30 setembro 2011

jodidos

Défice sobe de 7,7% para 8,9% no segundo trimestre.

A culpa é do Bush, digo, do Sócrates, digo, do Alberto João.

dias de trabalho para a Nação

Aumento da jornada de trabalho =  + desemprego

Diminuição da TSU =  - desemprego

15 dias de trabalho para a Nação

Vasco Gonçalves foi o primeiro a pedir um dia de trabalho para a Nação. Agora, com a crise, já se fala em meia hora por dia... São aí uns quinze dias por ano, para a Nação.
Uma ideia quinze vezes mais louca, digo eu.

escravatura

Mais horas de trabalho pelo mesmo salário é escravatura. Os portugueses trabalham actualmente 133 dias por ano para o estado, pedir-lhes que se esforcem ainda mais, sem remuneração adicional, é desumano e imoral.
O nosso problema de produtividade não é fruto da preguiça, é fruto do parasitismo estatal. Para melhorar a produtividade da economia é necessário reduzir a despesa pública e libertar recursos para investir em meios produtivos e em recursos humanos mais qualificados e mais bem remunerados.
Os cidadãos não são servos do estado, os cidadãos são o soberano e o estado é que deve estar ao seu serviço. Não podemos aceitar uma inversão deste princípio.

a pecha dos medicamentos

A despesa com medicamentos, em Portugal, é das mais elevadas do mundo. Há anos que eu ando a pregar que é necessário um ajustamento nesta área da saúde. Em 2009, por exemplo, deixei aqui um post a demonstrar que poderíamos poupar até 1.700 M€, se mudássemos de paradigma.
É necessário restringir a lista dos medicamentos comparticipados aos essenciais. Serão uns 150 a 200, não mais. Todos os restantes deverão ser pagos integralmente pelos consumidores.
A segunda medida essencial é liberalizar a distribuição e venda dos medicamentos. Trata-se de uma medida que vai ao encontro do MoU (da Troika) e que só peca por tardia. Politicamente, esta liberalização colheria aplausos da esquerda à direita.
Por fim, é necessário pagar a 30 dias a todos os agentes envolvidos no comércio dos medicamentos. As dívidas retiram espaço de manobra e abrem as portas à corrupção.
Tenho dito.

power brokers em apuros

João Cordeiro

Alberto João

power broken III

A direcção da Associação Nacional de Farmácias (ANF) demitiu-se esta quinta-feira.

Power broken I

uma só dose chega

A maneira correcta de ler este artigo é a seguinte:
Uma só dose de psilocibina produz efeitos psicotrópicos que podem perdurar por mais de uma ano. Os "cientistas" afirmam que tais efeitos melhoram a personalidade, deixando a vítima com mais abertura de espírito e criatividade. Penso que é o que se designa por "estar numa boa".
Não sei é como os "cientistas" chegaram à conclusão que passar um ano inteiro "numa boa", isto é, aparvalhado, constituí uma melhoria da personalidade. Ou talvez saiba, não terão desaparecido do laboratório algumas doses de psilocibina?

não passa nada amor




Via Insurgente

29 setembro 2011

alerta vermelho

António Arnault concorda com agravamento das taxas moderadoras.

2 notícias 2

Queda histórica nas vendas de combustíveis em Portugal.

Subida das taxas moderadoras vai render 400 milhões.

com certeza

Os problemas da dívida não podem ser resolvidos sem crescimento económico.

George Soros

Angola, episode II

Os portugueses correm o risco de voltar a sair de Angola com uma mão à frente e outra atrás?
À segunda só cai quem quer.

não alimentar ilusões

O que é que significa dizer-se que o País está falido? Significa que tudo o que ganhamos não chega para pagar o que devemos.
Assim sendo, qualquer tentativa de equilibrar as contas públicas pelo lado da receita apenas desvia fundos de um sector para outro. E se esse desvio for para alimentar monopólios de estado, em prejuízo do consumo e do investimento em sectores mais competitivos, a economia só poderá afundar-se ainda mais.
Infelizmente, a grande maioria dos portugueses não tem fortunas escondidas nos colchões.

o fim das taxas moderadoras

As novas taxas poderão render cerca de 400 milhões de euros por ano aos cofres do Estado, um valor que já tinha sido avançado pelo ex-ministro Correia de Campos, numa recente entrevista ao jornal i. Um montante que será conseguido à custa do aumento do preço e do corte nas isenções. Contas feitas, o Estado passa a arrecadar quatro vezes mais receita com as taxas, uma vez que agora estas valem cerca de 100 milhões de euros.
Em cima da mesa está também, sabe o Diário Económico, a criação de novas taxas. Uma das hipóteses poderá passar pela reintrodução de taxas nos internamentos e cirurgias, que tinham sido revogadas pelo anterior Governo de José Sócrates.


Taxas moderadoras mortas, comparticipações postas.

28 setembro 2011

um testemunho fascinante

The simple fact is that every business in America was started by an entrepreneur, whether it is Ford Motor Co., Google or your local dry cleaner. Every single job that entrepreneur creates requires an investment. And at its core, investing requires confidence that despite the risks, despite the hard work that will certainly ensue, the basic rules of the game are clear and stable. Today's uncertainty on these issues—stemming from a barrage of new complex regulations and legislation—is a roadblock to investment. We have to clear that uncertainty away.


