31 outubro 2012




     
O Futuro desejado

Quando andava na instrução primária, nos anos quarenta, os meus colegas da aldeia andavam descalços ou de chulipas de madeira que uma tira de couro segurava ao pé nu e calejado.
As mulheres, quando no fim da festa da paróquia, regressavam a casa, tiravam os sapatos ou as chinelas que punham à cabeça, para irem mais depressa e mais à vontade.
Hábitos  de pobreza e adaptação à miséria que, uma vez perdidos, nunca mais se voltarão a suportar.
Ninguém que andou descalço tem agora pés que tal suportem.
O mesmo sucede com tudo que se foi abandonando ou perdendo ao longo dos tempos e que desapareceu para sempre como possibilidade de regresso.
Por isso, quando ouço dizer que temos que passar a viver de acordo com as nossas curtas possibilidades de pobres, sei bem que nunca deixaremos de exigir viver sem perda dos benefícios, comodidades, trabalho  e segurança que sempre os políticos da democracia nos prometeram.
O futuro é, para todos, cidadãos e partidos, esquerda e direita, o desenvolvimento da nossa economia: é a construção da sociedade rica e protegida que nos foi prometida e de que tivemos suficiente conhecimento para expulsar das nossas memórias os tempos do pé descalço.
Voltar ao escudo? Nem pensar
 Reduzir a protecção social? Era o que faltava…
O que todos queremos é um desenvolvimento que não pare, que nos dê dinheiro, emprego e proteção, que nos iguale aos países ricos
Os políticos prometeram. Que cumpram!
A “troika” deu a receita? Que os resultados apareçam.
Depressa!
Mesmo que o desenvolvimento constante que os poderes prometem e nós desejamos  seja um  suicídio queremos que a crise passe para voltarmos ao antes da crise em direcção… à crise maior!

30-10-2012


Paulo Mendo

eu não acredito

‹‹Um europeu pode não acreditar que a fé cristã seja verdadeira e, no entanto, aquilo que diz, acredita e faz provém da fonte do legado cristão e depende dela o seu sentido. Só uma cultura cristã podia ter produzido Voltaire ou Nietzche. Eu não acredito que a cultura da Europa pudesse sobreviver ao desaparecimento da fé cristã›› T. S. Elliot, citado por Mario Vargas Llosa

the Greatest Generation

30 outubro 2012

catástrofes

Furacão Sandy provoca prejuízos estimados em $20.000 milhões de dólares (USA)

Com José Sócrates, a dívida pública portuguesa passou de 80.000 M€ para 160.000 M€. Um aumento de cerca de $100.000 milhões de dólares (USA - para compararmos).

Comentário: A governação de José Sócrates custou a Portugal cerca de cinco vezes o valor dos prejuízos causados pelo furacão Sandy. É destruição!

tarde piaste

"Temos problemas que não podem ser resolvidos com mais impostos” — PPC

Comentário: Isto era evidente quando o governo tomou posse.

29 outubro 2012

como era de esperar

As conservadoras são muito mais femininas do que as socialistas.

Comentário: Uma vez que os conservadores aceitam melhor as diferenças de género do que os socialistas, era de esperar que as mulheres mais "femininas" se identificassem com mais facilidade com a ideologia conservadora e que as mulheres menos "femininas" procurassem ideologias que não valorizassem tanto a diferença.
O mundo da política não está portanto vedado às feias, têm é de se inserir em partidos da extrema-esquerda. Claro que, como em tudo na vida, há bonitas excepções.



    Obrigado pelo convite.
Durante vinte anos todas as 5º feiras escrevi um texto de opinião no «Jornal de Notícias» dez anos, no « Primeiro de Janeiro»,  outros tantos.
Desde que, há quatro ou cinco anos, esse compromisso cessou, tenho-me limitado a escrever, sem compromisso e cada vez  com mais preguiça, em jornais médicos sobre saúde e sua “governança”, palavra da moda  mais chique que política
O Dr. Sá Couto convida-me agora para colaborar no «Portugal Contemporâneo », que costumo ler e de cujos autores sou amigo e admirador.
Sei que é difícil entrar num comboio em movimento, sobretudo quando tem o conforto de um «Alfa», mas a boa vontade e simpatia da tripulação dá-me a certeza  de que, se houver  um falhanço, a culpa será inteiramente minha
Paulo Mendo  

piropos

Os piropos fazem parte da nossa cultura, como diz a Sarah neste post. Mas ultimamente andam um bocado em baixo, será a crise?

o lobby & a realidade

O lobby

Que países gastavam, em 2010, metade que a Grécia na comparticipação de remédios vendidos nas farmácias? Portugal é uma das respostas certas. Um estudo europeu publicado em Setembro revela que, há dois anos, a despesa pública per capita com medicamentos dispensados em ambulatório rondava em Portugal os 243 euros, quando na Grécia atingia os 495 euros (valores que têm em conta a paridade do poder de compra). Hoje a despesa nesta rubrica em Portugal já está abaixo da média europeia mas a talhada prevista no Memorando da troika e na proposta do orçamento, não tem paralelo a nível europeu: o objectivo é reduzir a despesa pública com remédios, tanto os dispensados nas farmácias como os usados nos hospitais, para 1% do PIB. No programa de ajustamento em vigor na Grécia, não só há mais um ano para atingir este tecto como ficam de fora os medicamentos usados nos hospitais.

A realidade


Comentário: Portugal não se pode comparar com a Grécia, mas pode comparar-se com o Reino Unido, por exemplo, onde o gasto total com medicamentos é muito inferior ao português, em PPP e em percentagem do PIB. A ANF e a Apifarma, na minha opinião, estão a apostar num modelo falido.

28 outubro 2012

2 + 2 = 4

Economia portuguesa vai encolher para o nível de 2000 no próximo ano

Agora, analisando os mapas da despesa com saúde e educação da Pordata:



Torna-se mais fácil perceber quanto podemos gastar na saúde e na educação, o mesmo que em 2000:

Saúde — 5,3 MM€
Educação — 6,2 MM€

Em 2000, gastava-se na saúde e na educação menos 30% do que em 2011. Ora, não é possível manter gastos de 2011 com rendimentos de 2000.
Eu tenho vindo a advogar um corte de 20% nas despesas sociais, mas começo a duvidar se será suficiente. Quando as medidas não se tomam a tempo, os problemas só pioram.

Portugal sentimental


O emocionalismo, para Ayn Rand, é a substituição do pensamento racional por sentimentos ou emoções. É uma pecha porque as emoções não permitem validar qualquer princípio ou postulado. Uma hipótese, claro está, não se torna válida porque eu gosto dela, mas porque pode ser demonstrada racionalmente.
As ditaduras nunca se impuseram com argumentos racionais. Se os ditadores acreditassem na racionalidade das suas propostas, e na inteligência do povo, iam a votos e ganhavam as eleições. Mas não, os ditadores, de um modo geral, apelam às emoções e fogem ao confronto racional das suas ideias.
Uma população rendida ao emocionalismo torna-se numa presa fácil para tiranos sem escrúpulos. Infelizmente, estou a chegar à conclusão de que em Portugal, o racionalismo está a ceder lugar ao emocionalismo e isto é um péssimo sinal para o futuro.
Como é que eu cheguei a esta conclusão? Lendo os jornais de referência e constatando que há cada vez mais apelos ao sentimentalismo bacoco. Os jornalistas talvez não o façam por mal, mas estão a lavrar e a adubar o terreno para o primeiro populista que apareça.

