que isso de virgo e honra é tudo peta.

*Nize, no original do Bocage

mind alone


The pope released a statement saying "my strengths, due to an advanced age, are no longer suited to an adequate exercise of the Petrine ministry", further he explained that "both strengths of mind and body are necessary". 

My first reaction was disappointment. 

Because of individuals like Charles Krauthammer and Stephen Hawking, who achieve so much purely on the strength of their minds, and because of all the benefits of the internet age, we came to believe that the mind alone can "adequately fulfill" any role. Exceptionalism is valued and employers have responded with greater tolerance and flexibility. The Pope's decision to resign does go against that trend, and may challenge the faith of those struggling with physical health. 

But who really knows what's going on in the Vatican. Here's to the Pope that was: some of his glossiest moments. Be sure not to miss the Vatican's artist in residence, Natalia Tsarkova posing with her portrait of the Pope Benedict; I leave it to you to decide if its ironic in the contemporary Jeff Koons sense or just conservative.

Common Romance

ódio ao capitalismo

A Espanha está a destruir as suas empresas? A Pescanova, com activos de 1.000 M€ e cerca de 10.000 empregados, passou de bestial a besta em menos de um fósforo.
O El País já começou a "tratar-lhe da saúde", levantando suspeitas de fraude.
Quando os Estados vão à falência a culpa não é dos políticos, é da crise financeira e dos especuladores. Quando as empresas têm dificuldades, a culpa é dos patrões.

o caminho das presidenciais *


"O Presidente da República deve exercer as suas funções e deve fazer respeitar a Constituição e não refugiar-se num palácio e desaparecer da vida pública", salientou.
Para Marinho Pinto, "o Governo faz o que quer impunemente com a maioria parlamentar, porque as outras instituições não estão a funcionar como deviam, nomeadamente o Presidente da República".
Questionado sobre se está a pedir que Cavaco Silva dissolva a Assembleia da República, o bastonário respondeu que deve dar "pelo menos palavras de esperança" aos portugueses.
Portugal "está praticamente sem Presidente da República" e ele "deve actuar", concluiu.
JN

Comentário: Um Chávez português? Marinho Pinto começa por dizer que ‹‹não há democracia de barriga vazia›› para terminar afirmando que o Presidente ‹‹deve dar pelo menos palavras de esperança››. Isto é, há democracia com a barriga cheia de esperança...
A inépcia política do PS, do PSD e do CDS, vão abrir a porta a figurões deste quilate.

* Título retirado de um post do rui a.

Salve, Rei!, poesia de Camilo Castelo Branco dedicada a Dom Miguel I


"Nótula da nossa 1.a edição
A poesia que se segue, dedicada a El-Rei Dom Miguel I, por occasião do seu casamento, foi impressa originalmente, em janeiro de 1852, em uma folha solta, e reproduzida
no diario legitimista A Nação, n.o 1834, de 22 de novembro de 1853, em parallelo com uma outra poesia do mesmo Camillo, transcripta do jornal O Portuense, de 17 de novembro de 1853, em honra de Dona Maria II, a quando do seu fallecimento."

SALVE, REI!

Cantor d'outr'ora, quando vi sem flores
Os magicos jardins da phantasia,

Minha lyra depuz.
Não mais pedi inspirações terrenas.
Curvei-me ante o altar, sagrei meu estro

Aos canticos da cruz.

E, sem magoa, quebrei prisões da terra,
Mas uma, se então quiz tambem quebral-a,
Não pude... em vão tentei...

Eram saudades a viver d'esp'ranças,
Saudades, que nem Deus manda esquecel-as,

Saudades do meu Rei!

Ficava-me no mundo um nome grande,
Um symbolo d'amor, de luz radiante,

Sob um manto real...
Imagem do que vi na minha infancia,
Sentado no docel, herança augusta

Dos Reis de Portugal

Christão, pedi com fé - senti que a tinha
Prostrado ante o altar, quando eu pedi

Recursos ao meu Deus...
Recursos, não pr'a mim que nasci servo,
Recursos para Vós, Rei desterrado

Sob inhospitos céus!--

Pulsou-me o coração, senti no labio,
Em vez da oração, soltar-se o hymno

D'um peito portuguez!

Ás lagrimas succede essa alegria
Dos extasis que á mente imprimem vôos

D'energica altivez!

Rei! no dia em que descestes
Do Vosso throno real
Apagou-se a luz da gloria,
Cerrou-se o livro da historia
Do Reino de Portugal.
Surge o anjo do exterminio
Sobre as trevas infernaes!
Traz de fogo a fera espada,
E com mão ensanguentada
Rasgas as purpuras reaes.