WSJ

estamos a pagar a factura

As opções dos anos 80 foram fatais.

acabar com o Banco de Portugal

Qual será a melhor maneira de reforçar a rentabilidade da banca, garantir as melhores condições de mercado para os clientes e assegurar a estabilidade do sistema financeiro?
- Encerrar o Banco de Portugal

PS: Nesta, estou com o meu ilustre colega Ron Paul.

iliteracia financeira

Há uns meses atrás, o governador do BP afirmou que os portugueses não percebiam nada de finanças (chamou-lhe iliteracia financeira) porque desconheciam os juros que pagavam à banca pelos empréstimos para compra de habitação. Olhavam apenas para a duração do empréstimo e para o valor das mensalidades. Nessa ocasião, eu estive para escrever um post a contraditar tão douta opinião porque existe uma relação matemática entre a duração de um empréstimo, o valor das prestações e a taxa de juro, que permite determinar qualquer uma destas três variáveis desde que se conheçam as outras duas. Os portugueses, portanto, e ao contrário da opinião expressa pelo governador do BP, comportam-se como perfeitos conhecedores do mundo das finanças. Quem é que precisa de saber a taxa de juro quando já sabe quanto fica a pagar por mês e durante quanto tempo?
Já em relação a esta notícia, que dá conta da intenção do BP de limitar a remuneração dos depósitos a prazo, para garantir o lucro da banca, parece-me revelar desconhecimento financeiro, mas desta vez por parte do Sr. governador do BP.
Se o BP limitar o rendimento dos depósitos a prazo, por que razão é que os portugueses continuariam a confiar as suas poupanças à banca, nos mesmos montantes? Basta pensar no que aconteceu aos Certificados de Aforro para perceber que os portugueses podem não ser doutorados em finanças, mas não são tão estúpidos como os querem fazer parecer.

27 setembro 2011

Carlos Slim

You don’t need to raise taxes on rich people, because they create capitalization and investment. But you need to tax speculation—meaning capital gains. Why should it be just 15 percent? Salaried people pay 35 percent. Why shouldn’t that be paid on capital gains?”.
....
“The welfare policies that you are following—you and Europe—are unsustainable,” Slim argues. “You cannot have people retiring at 60 years old, and you cannot provide universal health care the way you do. That’s crazy. The focus should be the support of small- and middle-size business. That is where the employment is. And there should be investment in the real economy. Infrastructure is an example. And the best way to do that is with the private sector. It’s more efficient.”


Em resumo, Carlos Slim, o homem mais rico do mundo, recomenda taxar os lucros financeiros, apoiar as pequenas empresas e diminuir o Estado Social.
Eis uma receita razoável, com bons princípios gerais para ultrapassar a crise.

os governos não mandam, quem manda é a Goldman Sachs

26 setembro 2011

concorrência desleal

Desta forma, para conseguirem desfazer-se dessas casas, as instituições financeiras estão a oferecer condições muito mais vantajosas a quem as adquira. "Os bancos querem retirar esses imóveis do seu balanço e por isso tentam escoá-los no mercado oferecendo vantagens como a possibilidade do financiamento ir até 100% do valor. Também não cobram a avaliação, as despesas de dossier e o cliente beneficia ainda de um ‘spread' que é metade do praticado nos restantes créditos", esclarece Miguel Poisson. Segundo Luís Lima, a redução do ‘spread' é de tal ordem que muitas vezes chega a 1,5%.

PS: Será legal a banca concorrer desta forma com as construtoras e imobiliárias? O DE não teria obrigação de analisar esta vertente do problema?

ao que chegamos

NEW YORK (AP) -- The chief of the New York Police Department says city police could take down a plane if necessary.

EU warned

Over the weekend, the U.S., China, and IMF warned euro-zone officials of a global market meltdown.

together is better

Durão Barroso na CNN.

Goya

25 setembro 2011

a Espanha dilacerada pelas autonomias

"Único. Por el cartel, por el día, por las emociones, la tristeza, es mi tierra, me duele el doble o el triple, porque soy catalán y porque me van a quitar todo mi pasado y parte de mi futuro. Mi vida torera en Cataluña está bien jodida, porque me la están robando".
Serafín Marín

Foto de Serafín Marín, em Las Ventas, envolto na bandeira da Catalunha. Que figura de parvo, agora que a Catalunha proibiu as touradas.

o lento suicídio da Europa

Em 1990, o então Cardeal Joseph Ratzinger lamentou "o lento suicídio da Europa: a sua população a diminuir e a envelhecer, e a ser substituida, em parte, por imigrantes inassimiláveis. O Cardeal Ratzinger pensava que a Europa acordaria do seu estupor mas que teria de confrontar muitas dificuldades.
Da bio de Conrad Black, citada no Daily Beast

o amigo americano

Any agreement, according to experts, would be similar to the proposal made to eurozone nations by Tim Geithner, the US Treasury Secretary, earlier this month.

24 setembro 2011

uma verdade inconveniente

À medida que o estatuto social é menos determinado por circunstâncias arbitrárias como a raça, a linhagem e a herança, será mais determinado pelo talento, especialmente (nas sociedades modernas) pela inteligência. Uma vez que as diferenças de inteligência são em parte genéticas, e como as pessoas inteligentes têm tendência para casarem com pessoas também inteligentes, quando uma sociedade se torna mais justa torna-se também mais estratificada segundo padrões genéticos.
Richard Herrnstein, artigo "IQ", publicado em 1971 no Atlantic Monthly.

o mistérios dos GT's

23 setembro 2011

olho clínico

Tirar a medida a uma piquena exige bastante experiência. Sem pretender duvidar da avaliação do ccz sobre as médicas com que se cruzou esta manhã no comboio,  não fica mal aprofundar o assunto ou pedir uma segunda opinião.
Para mim, todas as mulheres são bonitas. Especialmente depois de uns GT's.

o racismo dos ciganos é compreensível, dizem os especialistas

Depois da leitura deste artigo e de uma breve pesquisa na net, cheguei à conclusão que afinal a autora não é visceralmente contra todas as formas de racismo. O racismo dos ciganos (pelos vistos na UM é aceitável afirmar que os ciganos são racistas), por exemplo, é compreensível para a Maria José Casa-Nova. O que a incomoda mesmo é o racismo do homem branco.

deseducação

Na sua versão mais extrema, o racismo tem como consequência o extermínio daqueles que são percepcionados como "inferiores" e "indignos", "depurando" a sociedade dita "tradicional", "homogénea", dos elementos que a "contaminam".
Foi a este racismo extremo que assistimos no dia 22 de Julho pelas mãos de Breivik.


Artigo de Maria José Casa-Nova, do Instituto de Educação da UM, no Público de hoje.