27 outubro 2012

não suba o sapateiro além da chinela

O Público de hoje dá conta de que o Abade de Priscos organizou por lá um evento denominado Aldeia das Religiões que reuniu representantes de todas as confissões religiosas reconhecidas em Portugal. Ao todo, 32 confissões; ‹‹incluindo mesmo religiões minoritárias como é o caso da Comunidade Portuguesa de Candomblé Yorúbá que tem menos de 1000 seguidores››.
Eu não sei se o Abade de Priscos considera o Candomblé Yorúbá uma religião com o mesmo estatuto da religião católica, mas se considera, eu gostaria de lhe deixar uma sugestão:
— Sr. Abade, dedique-se ao pudim e não se consuma com a teologia.

batem leve, levemente


Não sabemos se morreu de doença ou se suicidou por qualquer desgosto que não teríamos sensibilidade para compreender. O facto é que esta baleia comum escolheu anteontem a praia da Apúlia, para exalar o último suspiro. Também não sabemos se a incomodaram os mirones ou o júbilo cruel das crianças que, inocentes, fizeram da agonia do monstro de 18,5 metros e 25 toneladas uma festa. A baleia estava muito ferida, aparentemente de ter raspado nas rochas. E, como os especialista notaram, extremamente magra, como o país aonde veio a morrer.
No Público de hoje

Comentário:

Que quem já é pecador 
sofra tormentos, enfim! 
Mas as baleias, Senhor, 
porque lhes dais tanta dor?!... 
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza, 
uma funda turbação 
entra em mim, fica em mim presa. 




o erro de Gaspar

‹‹O sistema político português não foi capaz até hoje de apresentar uma associação entre as funções sociais que são fundamentais (educação, saúde, protecção social) e os respectivos custos›› e por isso ‹‹é preciso adequar as funções àquilo que a sociedade portuguesa e o sistema político português são capazes de forma sustentável financiar››.

É necessário um novo olhar sobre as funções sociais do Estado. Vítor Gaspar compreende que não houve capacidade para definir as funções sociais que são prioritárias e os respectivos custos, mas não entende porquê.
A razão é muito simples, por se tratar de funções sociais é impossível distinguir as prioritárias das acessórias e, portanto, não é possível determinar os custos que lhes estão associados. Como é que iríamos, por exemplo, determinar a importância relativa de um Centro de Saúde, de uma Escola Politécnica e de pensões de sobrevivência? A tarefa desafiaria um génio, quanto mais um comum mortal.
O novo olhar sobre as funções sociais do Estado deve partir de uma perspectiva diferente; em vez de perguntarmos quais são as funções sociais prioritárias, devemos começar por perguntar quanto dinheiro temos para as funções sociais do Estado.
O erro de Vítor Gaspar, como ministro das finanças, é não adoptar esta segunda perspectiva. Se adoptasse, Gaspar olhava para o "bolo" do OE e "repartia o mal pelas aldeias".
Como? Estimando o PIB que atingiremos no final da consolidação e alocando uma percentagem realista deste às áreas sociais.
De seguida, Gaspar devia acabar com a gestão centralizada (sovietizada) dos sectores sociais e entregar os montantes disponíveis às "regiões", ou instituições, ou municípios, para a respectiva gestão.
A nível local, todos saberiam determinar quais as funções sociais que consideram prioritárias e o ónus dessa "escolha impossível para o governo" seria eliminado. O orçamento ficaria equilibrado e os cidadãos decidiriam localmente quais as funções sociais que consideram prioritárias.

K fazer IV

“O nosso grande desafio é mostrar em Portugal o que é possível, quais são as funções do Estado que são prioritárias, quais as funções do Estado financiáveis, qual o custo que está associado a essas funções do Estado”, disse. No foco de atenção estarão sobretudo as funções sociais do Estado como a Educação, a Saúde e a protecção social. “O sistema político português não foi capaz até hoje de apresentar uma associação entre as funções sociais que são fundamentais (educação, saúde, protecção social) e os respectivos custos” e por isso “é preciso adequar as funções àquilo que a sociedade portuguesa e o sistema político português são capazes de forma sustentável financiar”.
Vítor Gaspar, citado pelo Ionline

26 outubro 2012

ricos estão cada vez mais pobres

Irmão de Amorim está insolvente e negoceia com a banca fuga à falência. Joaquim Amorim, accionista da Corticeira e da Estoril-Sol, soma dívidas de 84 milhões de euros.

Quem manda?


— Quem manda? É a Troika, é a Troika, é a Troika!

O Copy/Paste das recomendações da Troika para a saúde, que segue em baixo, demonstra, sem qualquer margem para dúvidas, quem manda em Portugal. As recomendações são tão detalhadas e precisas que no Ministério da Saúde não devem ter tempo nem para respirar.
É caso para nos interrogarmos sobre como foi possível chegarmos a este ponto.