Sobre o solio dos Affonsos
Ferreo sceptro esmaga a lei:
Ruge alli o despotismo
Se não verga ao servilismo
Quem lhe diz «Tu não és Rei!»
Não és Rei! és uma affronta
Feita ao povo portuguez!
Não és Rei que não herdaste
Este chão que escravisaste
A quem falso Rei te fez!

Vaga o anjo do exterminio
Como inspiração do algoz!
Corações com Vossa imagem,
Oh meu Rei! são a carnagem
Do punhal que fere atroz!
Foram dias de martyrio,
De terror e maldição!
Mas o martyr, expirando,
Esquecia-Vos só quando
Lhe morria o coração!

Vaga o anjo do exterminio
Do mosteiro sobre a cruz,
E roçando a negra aza
Pela cruz o templo arraza
E do altar extingue a luz.
Cospe injurias e sarcasmo
Sobre a face do ancião,
Porque orava, é réo, e expulso
Foge á morte, e cede ao impulso
De penuria, e pede pão.

Pede o pão que amassa em pranto
De saudades que crê vem
D'uma cella que comprára
Quando o mundo cá deixára
Com as pompas que elle tem!
Pede o pão que lhe usurparam
Com tamanho desamor...
Fraco, ao vêr que chega a morte,
Morre... e então mostra que é forte
Perdoando ao matador!

Lá, no campo da carnagem,
Mutilado um corpo jaz...
Ficaram-lhe alli seus ossos...
Pois que foi um d'entre os Vossos
Real Senhor! não terá paz.
Nem a paz dos que morreram
Sem a nodoa da traição
Nem a paz da sepultura
Ao fiel que honrado jura
Morrer sob o seu pendão

Lá se abraça ao corpo exangue
No abandono da viuvez
A que alli vive arrastada
Mendigando, envergonhada,
Improperios... talvez!
Pobre, e só, mãe de tres filhos
Quando a fome a constrangeu,
Inda assim, um pensamento,
Uma esperança, um grato alento
Foi por Vós que o concebeu...

Vaga o anjo do exterminio
Enverga o manto real;
D'um diadema a fronte cinge,
Mas o sangue que lh'o tinge
Brada vingança fatal!
N'essa fronte ensanguentada
Escreveu a mão de Deus!...
Mas tambem homens puzeram
Inscripções onde se leram
Infamias como tropheus!

Oh Rei de Portugal! Quando a amargura
D'este povo infeliz, é sem conforto,

Valemo-nos do céu!
Pedimos-lhe por Vós, anjo proscripto,
Pedimos-lhe vigor á doce espr'ança

Que em vós o céu nos deu!

Vireis, Senhor vireis, que Deus é justo!
Vireis enxugar lagrimas amargas

Que se choram por Vós!
Sereis de todos Pae, não vingativo,
E nós todos irmãos, e Vós de todos...

O Rei de todos nós!

Fatidica aureola circumda
Nas plagas do desterro dolorosas

Vossa fronte real.
Sentado sobre as rochas da montanha
Lá mesmo na solidão d'amargo exilio

Sois Rei de Portugal!

Deu-vos um anjo a Providencia augusta
Em galardão á dôr que amargurastes

Com Santa intrepidez.
Um dia curvaremos o joelho
Perante Essa que o ceu fadou Rainha

Do povo portuguez.

Camillo Castello Branco

Salve, Rei! - Poesia de Camillo Castelo Branco. Lisboa, Typographia A. J. Ferros & Ferros: 1915.

12 março 2013

a teoria estatista da moeda

Neste capítulo Mises refuta a teoria estatista da moeda que pretende conferir à moeda a sua possibilidade de existência ao estado que lhe confere a característica de unidade de valor, passando por cima que só a acção de troca entre pessoas concretas conduz à necessidade de seleccionarem um meio de troca e de assim, com o tempo, ir seleccionado aquele bens ou bens mais adequado a essa função.

2 The "State" Theory of Money
http://mises.org/books/Theory_Money_Credit/AppendixA.aspx#_sec2

Mises, nesta sua obra aplicou a teoria subjectiva do valor ao acto de troca e a sua natureza ordinal (prefiro A a B) e não cardinal , à moeda. E nesse âmbito formulou pela primeira vez a teoria dos ciclos económicos consistente com a possibilidade de expansão do crédito por mera expansão dos depósitos à ordem (sem que o bem seleccionado como bem de troca, tenha existência, no caso moderno, as reservas emitidas pelo banco central).