Eu ainda não sei bem a que é que "assistimos no dia 22 de Julho pelas mãos do Breivik", mas tenho a certeza que não assistimos a um extermínio racista. O que vimos foi um norueguês a matar noruegueses.
Era útil que os académicos que escrevem artigos de opinião deixassem de invocar os seus cargos institucionais para não comprometerem (envergonharem?) as suas respectivas academias.

igualdade

O princípio da igualdade sobrepõe-se ao crescimento económico, a igualdade sobrepõe-se às receitas fiscais, a igualdade sobrepõe-se à lógica económica.
Charles Krauthammer - sobre o socialismo.

wunder

O Papa acredita que, para superar a crise, é necessário que os governantes políticos se imponham aos mercados.
PS: Título deveria ser: Papa pede milagre.

o contrato social

Elizabeth Warren, the financial reformer who is now running for the United States Senate in Massachusetts, recently made some eloquent remarks to this effect that are, rightly, getting a lot of attention. “There is nobody in this country who got rich on his own. Nobody,” she declared, pointing out that the rich can only get rich thanks to the “social contract” that provides a decent, functioning society in which they can prosper.

Argumento do Paul Krugman, para contestar noutro post.

22 setembro 2011

pensar como um europeu é ... não pensar

If the economic facts demonstrate that the wealthy already pay more taxes than everyone else why are Americans in support of raising taxes on this small population again? Class warfare could be the culprit, but I think the real reason is much worse. At least in class warfare you know you’re harming the other, but what we have today is pure multi-generational economic ignorance and the absence of fiscal common sense. Americans increasingly think like Europeans.
It is important to remember that Otto von Bismarck, the Prussian prime minister/German chancellor from 1862 to 1890, is the father of the welfare state. He advanced the vision that government should serve as a social services institution by taking earned wealth from the rich and from businesses to deliver services to those who are not as advantaged. European governments fully implemented Bismarck’s economic ideology and now the entire region is on the verge of bankruptcy. This will be our destiny as well unless the sound political thinking that created this nation’s prosperity in the first place is released from the prison of America’s Bismarckian economic ignorance.

Anthony Bradley

21 setembro 2011

poder e dinheiro

Sou anticapitalista porque sou um democrata conservador e liberal que acha injusto que quem tenha dinheiro - por muito legitimamente ganho - tenha poder. É o que está a acontecer agora.
MEC, hoje no Público

Muito engraçado. Claro que ter dinheiro dá poder, sempre deu e vai continuar a dar. Mas fica bem desejar que não, apesar de sabermos que tal nunca irá acontecer. Eu cá tenho medo é de quem tem poder - por muito legitimamente ganho - sem ter dinheiro, mas desconfio que esta afirmação não me vai fazer mais amigos no Facebook.

humor II

humor I

2107

A Catalunha tem compromissos financeiros de 54.000 M€ a pagar até 2107.
Já não é só o futuro dos filhos que está comprometido, é também o dos netos e o dos bisnetos. A Catalunha arruinou 3 gerações.

o colapso do bloco ocidental

In 1965, government spending as a percentage of GDP averaged 28% in Western Europe. Today it hovers just under 50%. In 1965, the fertility rate in Germany was a healthy 2.5 children per mother. Today it is a catastrophic 1.35. During the postwar years, annual GDP growth in Europe averaged 5.5%. After 1973, it rarely exceeded 2.3%. In 1973, Europeans worked 102 hours for every 100 worked by an American. By 2004 they worked just 82 hours for every 100 American ones.
...
And there was, finally, the whopping fiction that Europe had its own "model," distinct and superior to the American one, that immunized it from broader international currents: globalization, Islamism, demography. Europeans love their holidays and thought they were entitled to a long holiday from history as well.
All this did wonders, for a while, to mask European failures and puff up European pride. But there is always a danger in substituting grandiosity for achievement, mistaking pronouncements for facts, or, more generally, believing in your own nonsense.

WSJ

a história da europa

When the history of the rise and fall of postwar Western Europe is someday written, it will come in three volumes. Title them "Hard Facts," "Convenient Fictions" and—the volume still being written—"Fraud."

20 setembro 2011

a realidade

O "chairman" da Jerónimo Martins lamentou a situação financeira do País. "Estamos falidos. A única coisa que temos de fazer e em conjunto é darmos a mão e recuperarmos o País trabalhando".
...
O mesmo responsável afirmou ainda que a situação da dívida do País “demonstra a total irresponsabilidade dos nossos governantes”.

18 setembro 2011

a importância do crédito

É igual à do fermento.

é muito fácil de perceber

europa rejeita Geithner

A abordagem e o estilo de Timothy Geithner nunca poderiam ter dado bom resultado na Europa. Os europeus detestam pessoas realistas, com sentido práctico e que apresentem propostas concretas.
Para conseguirem o que pretendem, os EUA devem usar a influência. Sugestões, telefonemas, comendas, jantares de estado, convites para a Casa Branca, passadeiras vermelhas e fotos de grupo.
É disso que os europeus estão à espera. Medidas concretas? Nós não somos americanos!

homem e Deus

É concebível, em termos racionais, que Jesus tenha sido em simultâneo homem e Deus? É concebível que Jesus tivesse sido o Messias? Gostaria de tentar responder a esta pergunta, não sob o ponto de vista dos crentes, mas sob uma perspectiva racionalista.

O meu ponto de partida para esta análise é o facto de que todos somos “filhos de Deus”. Todos somos fruto da Criação, de um acontecimento logicamente necessário, porque nada pode emergir do nada. Nesse sentido, Jesus não se distinguiria dos demais. A diferença advém de Jesus ter sido também Deus incarnado na figura de um homem.

A nossa humanidade distingue-se pela liberdade com que Deus nos dotou para definirmos a nossa própria existência e sabermos escolher entre o Bem e o Mal. Um ser humano perfeito, que tivesse a sabedoria e a coragem de escolher sempre o Bem, não seria apenas “filho de Deus”, como nós, seria o próprio Deus. E seria o Messias porque nos demonstraria, pelo seu exemplo, o caminho da salvação.