Health care system
Objectives
Improve efficiency and effectiveness in the health care system, inducing a more rational use
of services and control of expenditures;  generate additional savings in the area of
pharmaceuticals to reduce the overall public spending on pharmaceutical to 1.25 percent of
GDP by end 2012 and to about 1 per cent of GDP in 2013; generate additional savings in
hospital operating costs and devise a strategy to eliminate arrears.
The government will take the following measures to reform the health system: 
Financing 
3.41. The revision of NHS moderating fees (taxas moderadoras) will result in additional
revenues of EUR 150 million in 2012 and an additional 50 million in 2013. [Q4-2012]
3.42. In the light of the urgency and size of the savings needed in the health sector to
address large arrears and budget limitations, plans to achieve a self-sustainable model for
health-benefits schemes for civil servants will be accelerated. The current plan foresees that
the overall budgetary cost of existing schemes - ADSE, ADM (Armed Forces) and SAD
(Police Services) - will be reduced by 30 per cent in 2012 and by further 20 per cent in 2013  93
at all levels of general government. The system would become self-financed by 2016. The
costs of these schemes for the public budget  will be reduced by lowering the employer’s
contribution rate to 1.25% in 2013 and by adjusting the scope of health benefits. [Q3-2012].
Pricing and reimbursement of pharmaceuticals
3.43. Enact legislation which automatically reduces the prices of medicines when their
patent expires to 50 per cent of their previous price. [Q4-2012]
3.44. The government implements an annual revision of prices of medicines and of
countries of reference in order to achieve cost savings. Second price revision to be published
in January 2013.
3.45. The government will monitor monthly pharmaceutical expenditures and ensure that
the overall public pharmaceutical expenditure does not exceed the target of 1.25 per cent of
GDP in 2012 and 1 per cent of GDP in 2013. [Ongoing]
Prescription and monitoring of prescription 
3.46. Continue to improve the monitoring and assessment system of doctors' prescription
behaviour regarding medicines and diagnostic  in terms of volume and value and vis-à-vis
prescription guidelines and peers. Feedback continues to be provided to each physician on a
regular basis (e.g. quarterly), in particular  on prescription of costliest and most used
medicines. [Ongoing]
3.47. Continue to devise and enforce a system of sanctions and penalties, as a complement
to the assessment framework [Ongoing]. Assess the possibility of establishing agreements
with private sector physicians for the application of prescription rules as applied in the NHS.
3.48. Strictly monitor the implementation of the legislation making it compulsory for
physicians at all levels of the system, both public and private, to prescribe by International
Non-proprietary Name (INN) to increase the use of generic medicines and the less costly
available product. An implementation report will be published by December 2012.
3.49. Continue to publish prescription guidelines with reference to medicines and the
realisation of complementary diagnostic exams on the basis of international prescription
guidelines, audit their implementation and integrate them in the electronic prescription
system. A first set of guidelines is introduced in the e-prescription system by Q2 2013.
3.50. The government will produce a report assessing the effectiveness of the enacted
legislation aimed at removing all effective entry barriers for generic medicines, in particular
by reducing administrative/legal hurdles in order to speed up the use and reimbursement of
generics. [Q1-2013]
3.51. The above measures should aim at gradually and substantially increasing the share of
generic medicines to at least 30 per cent of all outpatient prescription (in volume) in 2012.
Targets for substantial further increases in 2013 will be agreed in the sixth review.
Pharmaceutical retailers and wholesalers
3.52. The Government will produce an intermediate assessment of the savings related to
the revision of the calculation of profit margins for wholesale companies and pharmacies.
[Q3-2012].
3.53. If the revision does not produce the expected reduction in the distribution profits of at
least EUR 50 million, an additional contribution in the form of an average rebate (pay-back)
will be introduced, which will be calculated on the mark-up. The rebate will reduce the new
mark-up on producer prices further by at least 2 percentage points on pharmacies and  94
4 percentage points on wholesalers. The rebate will be collected by the government on a
monthly basis through the Centro de Conferência de Facturas, preserving the profitability of
small pharmacies in remote areas with low turnover. [Q4-2013]
Centralised purchasing and procurement
3.54. Reinforce the centralised acquisition of vehicles, utilities, external services and other
cross functional goods and services by all entities included in the NHS, in order to reduce
costs through price volume agreements and fighting waste. A detailed  action plan will be
published by November 2012.
3.55. INFARMED will continue implementing the uniform coding system and a common
registry for medical supplies. [Ongoing]
3.56. Take further measures to increase competition among private providers and reduce by
an additional 10 percent the overall spending of the NHS with private providers delivering
diagnostic and therapeutic services (with particular reference to dialysis and rehabilitation).
Regularly evaluate and if necessary revise (at least every two years) the remuneration paid to
private providers with the aim of reducing the cost of more mature diagnostic and therapeutic
services. [Q4-2012]
3.57. Implement the centralised purchasing of medical goods through the recently created
Central Purchasing Authority (SPMS), using the uniform coding system for medical supplies
and pharmaceuticals. Assess the possibility of implementing the compulsory use of a
formulary in all hospitals to monitor the stock and flows of hospital medicines and medical
supplies and monitor compliance with central purchasing. [Ongoing]
3.58. Conduct an analysis of the market characteristics of relevant areas of service
provision such as dialysis and the pharmacies sector in view of ensuring competition and fair
prices in private markets.  [Q4-2013]
Primary care services
3.59. As part of the reorganisation of health services provision and notably the
concentration and specialisation of hospital services and the further development of a costeffective primary care service, the Government reinforces measures aimed at further reducing
unnecessary visits to specialists and emergencies and improving care coordination.
[Ongoing] This will be done through:
i. increasing the number of USF (Unidades de Saúde Familiares) units
contracting with regional authorities (ARSs) using a mix of salary and
performance-related payments as currently the case. Extend performance
assessment to the other primary care units (UCSPs). Make sure that the new
system leads to a reduction in costs and more effective provision;
ii. setting-up a mechanism to guarantee the presence of family doctors in needed
areas to induce a more even distribution of family doctors across the country;
iii. moving human resources from hospital settings to primary care settings and
reconsidering the role of nurses and other specialties in the provision of
services;
iv. updating patients' registration lists and the national register in order to increase
by at least 20 per cent the maximum number of patients per primary
care/family doctor for health centres and by 10 per cent for the USF.   95
Hospital services
3.60. Implement the strategy to clear arrears in the health sector, within the overall strategy
for settling and avoiding the re-emergence of arrears. Ensure standardised and tight control
procedures for all health sector entities to ensure expenditure commitments stay within the
budget allocated to each entity and therefore prevent the re-emergence of arrears. [Q3-2012]
3.61. Hospital SOEs will change the existing accounting framework and adopt accounting
standards in line with the requirements for private companies and other SOEs. This will help
improving the management of the enterprises and the quality of the financial oversight by the
general government. [Q4-2013]
3.62. Implement measures aimed at achieving a reduction of at least EUR 200 million in
the operational costs of hospitals in 2012. This is to be achieved through the reduction in the
number of management staff, concentration and rationalisation in state hospitals and health
centres with a view to reducing capacity. [Q4-2012]
3.63. Continue the publication of clinical guidelines and set in place an auditing system of
their implementation. [Ongoing]
3.64. On the basis of the comprehensive set of indicators, produce regular annual reports
comparing hospital performance (benchmarking). Establish a web-portal with publicly
available information. The first report is to be published by end 2012 and its results should
be used to establish targets for less performing hospitals. [Q4-2012]
3.65. Continue work to ensure full interoperability of IT systems in hospitals, in order for
the ACSS to gather real time information on hospital accounting and activities and to produce
monthly reports to the Ministry of Health and the Ministry of Finance. [Ongoing]
3.66. Continue with the reorganisation and rationalisation of the hospital network through
specialisation, concentration and downsizing of hospital services, joint management (building
on the Decree-Law 30/2011) and joint operation of hospitals. The aim is to adjust hospital
provision within the same health region, notably in the presence of newly established PPP
hospitals, adjust the activity of some hospitals from curative care towards areas such as
rehabilitation, long-term and palliative care and revise emergency and transplantation
structures. These improvements aim at eliminating unnecessary duplication, achieving
economies of scale and deliver additional cuts in operating costs by at least 5 percent in 2013
while improving the quality of care provided. A detailed action plan is published  by 30
November 2012 and its implementation is finalised  by end-2013. Overall, from  2011 to
2013, hospital operational costs must be reduced by at least 15 per cent compared to 2010
level. [Q4-2012]
3.67. Annually update the inventory of all health staff and prepare regular annual reports
presenting plans for the allocation of human resources in the period up to 2014. The report
specifies plans to reallocate qualified and support staff within the NHS. [Q2-2013]
3.68. Update the current legal framework applying to the organisation of working time of
healthcare staff, including introduction of rules to increase mobility within and across Health
Regions, adoption of flexible  time arrangements and review of payment mechanisms for
emergency work, the prevention regime and per call payments, notably by aligning overtime
remuneration in the health care sector with the general legal framework recently adopted. In
this context, overtime compensation should be reduced by 20% in 2012 and another 20% in
2013.[Q4-2012] 96
Regional health authorities
3.69. Improve monitoring, internal control and  fiscal risks management systems of the
Administrações Regionais de Saúde. [Q4-2012]
Cross services
3.70. Roll-out the system of patient electronic medical records and ensure access to all
relevant health care facilities. [Ongoing]
3.71. Reduce costs for patient transportation by one third compared to 2010. [Q4-2012]


Fifth Review Under the Extended Arrangement and Request for Waivers of Applicability and Nonobservance of End-September Performance Criteria
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Vouchers

Um aluno de estabelecimento de ensino particular ou cooperativo custa ao Estado quase menos 400 euros/ano

Comentário: Se a educação nas escolas privadas é melhor e mais barata, porque não generalizar um sistema de "vouchers" que dêem liberdade de escolha às famílias?

PPP's esmiuçadas

Havia crédito, havia megalomania e a factura era para pagar depois

K fazer? III

Reduzir!

25 outubro 2012

Paulo Mendo

A partir de hoje, no Portugal Contemporâneo, vamos passar a contar com a colaboração do Dr. Paulo Mendo.
O Dr. Paulo Mendo dispensa apresentações, mas nunca é de mais sublinhar a sua carreira distinta de médico e de político que desempenhou as funções de Ministro da Saúde no XII Governo Constitucional.
É um privilégio podermos beneficiar da sua experiência de vida.

K fazer? II

K fazer?


Uma vez que não temos dinheiro para sustentar o Estado Social, na dimensão que atingiu, que fazer?
As opções não são muitas. A primeira seria acabar com o Estado Social e transferir as suas funções para o sector privado (aqui incluindo as IPSS’s, as misericórdias, associações de socorros mútuos, seguradoras, etc.). A segunda seria “encolher” o Estado Social (ver este post). A terceira é sairmos do Euro.
Nos próximos posts irei analisar cada uma destas opções separadamente. Contudo, revelo desde já que prefiro a segunda opção. Seria regressarmos à dimensão que o Estado Social tinha em 2000/ 2002.
A terceira opção é um pouco enganadora porque a saída do Euro implica um empobrecimento imediato que, só por si, conduz à segunda opção.

o princípio da realidade

O governo está em funções há 1 ano, 4 meses e 15 dias. 503 dias se incluirmos o dia de hoje. Foi o tempo necessário para que se admitisse publicamente que o País não tem recursos para sustentar o Estado Social que temos neste momento.
Vítor Gaspar foi absolutamente claro a este respeito: "para cumprir o programa de resgate é preciso «cortar na despesa», feita, em grande parte pelas «contribuições sociais»".
É a primeira vez que tal é admitido por um governo em funções.
E agora?

o BPI foi "roubado"


Os consultores financeiros, maioritariamente estrangeiros, contratados pelo Ministério das Finanças para o plano de recapitalização e pagos pela banca privada, já “extorquiram” ao BPI 5,3 milhões de euros em apenas 12 meses, segundo afirmou o presidente do banco, Fernando Ulrich.
“Os consultores só nos fazem perder tempo. Ainda por cima, a maior parte são estrangeiros. Não percebo porque é que há este entusiasmo com consultores estrangeiros que não têm trazido qualquer valor acrescentado. São extorsões a instituições privadas”, afirmou o presidente da instituição, Fernando Ulrich, na apresentação dos resultados do terceiro trimestre.
Entre Janeiro e Setembro deste ano, afirmou o gestor, o BPI já desembolsou 2,6 milhões de euros com os consultores contratados pelo Ministério das Finanças e Banco de Portugal, devido, nomeadamente, às inspecções às carteiras de crédito. No último trimestre de 2011 este valor tinha sido de 2,7 milhões de euros, de acordo com o gestor.
Público

Comentário: Será que esta linguagem é aceitável? Não foram "os estrangeiros" que emprestaram dinheiro ao Estado português para recapitalizar a banca? E o BPI não beneficiou dessa ajuda?

