25 outubro 2012

o princípio da realidade

O governo está em funções há 1 ano, 4 meses e 15 dias. 503 dias se incluirmos o dia de hoje. Foi o tempo necessário para que se admitisse publicamente que o País não tem recursos para sustentar o Estado Social que temos neste momento.
Vítor Gaspar foi absolutamente claro a este respeito: "para cumprir o programa de resgate é preciso «cortar na despesa», feita, em grande parte pelas «contribuições sociais»".
É a primeira vez que tal é admitido por um governo em funções.
E agora?

4 comentários:

Anónimo disse...

se demoraram quase um ano e meio apenas para admitir o óbvio imagine os anos necessários para fazerem algumas coisa.

estas criaturas são tão incompetentes que ainda há dois dias tinham anunciado uma medida fundamental (reduzir o subsidio de desemprego) e parece que já voltaram atrás com a decisão.

portanto, continua a ser mais vantajoso ficar em casa sem fazer nada do que ir trabalhar.

as pessoas fazem escolhas absolutamente racionais. se posso receber 400 euros sem fazer nada por que razão devo ir trabalhar todo o dia para receber 500? e ainda tenho de gastar 50 em passe social?

Anónimo disse...

O problema do governo é que não sabe cortar. Como para tudo na vida, é preciso ter jeito quando se faz alguma coisa. Jeito e bom senso.
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Ora, o governo nem tem jeito, nem bom senso. Se tivesse bom senso sabia que nao devia dar tiros para o ar. Anunciar cortes terriveis nos mais miseraveis que pode haver na sociedade e depois recuar dando a ideia de completa desorientação.
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Agora não há outro remédio; o governo tem de anunciar claramente o que vai fazer sem qualquer margem para discussão. As pessoas e os agentes economicos precisam de antecipar o que lhes vai acontecer. Senão retraem-se cada vez.
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Se é necessário cortar despesa, que se corte em TODA a despesa. Toda, devidamente calaendarizado e antecipavel. Ou metade na despesa e a outra metade em impostos.
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Chegar ali às despesas por funções do estado e cortar 15% em todas num prazo de x anos. Não é salarios, nem pensoes, nem sibsidios... é nas funções. Na defesa, na juridica, na educacao (já vai em 10%), na saude (já vai em 15%), nas obras, etc...
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A eito. Nas funções por igual. Daqui a um ou dois anos pode-se corrigir o tiro e aperfeiçoar a equidade. Mais na educacao e menos na juridica etc.
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Mas o governo já nao vai lá. Não tem gente séria e honesta. Não conseguirá fazer o que quer que seja. Nada. Cada mês que passemos será pior.
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Anónimo disse...

Rb

Lionheart disse...

"A Grécia está à beira de Controlo Financeiro Internacional

Credores e parceiros exigem conta especial no Banco Central Europeu irá gerir os activos do país - por mecanismos de controle falou o Sr. Schäuble

...sócios e credores exigem garantias adicionais para o pagamento de uma grande dose de 31,5 bilhões de euros. (...) Acordo com uma versão colocar metade de uma questão de criação de uma conta especial, além de Banco existente da Grécia, através do qual se administra os recursos do Estado grego. Que se confirmou nos referir diretamente ao Sistema Internacional de Controlo Financeiro, semelhante ao aplicado na Grécia, após a falência de 1893 e da guerra desastrosa de 1897. Apesar de não ser totalmente clara exigência de estrangeiros, os relatórios do Sr. Venizelos protetorado em apenas tais requisitos explicou. A questão é muito grave e ultrapassa claramente o trabalho que foi levantada pelo Sr. Kouvelis diafora. To como a única questão agora é o que será o Sr. Samaras ? Se que irá discutir a demanda sem precedentes ou reagir fortemente, como a maioria assumir . A verdade é que as negociações com os credores e parceiros de tomar outra dimensão, afetando dramaticamente as condições políticas do país."

A tradução é do google por isso está péssima, mas o essencial dá para entender. A "Europa" exige garantias adicionais à Grécia para lhe dar mais dois anos, ou seja, será o BCE a gerir os activos do Estado Grego. É uma hipoteca formal, portanto.

Polticamente a situação é explosiva, com os socialistas e comunistas gregos (que estão no Governo) a falarem em atentado à dignidade da Grécia, e ainda não deram o acordo a esta exigência dos credores da Grécia.

Francamente, não sei qual é a diferença entre a UE e os imperialismos europeus do séc. XIX. O modus faciendi é diferente, mas a estratégia é a mesma.

http://www.tovima.gr/politics/article/?aid=480753