Neste sentido, Jesus, enquanto ser humano perfeito poderia, sob o ponto de vista racional, ter sido homem e Deus.

primeiro os deveres

Jesus não era pessoa para compor códigos legais perfeitos ou uma declaração universal dos direitos do homem; a ideia dos direitos humanos era-lhe totalmente alheia, pois tinha mais inclinação para os deveres do que para os direitos.
Paul Johnson

A verdade é que todos nascemos com obrigações perante os outros e que só podemos reclamar direitos se estivermos dispostos, primeiro, a cumprir com essas obrigações.
Joaquim, 2010

liberdade

"Onde está o Espírito do Senhor, há liberdade" (2Cor 3, 17).
S. Paulo

Seguindo a mesma lógica: onde não está o Espírito do Senhor não há liberdade.

17 setembro 2011

Eu sou o caminho, a verdade e a vida

O fulcro do cristianismo consiste em imitar a Cristo; os evangelhos mostram-nos como se comporta, como pensa e como fala uma pessoa perfeita. Imitando a Cristo o melhor que sabiam, aqueles que o seguiram ao longo dos últimos 2000 anos melhoraram o mundo, proporcionando a muitos dos que neles habitam uma vida mais feliz e mais realizada: a busca da felicidade no outro mundo transformou este mundo.
Paul Johnson

the calling of St. Mathew

Jesus saw a man named Matthew at his seat in the custom house, and said to him, "Follow me", and Matthew rose and followed him.

o Kweku Adoboli português

Jesus reconhecia a dificuldade de educar a populaça

De vez em quando, Jesus explicava aos discípulos porque motivo falava em parábolas. Marcos dá a entender que Ele fazia uma distinção entre os seus discípulos - homens espiritualmente instruídos - e as restantes pessoas (4,11 ss.): "Não lhes falava a não ser em parábolas; porém, explicava tudo aos discípulos em particular"; já quando se dirigia aos seus eleitos, dizia-lhes: "A vós é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus; mas aos que estão de fora tudo se lhes propõe em parábolas".

E ainda, segundo Marcos:
"Pois àquele que tem dar-se-lhe-á e ao que não tem ser-lhe-á tirado mesmo o pouco que tem".


..Jesus está a falar do conhecimento, e a dizer que aqueles que desenvolvem competências de aprendizagem aprendem cada vez mais, e aqueles que as não têm terão de ser privados dos seus falsos conhecimentos, a fim de poderem recomeçar (Paul Johnson).

Notícias da Grécia

GREEK DEFAULT WATCH

Citado no Expresso

15 setembro 2011

Paul Johnson - um crente

escravidão

Os milhares de devedores crónicos que se encontram actualmente na lista pública de execuções arriscam-se a ser declarados oficiosamente insolventes pelos tribunais. Nesse caso, ficarão inibidos de fazer qualquer transacção como compra de bens e serviços, contrair empréstimos ou de passar cheques. É uma espécie ameaça de "morte cívica" para cerca de 12 mil empresas e particulares.

Esta medida deveria ser aplicada, em primeiro lugar, ao Estado e a todos os políticos responsáveis pela insolvência de Portugal.
Relativamente aos particulares, confesso-me surpreendido porque todas as pessoas deveriam ter a oportunidade de começar de novo.
Uma pessoa que foi despedida, por exemplo, e que se tornou insolvente porque deixou de poder fazer face aos compromissos que tinha assumido, deve perder direitos de cidadania? Estará tudo louco? Onde está a sensibilidade social do governo?

não atrapalhe

Reitor da Universidade de Coimbra pede ao Estado que "não atrapalhe" a instituição.

O mesmo poderiam dizer quase todos os profissionais e empresários. Só é pena que a "elite intelectual" não tenha percebido este problema há mais tempo.

PS: Já agora, se a UC não precisasse de dinheiro dos contribuintes, que não têm nenhuma obrigação moral de lhe pagar, também atrapalharia muito menos o resto do País.

Audaces Fortuna Juvat

Já se sabia, mas agora foi comprovado cientificamente: "A sorte protege os audazes".

Confidence is so vital even for the mundane activities of everyday life that we take it for granted. But it also looms large whenever we try to explain achievements that are out of the ordinary. Confidence is widely held to be an almost magic ingredient of success in sports, entertainment, business, the stock market, combat and many other domains—would Donald Trump, Muhammad Ali, and General Patton have risen to fame without their sizzling confidence? No way.
JAMES FOWLER & DOMINIC JOHNSON

A investigação feita pelos autores da Universidade de Edimburgo e da Califórnia, publicada agora na revista Nature, partiu de observações que mostram que o excesso de confiança está espalhado amplamente pela humanidade. As pessoas têm uma opinião de si próprias e das suas capacidades acima do normal, o que significa que têm uma leitura errada da realidade.
Público

14 setembro 2011

outro comuna

Angel Gurria, presidente da OCDE. Mais um comuna "Cainesiano".

e ex-apoiante do Eng. José Sócrates. Recebido em Lisboa pelo Presidente da República e pelo Governo.

uma narrativa irresponsável



Rostowski, o ministro das finanças polaco, é irresponsável.

war

"If the eurozone breaks up, the European Union will not be able to survive," he added.
At his most dramatic, Rostowski even warned that "war" could return to Europe if the crisis fatally weakens the EU, founded amid the rubble of World War II.

президент


Jacques Delors criticou ainda a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ex-ministra das Finanças do governo de direita no poder em França, a quem Delors acusou de ter feito "um grande erro político" ao chamar a atenção para os perigos da exposição que os bancos europeus têm à dívida pública grega.
A Lei não vale um chavelho e a regra deve ser a falta de transparência. Foi com esta filosofia que Delors exerceu a sua presidencia ( президент - presidente em Russo).

o colapso do bloco ocidental

O comunismo levou ao colapso dos países do bloco soviético e o socialismo está a levar ao colapso dos países do bloco ocidental - zona Euro. Levou mais tempo porque a Europa Ocidental não teve de pagar a sua própria defesa, como na URSS.
O incumprimento da Grécia e a falência dos maiores bancos europeus pode ser o princípio do fim. Os europeus do Ocidente devem preparar-se para passar pelas mesmas dificuldades por que passaram os europeus de Leste.

Europe is fiddling while Rome burns

Europe's banks are staring into the abyss.

2 notícias 2

Taxa social única não desce e IVA sobe menos em 2012.

FMI pede descida de oito pontos percentuais na TSU.