24 outubro 2012

alto risco

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental alerta para a "margem de erro superior à habitual" nas projecções para a economia portuguesa contidas na proposta de Orçamento do Estado para 2013 e que não se deve excluir uma maior recessão.
...
"Para esta incerteza concorrem ainda, a nível interno, os efeitos não completamente previsíveis da estratégia de consolidação orçamental assente no aumento das receitas e na (consequente) resposta do sector privado no que respeita ao investimento e ao consumo/poupança"
JN

os jovens entre os 18 e os 34


La coyuntura económica no es en cualquier caso la única causa por la que los jóvenes “se apalancan”, como dice el informe, en casa. “Existen elementos determinantes como las características culturales y modelos familiares que contribuyen sobremanera a que, junto a Italia, seamos el país europeo en el que más tarde se van de casa”, apuntó Megías.
En este sentido, los padres no quieren que sus hijos se vayan de casa “de cualquier manera” y los jóvenes no abandonan el hogar “si es para perder calidad de vida”, concluyen los investigadores. Guirao señaló que “los entrevistados valoran la comodidad que encuentran en casa y temen que si se independizan, perderán beneficios materiales”. Pero por quedarse en casa no sienten que pierdan independencia ya que cada vez más los progenitores abogan por dar espacio y libertad en el hogar. Se da la “paradoja”, dice el texto, de que los jóvenes “maduran” antes pero se “infantilizan” más.

El País

23 outubro 2012

reestruturação honrada

The Economist aposta em segundo resgate e reestruturação em Portugal

Índice Global de Competitividade

Caímos da posição 45ª para a 49ª. Relatório em PDF

SESS


SESS: Saúde, Educação e Segurança Social, no OE 2013

Saúde — 7 873 (+3,16%), em M€
Educação — 7 030 (+2,64%)
Transferências para a SS — 8 878 (+36,71%)

Total: SESS 23.781 M€
Corte de 20%: 4.756,20 M€

Em termos de Estado Social significa regressarmos aos níveis de despesa de 2000/2002.

estão do lado da indústria

Ministro da Saúde do R.U. considera que as entidades reguladoras que supervisionam a introdução de novos dispositivos médicos na UE são corruptas.


A joint undercover investigation with the British Medical Journal has exposed loopholes in the “woeful” EU system to approve devices including replacement hips, knees and other joints.
Regulatory bodies were prepared to approve a “toxic” hip replacement, meaning that it could be sold to the NHS and legally used in British patients.
The hip – designed by experts for the purposes of the investigation – had specifications similar to a banned product suspected of poisoning thousands of health service patients.
One regulator, based abroad but authorised to license products for medical use in this country, was secretly recorded boasting that they were “on the side of the manufacturer”.
Last night, Jeremy Hunt, the Health Secretary, said that the situation was “unacceptable”.
Telegraph

22 outubro 2012

o exemplo de L'Aquila


A condenação, a 6 anos de prisão, dos responsáveis da Comissão de Grandes Riscos de Itália, por não terem informado adequadamente a população de L’Aquila dos riscos iminentes de um grande terramoto, é um exemplo muito oportuno da diferença entre a cultura católica e a cultura protestante, que o PA tem descrito aqui no Portugal Contemporâneo de forma tão eloquente.
Os cientistas que compõem a Comissão, incapazes de preverem, com qualquer grau de certeza, a ocorrência de um sismo catastrófico, trataram de fazer o que faria qualquer bom patriarca católico. Tranquilizaram a população, assegurando-lhe que não corria qualquer risco.
Claro que no fundo, todos sabiam que existiam riscos, mas assumiram o papel do pai de família, que serena e pacifica os seus, mesmo quando sabe que a situação pode ser dramática.
Num país protestante nada disto se teria passado. Os membros da Comissão de Grandes Riscos tinham imediatamente explicado à população que não era possível prever a ocorrência de um grande sismo e que essa possibilidade não podia ser excluída. Iriam deixar a proteção civil em “estado de alerta amarelo” e criavam uma linha verde para dar explicações adicionais a quem o desejasse.
Desconfio que o resultado teria sido exatamente o mesmo, mas agora, os cientistas estavam na comunicação social a explicar que tinham afirmado que o risco de um grande sismo não podia ser excluído, como toda a gente muito bem sabe.

as limitações das pessoas

A maioria (82,5% dos inquiridos) quer cortes na despesa, desde que não atinjam a saúde e a educação. Governo deve cortar nas empresas públicas e autarquias.

Comentário: Uma vez que a saúde, a educação e, já agora, a segurança social, constituem 75% da despesa pública, não é realista pensar que podemos resolver o problema do défice sem cortar nestas rubricas. O que esta sondagem revela é a visão limitada do povo.
George Will, neste artigo, argumenta que uma das razões porque o Estado deve ser limitado é precisamente por causa das "limitações" das pessoas.

5 cêntimos

«Imagine uma taxa de cinco cêntimos por cada dormida em Portugal. Já nos ajuda muito», afirmou o governante à SIC Notícias, em Julho, argumentando que o património é um dos principais motivos que leva os turistas a visitar o país, mas que «esse retorno para o Turismo não tem ainda retorno para a cultura». Viegas frisou ainda que «algum património não está em risco, mas precisa de ser tratado».

Comentário: O governo não tem emenda.

21 outubro 2012

a democracia nos EUA

Writing in 1830, Thomas Babington Macaulay asked, “On what principle is it that, when we see nothing but improvement behind us, we are to expect nothing but deterioration before us?” Greve’s gloomy answer is: Because we actually see behind us protracted abandonment of the Founders’ flinty realism about the need to limit government because of the limitations of the people.
George Will, no WP

os interesses da Alemanha

O primeiro-ministro entregou o destino de milhões de pessoas, sem hesitação ou consulta, a um pequeno grupo de técnicos de contas, que não conheciam Portugal, em nome de uma teoria pseudocientífica mais do que desacreditada.
Não percebeu e continua a não perceber que ela só serve para "reformar" a "Europa" de acordo com os interesses e as necessidades da Alemanha.
VPV, no Público

Comentário: É mais do que evidente que a UE está subjugada à Alemanha, não apenas Portugal.

risco

Here's Why Google Could Disappear in Five Years: Pro

Uma das principais razões porque o Estado não se deve envolver em actividades económicas é que o risco é demasiado elevado.

19 outubro 2012

falta de ética profissional

ANF empurra associados para um confronto com a indústria farmacêutica e com o Estado. Trata-se de uma estratégia imoral porque arrisca a que as farmácias fiquem sem medicamentos essenciais.
Fico com curiosidade de saber como é que o Ministro da Saúde e a Ordem dos Farmacêuticos vai lidar com esta situação.
Eu sei como é que eu lideraria com um problema destes: liberalizava a venda de medicamentos.

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Barroso: países sob assistência não podem desmantelar Estado social

Troika não vê alternativas credíveis para cortar na despesa

ahahah

Troika não vê alternativas credíveis para cortar na despesa

18 outubro 2012

A tia Merkel é que sabe


Quem tem assistido à confessa incapacidade do governo para cortar na despesa e efetuar reformas estruturais, tem de dar razão à tia Merkel.
Só quando os governos estão entre a espada e a parede é que tomam as medidas necessárias ao reequilíbrio financeiro.
É triste, mas é a realidade.

centralizar ou descentralizar

Há duas maneiras opostas de dirigir uma empresa, uma organização. A primeira está baseada na descentralização, a outra na centralização. Na descentralização, o chefe distribui as tarefas entre os vários dirigentes e funcionários e convida-os a organizarem o seu próprio sector, considerando-os responsáveis pelos resultados. O centralizador, pelo contrário, não delega nada. Considera-se o chefe único, o único responsável, o único que tem o poder de decisão. Os outros não passam de subalternos e têm apenas um direito, o de dizer sim e obedecer. O centralizador manipula leis e regulamentos, reserva-se o direito de intervir em qualquer decisão tomada e interfere continuamente no trabalho dos seus colaboradores. Estes precisam sempre de se dirigir a ele para que aprove o que fizeram e dependem completamente da sua vontade.
A empresa moderna assenta na descentralização. Seria impossível fazer funcionar uma grande organização, onde trabalham pessoas com diversas competências, se cada uma não tivesse a sua própria esfera de autonomia e de responsabilidade. A centralização é um método arcaico.
Francesco Alberoni, Viagem pela Alma Humana

Comentário: Ao ler estas observações do Alberoni não posso deixar de pensar no que se passa em Portugal na saúde, na educação e na segurança social.
Todas estas áreas são geridas de forma centralizada, são geridas de forma arcaica. Independentemente dos problemas económicos e financeiros, é necessário descentralizar a gestão. Para isso não é necessário ser-se de direita ou de esquerda, basta ter dois dedos de testa.