PS: vou insistindo neste assunto porque se trata "só" de determinar as causas destes problemas económicos que tanto sofrimento e disfunção social causam a todos. Parece-me que quem acha que pode contribuir tem o dever de tratar o assunto com insistência.

teoria subjectiva do valor

Não há forma alguma de medir um aumento ou diminuição na felicidade ou satisfação, não só entre pessoas diferentes, como não é possível medir a mudança na felicidade de uma determinada pessoa.

A consequência disto é extrema: não existe qualquer forma de imputar valores ou preços a coisas (e se fosse a consequência era dramática, seria possível conceber o homem como um mecanismo matemático - tentativa feita pelo mainstream académico não-austríaco).

Os preços que se formam livremente não determinam valores nem determinam um consenso de valorização.

As pessoas agem por comparações de preferências por simples ordenações. Podemos analisar situações hipotéticas:
A pessoa X prefere por ordem os seguintes fins (ou objectos, etc): 2 A, A, B, C, D.
A pessoa y prefere por ordem: 2 D, D, C, B, A. 
Aqui é fácil determinar que X irá trocar com Y,  D por A, mas não porque existe uma comparação de um qualquer valor absoluto, mas por resultado da ordenação de ambas as preferências. Também se pode afirmar que ex-ante ambas as partes ganham com a troca.
E o que dizer de uma simples compra de um jornal por 1€?

O que se pode dizer e não é muito, é que quem compra o jornal pelo menos prefere aquele jornal e naquele momento a 1 € (ou seja, pode valorizar aquele jornal naquele momento em bem mais que 1 €). E o vendedor o inverso.

A troca dá-se por causa de uma desigualdade e não por uma igualdade. E isto é muito diferente de dizer que um jornal vale 1 € para X ou ainda pior, para a sociedade.

O outro ponto é que ao contrário do afirmado pela teoria do custo-valor de Adam Smith e Ricardo (e que Marx aproveita), não é o custo das coisas que determinam o valor e o preço do produto final,,é a valorização das pessoas quanto ao produto final que determina que custos se podem incorrer na sua produção.

É por isso mesmo que se observam margens de lucros elevadas em produtos de inovação ou cujo design é muito valorizado. E só mais tarde a concorrência começa a oferecer produtos similiares aumentando os custos e baxando os preços aproximando-se aos poucos de uma situação de lucro normal.

De resto, qual é o sector mais propício a lucros super-anormais? a arte. Um noite de génio, e um escritor ou pintor pode produzir algo cujo preço de venda exceda em 1000% os custos incorridos.

papa

Vai ser italiano e de eleição rápida. Nesta hora de grande exigência, a Igreja precisa de tradição e de força institucional.

germanização

España avanza hacia el modelo alemán: las rentas de las empresas superan a los salarios por primera vez en 30 años

Crises

O economista e historiador Charles P. Kindleberger na sua história das crises financeiras escrita em 1978 contabilizou 38 crises financeiras desde 1618. Mais tarde, actualizou o seu livro com mais 3 terminando com a crise asiática em 1998 e faleceu sem poder documentar a chamada bolha da internet de 2000 e a crise corrente genericamente atribuída a e baptizada como a bolha do imobiliário. Noutro estudo recente citado por Niall Fergusson, com os dados disponíveis desde 1870 para o Produto Interno Bruto e o Consumo, identificou 148 crises onde o decréscimo cumulativo do PIB foi de mais de 10% e 87 crises onde o consumo sofreu um decréscimo comparável.

Podemos considerar um falhanço de boa parte da doutrina económica que se especializou a recomendar remédios em vez de identificar as causas, uma boa especialidade porque passa sempre por dar aos políticos e bancos centrais aquilo que eles querem; aparecerem como os salvadores pela sua acção indispensável.

Mises em 1949: “Não há meio de evitar o colapso final de uma bolha provocado pela expansão do crédito. A alternativa é apenas se a crise deve chegar mais cedo como o resultado de um abandono voluntário de mais expansão de crédito, ou mais tarde, como uma catástrofe final e total do sistema monetário envolvido.”