13 setembro 2011

abandonada

Com os direitos de autor, pelo menos Carmen Miranda vai ter direito a um cacho de bananas e uns abacaxis, no dia dos fiéis defuntos.

UE protege direitos de autor de Carmen Miranda

Era uma antiga reivindicação dos músicos e produtores, aumentar de 50 para 70 anos a protecção dos direitos de autor sobre as músicas, como forma de garantir a reforma dos artistas com uma grande carreira. A medida foi aprovada esta segunda-feira pelo Conselho Europeu.

PS: Deste modo assegura-se também a manutenção dos jazigos.

os pobrezinhos

Ministério da Segurança Social vai dar uma esmola subsidiar a electricidade e o gás a cerca de 700.000 famílias. Valor do subsídio é de 5,00 € para a electricidade e de 3,5 € para o gás.

Escusado será sublinhar o ridículo desta medida. Seria preferível que o governo aumentasse um pouco as pensões mais baixas e se deixasse destas tretas que vão acabar por encarecer os custos energéticos da maioria da população.
Haja juízo.

Vénus de Botticelli

Para o nosso comentador Pedro Sá, pela sua visão da sexualidade feminina.

12 setembro 2011

volta Jardim Gonçalves

BCP 0,20 €

O que será necessário para que o presidente do CADM do BCP se demita? No dia da tomada de posse de Santos Ferreira, o banco valia 2,60 € / acção - 13 vezes o valor actual.

indivíduos

Individual choices make a difference.
George Bush

11 setembro 2011

slowly at first, then all of a sudden

Today the international system is in dangerous turmoil. The politicians, economists, and CEOs in whose hands our fate lies have all studied at the same Western universities. They remind me of those wise men who ran the communist system some thirty years ago. They were educated and intelligent people who should have been able to diagnose that their ship was headed for the rocks decades before it crashed. But they didn’t because they had all studied at the same universities and had been taught the same “truths,” as it were, about the economy. They were dogmatic, and as a result the system fell apart. Not that anyone really mourned it, but the great Greek economist Taki sees the same parallel with the West today.

11 de Setembro

US Capitol Dome

Porque é que as mulheres são o arquétipo da liberdade? Desde a Babilónia...
Porque são mais livres do que os homens. Desde logo porque são elas que os escolhem a eles, enquanto eles se limitam a seguir os seus instintos básicos.

10 setembro 2011

a meio pau

Os países do euro com défice orçamental excessivo devem ter as suas bandeiras a meia haste nos edifícios das instituições europeias, defendeu hoje o comissário europeu para a Energia Guenther Oettinger. “Tem circulado a sugestão de colocar as bandeiras dos países pecadores a meia haste nas fachadas dos edifícios comunitários”, declarou o alemão numa entrevista ao diário “Bild”, citado pelo “Spiegel Online”.

A sugestão do Herr Oettinger, Comissário Europeu da Energia, tem toda a lógica porque não há nada que tire mais a energia do que a falta de dinheiro.

repensar o SNS

Entre 2008 e 2009 verificou-se um decréscimo de 2.660.468 consultas de medicina geral e familiar no SNS, segundo os dados da Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS).
A resposta foi pronta. O Ministério da Saúde impôs a obrigatoriedade dos cidadãos se deslocarem aos Centros de Saúde para obterem baixas médicas e facilitou-se a marcação de consultas pela internet.
Em 2010, a ACSS divulgava que o número de consultas tinha voltado a aumentar (2,7%).
A decisão de limitar a comparticipação da pílula e de certas vacinas aos Centros de Saúde insere-se nesta tendência para justificar a existência e o crescimento contínuo de uma estrutura que já não conseguimos financiar, o SNS.
Já imaginaram quantas horas de trabalho se perdem só para ir buscar uma baixa ao Centro de Saúde e quantos doentes com problemas reais deixam de ser atendidos? Claro que assim, não há médicos de família que cheguem.
Um objectivo claro e explícito do Ministério da Saúde deve passar a ser a simplificação da vida dos cidadãos. Não esquecendo que o SNS existe para servir e não para ser servido.
Haja saúde!

6,00 €

A pílula contraceptiva deve ser completamente descomparticipada (e liberalizada). Tanto no público como no privado.
Ver preços aqui.

estão pírulas

"O Infarmed, como parte da sua actividade, enviou ao Ministério da Saúde propostas de descomparticipação de medicamentos que se encontram em avaliação", explica o documento, adiantando ainda que "as medidas adoptadas pelo Ministério da Saúde nesta área procuram basear-se em informação técnica e científica, pelo que o ministro solicitou informação adicional sobre as propostas enviadas por aquele organismo e aguarda, agora, os novos dados técnicos que lhe permitirão tomar a decisão política".


A ser verdadeira esta notícia, o Infarmed portou-se muito mal, quando apresentou medidas para condicionar a comparticipação da pílula ao SNS.
Parecem contas feitas em cima do joelho, por amadores que não entendem como é que se formam os custos na área da saúde. Para fornecer a pílula gratuitamente o SNS necessita de manter, e até de ampliar, uma estrutura de prestação de serviços considerável. Por outro lado, criam-se externalidades negativas significativas para os utentes que passam a ter de recorrer aos Centros de Saúde. Vai-te lucro que me dás perda.
Faz muito mais sentido acabar com a comparticipação da pílula, tanto no público como no privado e deixar o mercado funcionar.

09 setembro 2011

Portugal descobre a pólvora

Projecto eólico de 20 milhões de euros pode criar oito mil postos de trabalho em Portugal.

Não será por ser na Aguçadoura, Póvoa de Varzim, que este projecto aguça o apetite, mas porque os empregos criados saem a cerca de 2.500,00 € cada um, enquanto nos EUA o governo gasta cem vezes mais para obter o mesmo efeito.
Se os norte-americanos fossem portugueses, o Jobs Act de 2011, com um orçamento de 447 Biliões de US$, ficaria por uma ridicularia.
Sobra apenas uma dúvida, se somos tão bons a criar emprego porque é que temos um desemprego de 12,3% e estamos falidos?

ir-se embora

Um importante sinal de que a Alemanha pode estar a caminho de abandonar o Euro foi hoje dado com a demissão de Jurgen Stark (alemão) do Conselho Executivo do BCE (aqui). A demissão é baseada na sua divergência quanto ao programa de compra de obrigações aos países em dificuldades (PIGS) por parte do BCE.