R.I.P.


ouça um bom conselho

Magnata Carlos Slim recomenda "mudanças estruturais" no Estado Social europeu

capital político


Quando os partidos são eleitos para funções de poder, transportam um determinado capital político que lhes foi conferido pelo voto popular.
Esse capital é para ser gasto. Ao governar, os políticos têm de tomar decisões que favorecem determinados grupos em detrimento de outros e vão, portanto, alienando apoiantes. Isto é, vão gastando capital político.
Um bom político chega ao final de uma legislatura sem capital. É então que as lideranças se renovam e partem à conquista de novo capital para governar.
Excepto em condições excepcionais, não é possível o exercício “gratuito” do poder.
Tanto o CDS como o PSD têm de aceitar que vão estar descapitalizados, em termos políticos, no final da legislatura. Pensar o contrário não é realista.

um cachecol de Portugal


“Permita-me chorar, odiar este país por minutos que sejam, por não me permitir viver no meu país, trabalhar no meu país, envelhecer no meu país. Permita-me sentir falta do cheiro a mar, do sol, da comida, dos campos da minha aldeia”, lê-se. 
Em entrevista à Lusa, Pedro Marques conta que vai ser enfermeiro num hospital público de Northampton, a 100 quilómetros de Londres, que vai ganhar cerca de 2000 euros por mês com condições de progressão na carreira, mas diz também que parte triste por “abandonar Portugal” e a “família”. 
Na mala, Pedro vai levar a bandeira de Portugal, ao pescoço leva um cachecol de Portugal e como companhia leva mais 24 amigos que emigram no mesmo dia 
Mónica Ascensão, enfermeira de 21 anos, é uma das companheiras de Pedro na diáspora.
Na Maria No Público

Comentário: Se eu tivesse 22 anos e estivesse na situação do Pedro, eu até pagava para ir trabalhar para Northampton, na companhia da Mónica de 21 anos.
Estes jovens não são emigrantes, no sentido clássico do termo. Estão a dar os primeiros passos nas suas carreiras profissionais e só têm a beneficiar com o contacto com outras culturas.
É uma pena que o Público se tenha abandalhado tanto. Como é que se pode falar de diáspora dentro da UE? Estará tudo louco?

A Administração do Edifício

O condomínio do edifício onde vivo é gerido por sociólogos, e dos bons. Após uma tentativa de assalto a um dos apartamentos, a empresa que gere o condomínio escreveu-me explicando:

...
‹‹Esta onda de criminalidade não é mais do que um reflexo da situação económica e social em que vivemos e que, como é sabido, tende a piorar, pelo que os cuidados com a segurança, mais do que nunca, têm que ser redobrados.
Sem outro assunto de momento e agradecendo desde já a atenção dispensada, apresentamos os nossos melhores cumprimentos.››
A Administração do Edifício

Será que o Boaventura Sousa Santos entrou no negócio da gestão de condomínios? Como é que a crise leva a um aumento da criminalidade? Porque é que havia menos criminalidade quando éramos muito mais pobres? Alguém explica...
Bom. Sem outro assunto de momento e agradecendo desde já a atenção dispensada, apresento os meus melhores cumprimentos aos leitores do Portugal Contemporâneo.

17 outubro 2012

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A taxa de IRS no trabalho dependente está a atingir níveis incomportáveis, quer do ponto de vista absoluto quer em comparação com o praticado noutros países, considera o 'partner' fiscal da consultora KPMG, Luís Magalhães.

Borges defende Gaspar: "Ele é muito bom" e é "uma sorte enorme"

os 47%

‹‹IF ROMNEY GETS ELECTED AND TAKES AWAY MY FOOD STAMPS IMA SEND SOMEONE TO MURDER HIS ASS››.

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Idosos e estudantes juntos contra dificuldades financeiras e solidão


Idosos e estudantes de Bragança não aderiram a programa de partilha de habitação

Bragança, 16 out (Lusa) -- O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) abandonou, por falta de candidatos, um programa de partilha de habitação pensado para atenuar a solidão dos idosos e os problemas financeiros dos estudantes, confirmou hoje o presidente da instituição.
Sobrinho Teixeira reconheceu, em declarações à Lusa, que porventura as instituições envolvidas enganaram-se e a crise não será tão forte como a perceção geral.

ADSE versus SNS

Em 2009

Cada doente do SNS custou, ao Estado, 906,00 €

Cada doente da ADSE custou 784,79 €

Há portanto uma diferença de 122,00 / capita. Porém, cada funcionário contribuiu com cerca de 200,00 € e portanto o gasto do Estado foi de apenas 584,79 € / capita.

Se todos os portugueses, em 2009, tivessem ADSE, o Estado teria poupado 3.200 M€.

Em 2011

Cada doente do SNS custou, ao Estado 868,80 € (uma diminuição de 4,1% devida aos cortes nos medicamentos e nos salários dos funcionários públicos).

Cada doente da ADSE custou 753,00 € (devido a uma alteração no método de financiamento, este valor foi extrapolado por mim, com base nos valores de 2009).

Há uma diferença de 115,80 € / capita. A despesa do Estado seria de 553,00 € / capita.

Se todos os portugueses tivessem ADSE em 2011, o Estado teria poupado 2.420 M€.

A poupança possível diminuiu entre 2009 e 2011 devido às medidas de contenção orçamental no SNS.

Comentário: Todos os números que aqui apresentei são dados oficiais. É verdade que não levam em linha de conta muitos factores, mas são tão expressivos que vale a pena considerá-los.

quanto custa cada doente da ADSE?



Relatório e Contas da ADSE, 2011

como funciona a ADSE


TSU


Vitor Gaspar pediu aos deputados da maioria medidas de corte na despesa no valor de 500 milhões a 1000 milhões de euros. Tenho uma sugestão que poderá ser interessante. Não sei se já alguém pensou nela. Em vez da sobretaxa de 4% sobre todos os trabalhadores sugiro que em alternativa se faça o seguinte:
- aumentar em 7% a TSU a todos os trabalhadores usando a mesma progressividade das medidas de corte de salários da FP de 2012
- cortar na TSU das empresas num valor agregado igual ao agregado pago pelos trabalhadores do sector privado.

JoãoMiranda, no Blasfémias

Comentário: É agora claro que a solução TSU era melhor do que a alternativa encontrada para o OE de 2013. Os empresários agiram de forma leviana e prejudicaram o País. Como eu disse na altura:

Empresários deram um tiro no pé nos cornos. Aumento da receita não é compensado por quaisquer medidas de incentivo ao crescimento económico.

O governo também foi incapaz de vender a medida da TSU.

16 outubro 2012

ignorância escandalosa


“The situation is very serious. Some business leaders are in a state of quasi-panic,” said Laurence Parisot, head of employers’ group MEDEF.
“The pace of bankruptcies has accelerated over the summer. We are seeing a general loss of confidence by investors. Large foreign investors are shunning France altogether. It’s becoming really dramatic.”
MEDEF, France’s equivalent of the CBI, said the threat has risen from “a storm warning to a hurricane warning”, adding that the Socialist government of François Hollande has yet to understand the “extreme gravity” of the crisis.
The immediate bone of contention is Article 6 of the new tax law, which raises the top rate of capital gains tax from 34.5pc to 62.2pc. This compares with 21pc in Spain, 26.4pc in Germany and 28pc in Britain.
“Let’s be clear, Article 6 is not acceptable, even if modified. We will not be complicit in a disastrous economic mistake,” Mrs Parisot told Le Figaro.
Mrs Parisot said the policies border on economic illiteracy: “The idea of aligning taxes on capital with those on wages is a profound economic error. It is scandalous that the French have been left in such economic ignorance for years.”
Telegraph

a marriage from hell

Paulo Portas e os dirigentes do segundo partido da coligação governamental estiveram reunidos na noite em que foi apresentado o Orçamento do Estado que merece a oposição do CDS. Os centristas discutiram todas as alternativas possíveis, incluindo a saída do Governo. Esta terça-feira, o ministro das Finanças reúne com os deputados dos partidos da coligação.