folha de coca

Evo Morales apelou ao novo Papa para que use folha de coca. Este apelo, que teve lugar na Comissão de Estupefacientes da ONU, demonstra "vistas curtas". Muitos outros líderes mundiais podem beneficiar deste tratamento, para quê limitar o uso das folhas de coca ao clero?
A Sra. Lagarde, por certo, beneficiaria da folha de coca. O DSK, que a antecedeu, não se ia privar do "acullicu" - folha de coca mascada, digo eu.
Durão Barroso pode mitigar as suas preocupações com o impacto social da austeridade e, por cá, até Cavaco Silva pode ser "energizado" por esta terapêutica, o que certamente constituiria uma prova definitiva da sua ação milagrosa.
Aposto que António Borges deve estar a precisar da folha de coca e até Arménio Carlos fazia bem em ruminar a coisa, entre duas manifestações.
Já agora, aquele senhor da Troika, calvo e com um hábito esquizoide, não estará a precisar da folha de coca? Talvez assim conseguíssemos 10 anos para cumprir o défice, que passariam num ápice, com a receita do Dr. Morales.

11 março 2013

queda do consumo em 2012

Privado - 5,6%
Empresas - 13,7%
Público - 3,9%

Comentário: Quem é que está a apertar o cinto? Quem é?

anedota

Hugo Chávez fez mais pelo seu povo do que o Alberto João Jardim fez pelos madeirenses — Miguel Sousa Tavares, na SIC

Recapitulando

Bancos e estados em todo o mundo entraram em colapso, mas salvaram-se recorrendo à mesma máquina que está na origem do problema: uma pirâmide de crédito e moeda e que está na origem da financeirização artificial da economia que desconstrói o ciclo normal de poupança/investimento, induz a alavancagem pública e privada e favorece a concentração de poder político e económico.

Chegada a crise, que constitui o processo de cura, só uma queda de salários (que acabará a ocorrer de uma forma ou outra) permite restabelecer lucros normais e assim voltar a crescer. É uma ilusão pensar outra coisa.

é feeling, empírico ou é a lógica?

"Granadeiro: Baixar o salário mínimo não relançaria o emprego" Tradução: o que relançaria o emprego é despesa do Estado e da UE. Quem sabe sair do Euro... para os salários caírem sem lhe chamar tal coisa.

excepto os próprios afectados

"Miguel Laranjeiro sustentou que "não há ninguém na sociedade portuguesa" que não defenda hoje o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN). "

Assim como:

- desempregados no interior com produtividade muito menor que as grandes cidades
- desempregados nas cidades que sofrem a concorrência (em parte forçada) de quem se desloca do interior
- pessoas com problemas de produtividade (psicológica, física) mas que seriam capazes e com vontade de executar os trabalhos possíveis
- empresários no interior, cujo micronegócio é muito sensível a custos laborais
- etc


populista

Já lá vão os tempos da ditadura do proletariado, o PCP agora é um partido populista. Exige eleições, para "devolver a palavra ao povo", mas como a maioria resultou de eleições, o PCP demonstra que se está nas tintas para o processo democrático. Pretende é aproveitar o momento a seu favor, é populista.
Que trajetória...

10 março 2013

somos diferentes

‹‹Nunca concordámos com muitas das políticas do Chávez...›› Dilma Rousseff

A diplomacia portuguesa devia mostrar o mesmo distanciamento. Dilma nem ficou para o funeral, deixou a Venezuela pela calada da noite, num "claro sinal para os investidores e diplomatas" — Reuters.

09 março 2013

presente!

"Presidente" Moreno: ‹‹Sr. presidente do CGS da Octapharma››

José Sócrates: ‹‹Presente››

norte-americano ?

Entre os 12 cardeais badalados como "papabili" há 3 norte-americanos - 25%

os comerciantes do apocalipse

A NASA alertou para que algo de estranho se está a passar no Sol

professore

Mario Draghi dá uma aula a Seguro e aponta responsabilidades:


Draghi recupera as causas da crise, e lembra que "a economia portuguesa acumulou desequilíbrios e vulnerabilidades significativos, de que é um exemplo a substancial perda de competitividade, patente nos fortes aumentos dos custos do trabalho em relação aos parceiros comerciais da área do euro e nos elevados défices da balança de transacções correntes". Para o presidente do BCE, "esta evolução era insustentável e, portanto, o ajustamento tornou-se inevitável".

Mais: para Draghi, os efeitos negativos deste ajustamento na economia, não são mais do que o reflexo da "magnitude dos desequilíbrios anteriormente existentes em conjugação com a rigidez estrutural que inibe o ajustamento". O programa da ‘troika' é uma forma de fazer este ajustamento de modo ordeiro, defende Draghi, frisando que "o retorno a um crescimento sustentável e robusto não será possível sem ajustamento".