Para os PIGS, a saída da Alemanha do Euro (acompanhada eventualmente dos países economicamente satélites, como a Holanda, a Finlândia, etc.) seria menos onerosa do que se forem eles - os PIGS - a abandonar o Euro. Supondo que a nova moeda alemã se chamará marco, o euro desvalorizará fortemente em relação ao marco. E os alemães (mais os seus satélites), que são os principais credores dos PIGS, verão os seus créditos serem reembolsados numa moeda desvalorizada - o euro - sofrendo assim o "haircut" que tanto têm rejeitado.

O facto de o próximo Presidente do BCE ser um italiano, reforça a tese de que serão os PIGS - isto é, os países católicos do sul da Europa, mais a Grécia - a ficar com o Euro, cumprindo-se a regra de que, em caso de separação, os homens - os protestantes - saem de casa, e as mulheres - os católicos - ficam em casa.

Cumpre-se ainda uma outra característica da cultura católica, que é a de internalizar tudo aquilo que aparece no mundo, satisfazendo a sua natureza universal. "Existe por aí uma coisa nova, chamada Moeda Única, e que foi inventada pelos alemães? Ah, então, nós também queremos". E depois de terem acesso à coisa, armam uma tal confusão, que acabam por ficar com ela, enquanto os criadores - os alemães - preferem ir-se embora do que aturar esta gajada.

há sempre desculpas

Quem é a favor de limitar a liberdade dos cidadãos encontra sempre desculpas.

alerta vermelho sobre a descomparticipação da pílula

Segundo a Srª Enfermeira Maria Augusta Sousa, bastonária da Ordem dos Enfermeiros, "se os centros de saúde não forem reforçados com material e recursos humanos, o caminho anunciado é perigosos".

Ou seja, o lobby do SNS marcou pontos ao limitar a comparticipação da pílula ao SNS e conseguiu restringir a flexibilidade do MS para racionalizar a estrutura assistencial.
Uma medida mais eficaz, na minha opinião, teria sido a liberalização total da venda da pílula contraceptiva (incluindo parafarmácias e grandes superfícies) e a sua descomparticipação progressiva, tanto no privado como no público.

monopólio

Medidas do governo reforçam monopólio do SNS. O facto de certos medicamentos só serem comparticipados no SNS vai criar ainda mais deseconomias e enfraquecer o sector privado da saúde, num momento de crise e de contenção de custos. Não é de louvar.
Com esta medida, Paulo Macedo foi mais Ministro do SNS do que Ministro do Sistema de Saúde.

elites

Precisamos de elites para reparar a fractura social (mend the broken society). Sem elites não teremos prosperidade.
David Cameron

la séduction

08 setembro 2011

some form

In modern times, he wrote, almost no currency unions have dissolved “without some form of authoritarian or military government, or civil war.” (aqui)

O artigo dramatiza excessivamente os custos da saída do Euro, baseado num estudo recente da UBS, que já foi mencionado neste blogue.

O ênfase do artigo é, porém, nas ameaças dos alemães, e de outros países do norte, à Grécia, por esta não estar a cumprir o acordo com a troika. A Grécia não vai cumprir, na realidade não está a cumprir, tal como Portugal não vai cumprir. O esforço do cumprimento, para os gregos como para os portugueses, é monstruoso, e por isso, simplesmente desumano.

Finalmente, essas abéculas que inventaram o Euro, mais todas aquelas que aderiram a ele, só agora se estão a dar conta de que era um projecto ruinoso. E não apenas em termos económicos. Também em termos políticos. O desmembramento da Zona Euro é a única saída viável para a Grécia e para Portugal (mais a Espanha e a Itália, pelo menos). E quanto a um governo autoritário, obviamente, isso é inevitável. Mas não apenas por causa do Euro.

the prince of darkness (princeps tenebrarum)

The Prince said if the world carries on 'business as usual' then the human race itself could be wiped out.

em alta ou em baixa?

O instituto de estatísticas grego reviu em alta a contracção da economia grega de 6,9 para 7,3% nos 12 meses terminados no segundo trimestre.

Vamos lá usar a cabeça: se estava prevista uma contracção de 6,9% e, afinal, o cenário macroeconómico se agravou e a contracção vai chegar aos 7,3%, então o crescimento foi revisto em baixa. Em baixa! Fónix.
O DE não editará as notícias da Lusa?

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Freitas do Amaral: Sócrates tem "falta de cultura democrática". 5 de Maio de 2011

Freitas do Amaral indicado para ‘chairman’ da Galp. 8 de Setembro de 2011

capitação é a solução

O modelo de financiamento dos hospitais do SNS faliu. Não há qualquer dúvida sobre esta afirmação. E faliu porquê? Porque era um modelo que em vez de atribuir um orçamento determinado a cada instituição se baseava num contrato programa leonino que irremediavelmente levava a péssimos resultados. Como ficou demonstrado.
A melhor alternativa é introduzir, de imediato, o financiamento por capitação e deixar que as unidades de saúde adeqúem os serviços que prestam às necessidades locais das populações.
Deste modo, acabam as incertezas orçamentais e introduz-se mais racionalidade económica e de gestão em todo o sistema.

Fu King

Os trabalhadores vão poder deduzir cerca de 12 euros por cada filho ao imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal aplicável aos rendimentos de 2011, segundo a legislação hoje publicada em Diário da República.

Lobby das Lojas dos Chineses?

07 setembro 2011

dúvida fatal





Para que é que as meninas precisam de lubrificante? Desculpem a ignorância do macaco...

para onde vou

"Sei muito bem o que quero e para onde vou".

É uma frase que só poderia ter sido proferida por um homem - um homem de elite, bem entendido, porque os do povo passam pela vida à deriva.

saída

A saída da Grécia do Euro começa a ser equacionada dentro do governo alemão. Curioso é que sejam os alemães a ponderar a decisão pelos gregos, em lugar de serem os gregos a tomá-la. O povo grego, tal como o povo português, é incapaz de tomar decisões.