Comentário: Chegou a altura de PPP se demitir. O PSD e o CDS (e o PS?) devem apoiar um "Monti", até à marcação de novas eleições. Assim é que não podemos continuar.

Saúde 2011

Dados da Pordata:


Despesa total por habitante (Pública e privada) — 1.584,50 €
Despesa pública por beneficiário do SNS — 868,80 €
Despesa por beneficiário da ADSE — 415,80 €

Saúde


Nenhum Ministério vai registar, em 2013, um corte na despesa tão grande como a Saúde. Não é uma estreia. Já no ano passado, a pasta liderada por Paulo Macedo tinha sido, a par da Edução, aquela que registou um maior corte na dotação a si destinada.
A dotação dirigida à Saúde, no âmbito do subsector Estado, é de 7.863 milhões de euros, de acordo com relatório da proposta do Orçamento do Estado para 2013. O número fica 19,8% abaixo daquele que estava estimado para o presente ano.
JN

3%

Despesa do Estado vai crescer 3% em 2013

Comentário: Decisão do Constitucional apanhou governo sem plano B

15 outubro 2012

nós somos pessoas normais

Afirmação de Aguiar-Branco acerca dos membros do governo.

toca a rebate

Carlos Moedas toca o sino

não há nada como o humor inglês

Se a Troika fosse um médico enfrentaria queixas de homicídio por negligência.

Portugal rouba-nos a energia


Há países que nos roubam a energia?
Penso que sim, e Portugal é um deles. Ocorreu-me esta pergunta na leitura do livro “Viagem pela Alma Humana”, do Francesco Alberoni. Alberoni interroga-se se há indivíduos que nos tiram a energia e responde que sim.
Cito:
Já me aconteceu muitas vezes encontrar pessoas que, após uma breve conversa me deixam exausto. Aproximam-se de mim para me pedirem qualquer coisa; mas, assim que respondo, levantam uma objecção. Explico pacientemente, mas logo levantam outra, depois outra, mudando de assunto. A minha mentalidade lógica revolta-se, esforço-me por levar o assunto para um trilho sensato, mas em vão. No fim estou esgotado. O que aconteceu?
Isto acontece-me constantemente neste País. As nossas instituições desafiam a lógica, os líderes tomam decisões incompreensíveis, por fim, os nossos compatriotas não têm qualquer capacidade de abstração, obrigando-me a recorrer a exemplos e a simplificações que são um martírio.
É verdade, este nosso Portugal rouba-nos a energia.

não há falta de médicos


Os médicos de família passarão a ter até 1.900 utentes - quando atualmente eram cerca de 1.500.
Com estas medidas, mais de um milhão de utentes passará a ter médico de família.

Como sempre tenho afirmado, em Portugal não há falta de médicos.

não há aquecimento global há 16 anos

At last week’s Conservative Party Conference, the new Energy Minister, John Hayes, promised that ‘the high-flown theories of bourgeois Left-wing academics will not override the interests of ordinary people who need fuel for heat, light and transport – energy policies, you might say, for the many, not the few’ – a pledge that has triggered fury from green activists, who fear reductions in the huge subsidies given to wind-turbine firms.
MailOnline
É engraçado que o secretário de Estado da energia do Reino Unido se refira aos defensores do aquecimento global como — académicos burgueses da esquerda caviar (tradução liberal...).

14 outubro 2012

Felix Baumgartner

Mais uma vitória para os austríacos.

‹‹Sometimes you have to be really high up to realise how small you are››.
Baumgartner

Portugal é inconstitucional

Cortar na saúde é inconstitucional
Cortar na educação é inconstitucional
Cortar na segurança social é inconstitucional
Aumentar os impostos, para não cortar na saúde, educação e SS, é inconstitucional

estudantes de luto

Tiraram o curso de farmácia mas não podem exercer a profissão em plena liberdade. O Estado não os deixa abrir uma farmácia para proteger a renda das que já existem.

falta de gosto

Falta de gosto. Muitas das pessoas que entram nas farmácias vão com medo de ficar de luto. Ou elas ou familiares têm graves problemas de saúde e contemplam o pior.
Perante a perda da vida, falar de luto quando estamos a falar da perda de rendas, é de uma falta de gosto a toda a prova.

estabilizadores automáticos

— Deixem funcionar os estabilizadores automáticos!

Podia ser um grito do comandante Francesco Schettino, do Costa Concórdia, minutos antes do naufrágio, mas não. É um grito do comandante Cavaco Silva: deixem funcionar os estabilizadores automáticos!

O problema com este apelo de Cavaco Silva é que vem tarde. O navio está preste a afundar-se e, agora, os estabilizadores automáticos já não funcionam.
Porquê? Porque a dívida e o défice são de tal monta que o Estado não pode acomodar uma diminuição da receita, nem despesas adicionais, com subsídios de desemprego, por exemplo.
O comandante Cavaco Silva teria feito melhor se tivesse imposto limites aos piratas do último governo socialista. Como não o fez, agora é tarde.
Com este grito, o comandante Cavaco Silva está apenas a tentar limpar a sua responsabilidade do naufrágio que sabe ser inevitável.

13 outubro 2012

eu era um número

Em França, os socialistas contemplam abolir as designações pai e mãe e substituí-las por parente 1 e parente 2.

o pacto com o demónio

... estou convencido que muita gente assinou um pacto com o demónio não uma vez mas várias vezes no decurso das suas vidas. Que, graças a esta escolha, obtiveram riqueza, honras, poder, êxito e ficaram felizes com isso. Não experimentaram sentimentos de culpa ou de remorso. Pelo contrário, consideram-se astutos, orgulhosos da sua própria falta de escrúpulos.
No entanto, seja qual for a posição alcançada, todo aquele que fez esta escolha perdeu a sinceridade e a capacidade de fazer um juízo moral objectivo. Perdeu a própria essência da moralidade. O que não significa que não pronuncie condenações morais. Pelo contrário, sentir-se-á totalmente livre para condenar. Deixa de ter dúvidas. O mafioso considera infame o seu inimigo e sente que está a ser justo quando o condena à morte. Olhemos à nossa volta, vejamos quantas pessoas condenam em absoluto e sem apelo. Mas quantos, no seu íntimo, ainda são capazes de se interrogar com sinceridade, com verdadeiras dúvidas, sobre o que está bem e o que está mal?

Francesco Alberoni, Viagem pela Alma Humana

Francesco Alberoni II

‹‹Parece-me ouvir uma voz grave››, escreve ele (Freud), ‹‹que me adverte: exactamente porque o teu próximo não é digno de amor, deverás amá-lo como a ti mesmo››. E chega à conclusão de que o mandamento do amor é o único obstáculo absoluto contra o instinto da morte, a agressividade natural ao homem. Quando, na Europa, este mandamento foi rejeitado pelo comunismo soviético e pelo nazismo, desencadearam-se as mais espantosas atrocidades. Pior ainda pode acontecer hoje, num mundo unificado e superpovoado.

Viagem pela Alma Humana

Francesco Alberoni


12 outubro 2012

um balão de oxigénio

Os noruegueses devem pensar que a UE está por um fio.

invertidos

UGT critica "bomba" fiscal, CGTP fala em "massacre"

Esta posição dos sindicatos é, no mínimo, inédita a nível mundial. Sindicatos contra aumento de impostos.
"Impostos que nos são impostos" por perigosos neoliberais. Anda tudo invertido.

não se importam, pois não?


Um irlandês de gema saboreava o seu copo de Connemara Cask Strength Peated Single Malt Irish Whiskey quando pediu a um compincha mais novo, o O’Brian, o seguinte:

Ó pá, tens de me jurar que quando eu morrer me despejas uma garrafa destas na minha sepultura.
Com certeza, afirmou o amigo. — Não te importas que eu o “destile” primeiro nos rins, pois não?