No DE

A boa moeda expulsa a má moeda

Nota: este tema faz parte de uma discussão avançada sobre a natureza da moeda, banca, e as reservas fracionárias versus reservas 100% que tem apoquentado a própria Escola Austríaca. Há muito tempo que desenvolvo esta tese e a tenho tentado expor em fóruns de discussão onde participam académicos austríacos. A tese é esta. Agradeço todos os comentários.

Num sistema de liberdade monetária, os bancos devem poder oferecer livremente contas correntes e notas com 100% de reservas ou sem cobertura. Certo.

Mas existe uma condição de direito:

- Que os contratos sejam claros e tenham a denominação correcta sob pena de fraude.

Nada obsta a que os bancos pudessem começar a oferecer notas e contas correntes sem cobertura de moeda base (seja prata, ouro, bitcoins ou as modernas reservas de um banco central) se tal fosse claro na relação contratual e na denominação usada para tal.

Assim, num ambiente bancário concorrencial honesto será necessário que:

- o termo "depósito à ordem" corresponda a contas correntes de moeda base (seja prata, ouro, bitcoins ou as actuais reservas de bancos centrais) à guarda
- a emissão de notas corresponda a certificados de depósito de moeda base à guarda.

E os bancos que queiram oferecer emitir contas correntes e notas sem que corresponda a moeda base à guarda, ou seja, não possuindo os bancos a quantidade de moeda base para os valores emitidos de tais notas ou contas correntes (a actual prática legalizada por legislação especial de "reservas fracionárias")?

- um termo compatível com esse tipo de contrato é o de “promessa de entrega" e não será fungível (em termos de direito e económico ou mesmo de registo contabilístico) com o de "guarda" porque não constituem contratos homogéneos. A consequência prática disto é que na contabilidade, as empresas teriam que manter registos agregados separados de contas correntes de moeda base e de "promessas de entrega".

E consiste numa “promessa de entrega” (e não certificado de depósito) porque a relação contratual é a de uma entidade que promete entregar/liquidar em moeda base, apesar de não a ter (e assim assumido e transparente) moeda base em guarda na totalidade do conjunto desses títulos emitidos. Não é uma "guarda", é uma "promessa".

Agora, imagine-se que, nesta realidade de liberdade monetária, alguém vai depositar moeda base (ex: prata ou ouro físico) num banco. Irá fazê-lo numa entidade que assegura a guarda em custódia (mas com todas as facilidades de movimentação a débito/crédito como em qualquer conta corrente) ou numa entidade que emite as referidas “promessa de entrega”?

Parece evidente que só se irá depositar contra um contrato de guarda. Que interesse teria trocar "a coisa" por uma "promessa de entrega" dessa coisa?

E quem quiser estabelecer preços e contratos? É indiferente receber ao mesmo preço, verdadeiros certificados de depósito e títulos de “promessa de entrega”? Parece-me claro que existiria um rácio de convertibilidade, em especial, naqueles emissores de tais “promessas de pagamento” percepcionados como de maior risco.

E quanto ao argumento do juro? Quem possuir contas correntes de tais “promessas de entrega” pode receber juros na sua conta corrente (os actuais depósito à ordem). Sim, mas irá receber um juro, ele próprio “promessa de entrega”.

A verdade é que os detentores de moeda base também têm a possibilidade de receber juros fazendo contratos de crédito e recebendo juros… em moeda base (ou o seu substituto de notas/certificados ou verdadeiros depósitos à ordem).

Assim, parece-me claro que no normal funcionamento de mercado, a boa moeda tenderá a expulsar a má moeda. Neste caso, como a má moeda (os títulos de "promessa de entrega") contêm um risco que a boa moeda ("à guarda") não tem, existirá um desconto, fazendo com que deixe de funcionar como a moeda base de cálculo. O racional é querer receber a boa moeda e pagar com a má. Mas se a má passa a ter valor inferior ao seu valor nominal em moeda base, já não haverá vantagem em pagar com a má moeda. No longo prazo as "promessas de pagamento de moeda base" tenderão a ser suplantadas pela moeda base (ou a sua representação em notas e depósitos à ordem).

A má moeda só expulsa a boa moeda quando legalmente se força a atribuição do valor da boa moeda à má moeda, coisa observada historicamente.

Aliás, a própria ambiguidade do estatuto dos depósitos concorre para atribuir o mesmo valor aos verdadeiros depósitos versus aquilo que na verdade são contas correntes de “promessa de entrega”. Como tal, nestas condições, sim a má moeda expulsa a boa moeda e nenhum banco terá incentivo a praticar a boa moeda.