Já se viu que a solução em curso não funciona na Grécia, como se verá não funcionar em Portugal. Seria uma óptima oportunidade para a Grécia e Portugal sairem do Euro, sobretudo se os alemães estiverem prontos a ajudar nos custos de transição.

Caso contrário, sairão forçados pelas circunstâncias, quando um grande país, como a Itália ou a Espanha, tiverem de recorrer à troika. Está por pouco.

aguarda-se o segundo volume

Se me permitem uma sugestão:
"Diário de um Economista Intervencionista"

in fundo veritas

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, entrega esta quarta-feira aos parceiros uma proposta de constituição de um Fundo de Compensação de trabalho.
O Fundo, previsto na alteração das leis laborais, vai acompanhar cada trabalhador sempre que mude de emprego.
A criação do fundo de compensação de base empresarial, destinado a garantir o pagamento parcial das compensações ao trabalhador por cessação do contrato de trabalho, estava até agora a ser negociado em sede de concertação social.
Em comunicado, o ministério da Economia refere que o Fundo "é um mecanismo destinado a proteger os trabalhadores, facilitar a contratação e o acesso ao mercado de trabalho", garantindo que uma parte das compensações em caso de cessação do contrato de trabalho, quer esta provenha de sua iniciativa ou não, seja assegurada por um mecanismo mais vantajoso para o trabalhador.


Em termos teóricos, este Fundo de Compensação não faz qualquer sentido.
  1. Vai contribuir para agravar o desemprego, porque onera o custo do trabalho.
  2. Dificulta a contratação, porque sai mais dispendiosa.
  3. Dificulta o acesso ao mercado do trabalho.
  4. Representa um imposto adicional para as empresas.
  5. Por fim, põe as empresas lucrativas e bem geridas a suportar os custos das mal geridas.
São propostas que em boa verdade revelam a tendência intervencionista do governo. A propósito, isto era uma ideia do Zapatero e do Sócrates, não era?
Na Wikipédia, o Álvaro é apresentado como economista, jornalista e romancista. Penso que estas medidas têm mais a ver com a sua faceta de romancista do que com a de economista.

Sócrates lives on

um argumento absurdo

O artigo do Sr. Professor catedrático da UNL e Ex-secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho, publicado hoje no Público, sob o título: "Salvar a banca em vez de salvar vidas", é um magnífico exercício de demagogia que demonstra, a quem tivesse quaisquer dúvidas, os perigos da promiscuidade entre a academia e a política.
A tese de que o governo prefere utilizar os recursos públicos para salvar a banca, em vez de salvar as vidas dos doentes que necessitam de transplantes é absurda. Basta pensar que a maioria dos hospitais do SNS está fortemente endividada junto da banca para concluir que a insolvência da banca condenaria muito mais vidas do que uma racionalização adequada do SNS.
O artigo procura marcar pontos, em termos políticos, mas acaba por se revelar uma fraude completa em termos académicos.

generais

De nada vale matar a Verdade porque a Verdade acaba por ressuscitar.
Eu estou muito convencido que, dentro de algum tempo, o poder político, em Portugal, estará nas mãos dos generais - e não mais nas do povo.
O artigo 2242 do Catecismo (aqui) e o maior dos reviralhistas (aqui).

Eu não antecipo nada de violento. Haverá manifestações populares de rua, como aquelas que já estão por aí a surgir um pouco por todo o lado. As coisas vão a chegar a um ponto tal que bastará um telefonema dos generais para o Palácio de Belém a dizer ao Presidente da República que a situação ultrapassou os limites do tolerável, e que eles vão tomar as coisas em mãos. Quando os generais chegarem a Belém, o presidente já lá não está.

um factor decisivo

Para os países mais robustos, como a Alemanha, o preço de sair do euro e regressar ao marco podia chegar aos 8 mil euros por cada germânico, também no primeiro ano. Nos anos seguintes a factura deveria situar-se algures entre os 3500 e os 4000 euros por cidadão. Para se ter um termo de comparação, o resgate total a Portugal, Grécia e Irlanda fica por mil euros a cada alemão. E pago só de uma vez.


Voltando ao estudo da UBS, embora ressalvando que os dados possam estar muito inflacionados, parece verosímil que os custos de sair do Euro sejam superiores aos custos do resgate dos países mais endividados, mesmo que a Itália e a Espanha necessitem de ajudas parciais. Este factor vai ser decisivo na hora das decisões difíceis.

não é barato

Para Vítor Gaspar o Estado Social é um enorme activo e um privilégio (sic) que, obviamente sai caro...
Tão caro que os portugueses são cada vez mais escravos de um Estado Social que era suposto libertá-los. Mas, para os sociais-democratas é um privilégio servir tal senhor. Mesmo que para tal tenhamos que passar fome.

dezenas



"A democracia é o pior regime político, excepção feita a todos os demais ...".
(Winston Churchill, 1947)

Este patego, depois de ter estado - ele e os seus concidadãos - dois anos sob os bombardeamentos da democracia alemã, que elevou Hitler ao poder, ainda consegue tecer loas à democracia. É preciso ter lata e nenhuma caridade cristã. Dezenas de milhões de mortos.

06 setembro 2011

falência intelectual

O secretário-geral da associação de Defesa do Consumidor (DECO), que não tenho o prazer de conhecer, deve ser uma excelente pessoa, mas, verdade seja dita, não percebe nada de nada de economia. Um imposto selectivo sobre a chamada "fast food" desviaria a curva S1 (ver gráfico) para a esquerda, diminuindo a quantidade procurada (com os meus agradecimentos à correcção do Prof. Pedro Arroja).
Esta minha observação não é uma defesa cega e corporativa da posição do meu respeitável bastonário, apenas uma simples constatação. Aliás, o secretário-geral da associação de Defesa do Consumidor, ao advogar a isenção de IVA para o pão, o leite e os ovos, acaba por reconhecer o impacto do preço no consumo.
Haverá muitas razões para se ser contra um imposto sobre a "fast food", o que não é válido é afirmar que tal imposto não teria qualquer impacto sobre os hábitos alimentares dos portugueses.