Os socialistas são como este amigo da onça, o O’Brien, “sacam aos ricos para dar aos pobres”, desde que o carcanhol lhes passe primeiro pelas unhas.

medicamentos

Gastos com medicamentos em US$ (PPP) / capita — 2011

Nova Zelândia: 285,00
Polónia: 314,00
Reino Unido: 369,00
Dinamarca: 364,00
Portugal: 510,00

Estes dados podem ser obtidos aqui (OCDE)

Vem isto a propósito destas declarações do presidente da Apifarma, hoje no Sol:


Segundo o presidente da Apifarma, João Almeida Lopes, está em causa uma «redução adicional de 400 milhões de euros para 2013, depois de se ter reduzido 300 milhões em 2012 e 300 milhões em 2011. Em três anos são mil milhões de euros, o que é insuportável».

João Almeida Lopes considera ainda que o objectivo da troika se deveria aplicar apenas aos medicamentos de ambulatório e não a todos.

«Não vale a pena objectivos exigentes que não são exequíveis e que põem em causa toda a cadeia do medicamento», afirmou, em declarações à Lusa.

O responsável alertou para os prejuízos que podem decorrer desta medida, como a falta de medicamentos nas farmácias, o encerramento de laboratórios e a dificuldade de os doentes encontrarem os remédios de que precisam, «o que já começa a acontecer».

Almeida Lopes lembrou ainda que o próprio Ministério da Saúde já reconheceu que houve poupança nestes anos e considerou que «não vale a pena insistir no que não vai ser possível».

Comentário: O presidente da Apifarma parece alienado da realidade nacional. O corte de 400,00 M€, que ele afirma não ser possível, é totalmente insuficiente. O corte tem de ser 3 a 4 vezes superior, porque já não chega atingirmos a média da OCDE, temos de ir mais longe.

redistribuição


Ontem, num debate televisivo que apanhei num zapping, um deputado do PS manifestava-se contra os cortes na despesa, afirmando que ‹‹os cortes na despesa são um imposto sobre os pobres››.
Compreendo este ponto de vista, num país socialista como Portugal, uma fatia considerável dos salários é paga em géneros — saúde, educação, etc. — e, portanto, um corte na despesa equivaleria a uma espécie de imposto. Seria um imposto sobre os rendimentos pessoais em géneros: IRG.
Claro que esta lógica também nos leva a compreender que, para os socialistas, o Estado Social não é apenas um meio para ajudar os mais necessitados, coisa com que todos concordamos, é sobretudo um meio para redistribuir riqueza e nivelar a sociedade.
O problema dos socialistas é que para redistribuir riqueza há um elemento essencial, como diria o Sr. de La Palice, que é ser necessário haver riqueza, e isso é o que, hoje em dia, não há.
O Estado Social tem portanto de evoluir de uma perspectiva redistributiva para uma perspectiva assistencial, pelo menos enquanto não criarmos qualquer coisinha para redistribuir.

não há esperança



‹‹Eu cresci num país socialista e vi as consequência para as pessoas. Não há esperança, não há liberdade, não há orgulho››.
‹‹A nação (Hungria) foi ficando cada vez mais pobre, e isto é o que eu vejo que está a acontecer aqui (EUA)››.

11 outubro 2012

a curva de Laffer

A Comissão Europeia acredita na curva de Laffer

a Comissão Europeia também não acredita


A Comissão Europeia explica que os aumentos de impostos planeados pelo Executivo correm o risco de continuar a prejudicar os objectivos de receita fiscal em 2013. Nesse sentido, é necessário um “plano B” que consiga acomodar esses desvios.
“Para criar uma almofada para eventuais quebras de receita, o Governo preparará um conjunto de medidas de contingência no âmbito do Orçamento do Estado para 2013, predominantemente do lado da despesa, que poderão ser utilizadas em caso de necessidade”, escreve a Comissão Europeia. 
Ou seja, este plano será accionado caso, à semelhança deste ano, a queda de receita com impostos coloque em causa os objectivos de défice para o próximo ano.
JN

Comentário: Em 2013 os portugueses vão levar com o chumbo do enorme aumento fiscal, seguido do chumbo de um enorme corte na despesa, está visto.
Se o governo não fosse incompetente, poderíamos ter ficado pelo corte na despesa.


a populaça no poder

Paulo Campos: Pais dão dinheiro

Comentário: O ex-secretário de Estado é uma pessoa simples.

Subterranean Homesick Blues




Let’s remember how Bob Dylan broke out of folk music into the public sphere with his great song, “Subterranean Homesick Blues,” which was about the fascist intrusion of Big Brother government. It was about the FBI and the CIA and the police — faceless bureaucracies — intruding into our private lives. What in the world has happened to the Democratic Party? Its passivity towards this awful takeover of our lives by a know-it-all government, as shown by the way Obama has governed by constantly going around Congress — appointing czars and one new layer of bureaucracy after another. And hardly a peep of protest from liberals. It’s like the movie of H.G. Wells’ “The Time Machine” — Democrats have turned into the Eloi; they’re like sheep. They hear a signal, and it’s like pre-programmed spin in their heads — they just trot like sheep in one direction.

Camille Paglia

acabar com os sovietes


"Mas que despesas é que se pode cortar? Toda a gente fala em cortar despesas, mas no quê? É despedir funcionários públicos, coisa de que o Governo começa agora a falar. É racionar medicamentos, o que também não é grande solução. É fechar escolas, e já se fecharam centenas. Ou é reduzir as pensões", disse Salgueiro numa entrevista à Lusa.
"As quatro grandes despesas são estas - saúde, educação, pensões de reforma, e funcionários públicos. O resto conta muito pouco", explica o antigo ministro das Finanças de Francisco Pinto Balsemão (1981-83).
Via JN

Comentário: Claro que é na saúde, na educação e na SS que se tem de cortar. E nestas áreas, a prioridade é acabar com a gestão sovietizada.

sem sinais de vida inteligente

Para os ministros que claramente se sentem deprimidos com o presente e o futuro imediato das políticas governamentais há outra questão de fundo que Gaspar e Coelho andam a empurrar com a barriga. Trata-se de repensar urgentemente as funções do Estado, ter uma estratégia bem definida e ter coragem política para a executar. E quem fala em repensar o Estado fala no peso das Forças Armadas, das forças de segurança, da justiça, da saúde e da educação. Mas a estas questões delicadas e que poderão provocar rupturas na sociedade portuguesa a resposta da dupla que governa o país é mais que insatisfatória. Ainda recentemente, e devido essencialmente à pressão da troika, Gaspar prometeu a criação de uma comissão que irá estudar o assunto de modo que a despesa do Estado possa ser reduzida 4 mil milhões de euros a partir, talvez, de 2015. Mas de facto o que impressiona e deixa muitos ministros num profundo estado de depressão é a total ausência de ideias e de um pensamento político estruturado do primeiro-ministro e do ministro Vítor Gaspar sobre estas e outras grandes questões nacionais.

Estamos presos a um navio que todos sabemos estar a afundar-se todos os dias. Sem alternativa.

Declarações de um membro do governo ao ionline

Comentário: Os membros do governo que pensam deste modo devem demitir-se e ajudar a criar alternativas. A ideia de que coitados, "andam deprimidos" é patética.

o partido Valerie

A disponibilidade do CDS para se conciliar com o PSD ou com o PS, até em simultâneo, faz lembrar esta historieta tão engraçada da primeira-dama francesa, a Madame Valerie Trierweiler.

patriotismo

Açores. CDS admite juntar-se ao PS no governo para chegar à maioria

Comentário: Os sacrifícios que o CDS faz...  por patriotismo.

10 outubro 2012

o que é que será preferível?

um esforço enorme

... o Governo está a trabalhar e a fazer "um esforço muito grande" para reduzir a despesa pública.

