20 março 2012

a conclusão

A história da legislação anti-católica na Grã-Bretanha (a que aludi aqui), que teve início em 1571 e que, em parte, ainda hoje se mantém, é uma história verdadeiramente extraordinária.
É a história de o poder político britânico, maciçamente apoiado no protestantismo, pretender impôr aos católicos um juramento de lealdade ao Rei (ou ao Estado) acima daquele que eles prestavam ao Papa (ou à Igreja). Esta história repetiu-se em todos os países onde o protestantismo triunfou, por exemplo, na Alemanha, sob Bismarck.
O que é que pode levar um homem a recusar lealdade à autoridade civil - o Rei ou o Presidente da República - acima da lealdade que presta ao Papa? É amesma convicção que leva um homem a recusar-se prestar ao patrão um juramento de lealdade acima daquele que presta ao seu pai.
É a convicção de que o Papa sempre o protegerá, e o defenderá de quaisquer abusos, ao passo que do Rei ou do Presidente da República nunca se sabe o que pode vir dali.
É muito curioso que tenham sido os países saídos do protestantismo que se tenham reclamado de países livres, como a Grã-Bretanha ou a Alemanha. Mas que liberdade tem um homem de se eximir nesses países ao cumprimento de uma lei injusta, como as leis que nos anos 30 discriminavam contra os judeus? Nenhuma. Sendo católico, tem toda a liberdade.
Eu tenho passado uma boa parte da minha vida a procurar saber o que é a liberdade, para que é que ela serve e onde é que ela está. Estará nos EUA, na Inglaterra, na Suécia, na Alemanha, em Portugal? Sim, também está aí, mas não muita. A liberdade plena, a verdadeira liberdade, essa está na Igreja Católica - é a conclusão a que fui levado.

4 comentários:

Anónimo disse...

Teste

Euro2cent disse...

Só para agradecer (agora que tiraram os logins certificados ;-) a série de posts "culturais" que tem vindo a publicar de há dois anos para cá.

E renovo a sugestão de coligir, polir e publicar em livro (de papel/electrónico/ambos) uma série deles, com algum fio de meada.

Os catequistas precisam de catequismos ...

Euro2cent disse...

> catequismos

s/catequismos/catecismos

(foram demasiados anos ...)

Anónimo disse...

Muito interessante drº Arroja. Mas pergunto, até quando? Até quando esse deslumbramento pelo lado político do catolicismo?

Como será quando acabar a fase do deslumbramento!