20%

Tenho vindo a propor cortes de 20% na educação, na saúde e na segurança social. Em termos práticos é recuarmos na despesa nestas áreas para os níveis de 2004. Não é nenhuma catástrofe, catástrofe é não o fazermos. Seria, de facto, o caminho para a bancarrota.

o problema não são as mentalidades


A origem da crise é o euro mas não é só o euro. Portugal tem problemas próprios e são eles que o distinguem da Holanda. É preciso olhar para esses problemas. Todavia, quando partimos da ideia de que a crise se deveu aos "excessos" das pessoas ou das instituições, ao mau comportamento destes ou daqueles, não conseguimos olhar para o que mais interessa. E, em economia, o que mais interessa é a economia, e não são as "mentalidades". A economia portuguesa endividou-se porque as taxas de juro a isso a levaram. Esse é o problema. O problema não é, no essencial,  que esse endividamento tenha sido mal gasto, em PPPs, auto-estradas ou "gorduras" do Estado. O problema é a dívida e apenas a dívida. Fora ela, a economia portuguesa é igual às demais da Europa - só que mais pobre. 
    Um primeiro exemplo: Portugal não tem auto-estradas a mais, o que tem é uma solução de um défice de ligações rodoviárias resolvido numa altura da história em que essa solução é feita por auto-estradas. E como sabemos que não são vias a mais? Simples, olhando para indicadores de dotação de capital social fixo (é assim que se chama) a nível internacional, onde se vê que Portugal compara mal com a média europeia (curiosamente ou não, compara melhor nesses indicadores do que nos de capital humano - desde há cem anos para cá, aliás). Portugal também não tem gente a mais com casa própria e endividada. O que tem é uma solução para a habitação resolvida com juros baixos e sem intervenção do Estado. Na Europa mais avançada, todos os anos os estados promovem a construção de dezenas de milhares de habitações sociais para alugar. E o mesmo raciocínio aplica-se a muita outra coisa.
Pedro Lains

Comentário: Interessante esta maneira de olhar para a economia: ‹‹ em economia, o que mais interessa é a economia, e não são as "mentalidades"››, afirma Pedro Lains, como se a macroeconomia não fosse um produto agregado de escolhas individuais, isto é, de mentalidades.
Imaginem que um grupo de foliões abandona uma festa completamente bêbado. À saída, um distinto nutricionista olhando para a cena comenta: ‹‹em nutrição, o que mais interessa é a nutrição, e não são as "mentalidades"››. O problema é que havia demasiado vinho à disposição.
Realmente...

cortes na saúde

... em Itália.

Monti corta 1,5 MM€ no orçamento da saúde.

Embaixador da Noruega

A minha primeira impressão é que, algumas vezes, em Portugal pede-se muito ao governo.

09 outubro 2012

Phony in Chief

Thomas Sowell sobre Obama

de França também não vêm sinais de vida inteligente

Impostos mais altos para os mais ricos. Ideia que partiu de um grupo de magnatas franceses que agora rejeita a medida e ameaça sair do país.

acreditar até ao fim

Alguém se sente prejudicado por pagar Segurança Social sabendo que vai ter direito a uma reforma?

Comentário: Já só as trabalhadoras do sexo é que acreditam.

Stacey Dash

I vote for Romney

“Vote for Romney. The only choice for your future. @mittromney @teamromney #mittromney #VOTE #voteromney,” Dash wrote on her official Twitter page


Not long after, presumed Obama supporters began insulting Dash for her opinion, saying she isn’t “black” enough, several even asking if the actress would just “kill herself.”

One man wrote: “This hurts but you a Romney lover and you slutting yourself to the white man only proves why no black man married u @REALStaceyDash.”

08 outubro 2012

politizado

Não consegui despolitizar o Ministério Público
PGR, de saída

sem sinais de vida inteligente

"Programa de Portugal não vai descarrilar com protestos"

Manifestações e críticas de empresários levaram o Governo a recuar.

políticas para relançar o crescimento na Europa


Se a intenção é preservar o euro, e evitar a estagnação, cinco medidas políticas poderiam ser tomadas:
  1. O Norte da Europa poderia tolerar uma inflação mais alta – uns dois pontos percentuais extra, durante cinco anos, iriam tratar de um terço do total ajustamento Norte-Sul;
  2. O Norte da Europa poderia expandir a democracia social, ao tornar os seus Estados-providência mais generosos;
  3. O Sul da Europa poderia reduzir os seus impostos e serviços sociais substancialmente;
  4. O Sul da Europa poderia reconfigurar as suas empresas para se tornarem motores da produtividade;
  5. O Sul da Europa poderia impor a deflação.
A quinta opção talvez seja a menos sábia, pois implica as décadas perdidas e o colapso da UE que a Europa está a tentar evitar. A quarta opção seria maravilhosa; mas, se alguém soubesse como elevar as empresas do Sul da Europa até aos níveis de produtividade das do Norte, isso já teria acontecido.
Sendo assim, resta-nos uma combinação das três primeiras opções, também conhecida como “políticas para relançar o crescimento na Europa” – uma frase que surge em cada comunicado internacional.

Comentário: Reparem no ponto 3, Portugal persiste em aumentar os impostos e manter os serviços sociais. O contrário do que é necessário.

despesa

Pais do Amaral, Pires de Lima ou Jorge Armindo estão entre os empresários que defendem a redução urgente da despesa pública.

07 outubro 2012

sem sinais de vida inteligente


Em entrevista ao Diário de Notícias, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal admite que até tem vontade de fazer «uma greve geral de empresários».

A CGTP agendou uma greve geral para 14 de Novembro contra aquilo que diz ser uma “ofensiva” do Governo traduzida no “agravamento dos sacrifícios” dos portugueses e na “exploração desenfreada” dos trabalhadores.

interessante

A melhoria dos cuidados de saúde não produz qualquer poupança significativa nos gastos (com a saúde). Se bem percebi o resultado deste estudo, a melhoria de certos cuidados de saúde gasta quase tanto como o que poupa e portanto tem um impacto orçamental nulo.

sem sinais de vida inteligente


O secretário geral da CGTP-IN , Arménio Carlos, defendeu hoje no Algarve que o IRC deve subir para 33,33% para as empresas que movimentem mais 12,5 milhões de euros por ano.
"É altura de dizermos a Soares dos Santos, ao Belmiro e a outros que tais, os mesmos que com os seus amigos e afilhados  vêm para a televisão dizer que temos que pagar a fatura e fazer sacrifícios, que agora é a altura de eles fazerem sacrifícios. Digam lá se há responsabilidade social ou não", disse o secretário-geral da CGTP.
Expresso

Comentário: Se o IRC aumentar haverá menos investimento e mais desemprego. "Sacrificar" os empresários é aumentar a miséria para os trabalhadores.

um problema cultural

Ninguna universidad española entre las 200 mejores del mundo

falando de racionamento

43 doentes morreram de fome e 111 morreram de sede em enfermarias do serviço nacional de saúde britânico — NHS.
Telegraph

06 outubro 2012

sem sinais de vida inteligente

Nuno Amado, do BCP, afirma que vai ter de despedir. ‹‹Preferia baixar salários a despedir, mas... a lei não deixa››. Entrevista de hoje, no Expresso.
Assim não vamos a lado nenhum.

sem sinais de vida inteligente

Kim Jong-un Ministro da Saúde chega a acordo com os oficiais das forças armadas acordo sobre a nova organização do trabalho médico.
Um capitão em Pyongyang Um médico especialista em Lisboa vai ganhar tanto como um colega em Chongjin um colega em Bragança.
Com esta gestão, de facto, não são possíveis poupanças.

sem sinais de vida inteligente

Quando há cerca de 40.000 professores que não foram colocados e o ministro da educação confessa que não há vagas para todos, as universidades e politécnicos abriram este ano 998 vagas para licenciaturas em Ensino Básico.
O Instituto Politécnico de Lisboa, por exemplo, abriu 131 vagas para esta licenciatura. É uma verdadeira fábrica de desempregados financiada pelo erário público, a um custo de milhões.
Assim, de facto, não é possível cortar na despesa pública. Porquê? Por total ausência de sinais de vida inteligente.

sem sinais de vida inteligente

Penso que não há nenhuma empresa privada, a nível mundial, com a dimensão do nosso SNS, gerida por comando e controle, e com um planeamento central tão rígido.
A simples mudança de paradigma na gestão do SNS permitiria poupanças significativas. É um processo demorado? Não.
Trata-se de conferir autonomia às diferentes unidades locais de saúde, que devem ter os seus orçamentos e serem responsabilizadas por os cumprirem.
É para este tipo de mudanças que servem os MBA's, não é para andar de pistola na rua a assaltar os contribuintes, para usar uma expressão do Marques Mendes.

sem sinais de vida inteligente

O SNS, a Educação e a Segurança Social devem ser geridos como o exército da Coreia do Norte?
Para que serve o MBA de Harvard do Carlos Moedas? Para nos vir dizer, na televisão, que o assalto fiscal não prejudica a classe média?