à deriva



A cultura católica é uma cultura feminina, uma cultura onde predominam os valores da Mulher, e em que os homens são postos ao serviço dos valores femininos, nisso consistindo a sua virilidade. A Igreja Católica é assim, uma figura de Mulher - Maria -, servida por homens - os padres. A imagem própria da Igreja é a de um corpo de Mulher estampado em caras de homem.

Um país católico é também assim. O povo (ekklesia: comunidade) é a parte feminina da relação, enquanto a elite, que é constituída só por homens, é a parte masculina. Tal como a Igreja para funcionar harmoniosamente necessita de um equilíbrio adequado entre os valores da Mulher (Maria) e os valores masculinos - os dos padres - que a servem, assim também um país católico, como Portugal, para se realizar e prosperar necessita de um equilíbrio adequado entre o povo, a mulher, e a elite, o homem desta relação.

Quando este equilíbrio é desfeito, e os valores femininos predominam avassaladoramente sobre os valores masculinos, ou, pior ainda, quando os valores masculinos predominam avassaladoramente sobre os valores femininos, Portugal torna-se um país difícil para viver, porque o pêndulo oscilou então excessivamente para um dos lados.

Quando Portugal vive em democracia existe desequilíbrio, os valores femininos predominam excessivamente na sociedade, porque é o povo - o portador dos valores femininos - que fica numa situação de proeminência. Portugal passa então a ser um país semelhante àquele que seria um país habitado exclusivamente por mulheres, exagerando de um lado e do outro as qualidades e os defeitos da natureza feminina. A principal qualidade é do coração - a compaixão -, o principal defeito é do intelecto - a indecisão.

Imagine um navio só com mulheres, as quais decidiram partir à aventura por esses mares fora. Passados dias, o navio está no alto mar. Em que situação estará o navio, a rumar para norte, para sul, para este, para oeste, ou para qualquer outro ponto intermédio?

Nenhuma das respostas acima. Está parado, à deriva, com elas todas lá dentro a discutirem qual a direcção a tomar, e incapazes de se entenderem acerca do rumo a seguir.

É assim que está Portugal.

E com o vosso próprio dinheiro

O aviso vem da UBS (Union des Banques Suisses), e da Suíça, a pátria do calvinismo, e é aqui reproduzido pelo Joaquim. A mensagem é clara e, em parte, dirigida aos portugueses. Diz assim: "Cuidado. Não saiam do Euro, isso vai custar-vos caríssimo. Deixem estar tudo como está".

Como está é que é bom, porque assim não vão ser só os alemães a comprar isso (Portugal) tudo a pataco, incluindo os bancos portugueses (que já estão a pataco na bolsa). Assim, como está, nós, suíços, também vamos comprar (a pataco). E com o vosso próprio dinheiro.

Nos últimos meses, em resultado da incerteza sobre o Euro, o dinheiro tem afluído em massa aos bancos suíços (em parte, também de Portugal), e o franco suíço tem subido em flecha. A tal ponto que o governo suíço está a tomar medidas para amenizar a situação, e que basicamente se traduz na seguinte mensagem aos cidadãos da zona Euro: "Párem. Já chega. Não mandem mais dinheiro". (cf. aqui)

O dinheiro que os estrangeiros (incluindo portugueses) mandam para depósitos na Suíça pode ser utilizado pelos bancos suíços para comprar activos portugueses (v.g., bancos), ou emprestado a cidadãos ou empresas suíças - a baixo juro, dada a abundância de fundos - para o mesmo fim.

A seguir aos judeus, e logo a seguir no ranking, existe uma outra cultura que eu olho com dupla precaução quando emite recomendações para o bem-estar dos outros - a cultura do protestantismo calvinista. A razão é que eles nunca pensam nos outros. Em primeiro lugar são eles, depois eles, e em terceiro lugar, ainda eles.

os pobres que paguem a crise

A ideia do Bastonário da Ordem dos Médicos de criar um imposto sobre "fast food" até que é interessante. Finalmente alguém acha que deve ser a populaça a pagar a crise. E faz muito sentido porque a populaça é a principal consumidora do SNS.

50% do PIB

Sair do Euro custaria ao País cerca de 50% do PIB, só no primeiro ano. Nos anos seguintes, o custo seria cerca de 20% do PIB.

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A participação accionista no Millennium Bcp (de Joe Berardo), que comprou a crédito, custou cerca de mil milhões de euros e vale hoje menos de 73 milhões.

Crédito às famílias em queda livre.

PS: É necessário averiguar que tipo de incentivos económicos é que orientaram a concessão de crédito pelos bancos portugueses. Poderemos estar perante casos de polícia.

estão presentes, mas...

O CDS é contra o aumento dos impostos.

04 setembro 2011

A elite

1) É constituida exclusivamente por homens, tal como a elite dos cardeais da Igreja Católica.
2) Prestaram juramento de lealdade à sua comunidade (ekklesia - Portugal), tal como os cardeais prestaram à Igreja.
3) Atingiram o topo da carreira à qual dedicaram toda a sua vida, exactamente como os cardeais.
4) Foram educados em escolas especiais que se distinguem das escolas comuns, pertencentes à sua instituiçao, à semelhança dos cardeais.
5) Quando se apresentam em público utilizam vestes distintivas que os distinguem de todos os outros, tal como a elite dos cardeais.
6) Sao símbolos de virilidade (física) tal como os cardeais sao símbolos de virilidade (espiritual), prontos a dar a vida por uma figura de mulher (a sua comunidade, ekklesia, Portugal), tal como os cardeais renunciam à vida terrena também em nome de uma figura de mulher, a Igreja.
7) Provêm de todas as classes sociais, e predominantemente do povo, tal como a elite dos cardeais.
8) A sua instituiçao caracteriza-se por uma disciplina e uma hierarquia estritas, tal como a instituiçao a que pertencem os cardeais.

Matou-A



Pilatos tinha a Verdade, sabia que Cristo estava inocente. Mas, em lugar de ser ele a julgar, decidiu entregar o julgamento da Verdade ao povo. E o que fez o povo? Matou-A.


Hoje fiz uma descoberta importante e que me encheu de satisfaçao. Desde há algum tempo que eu ando à procura de uma teoria política que se ajuste à natureza católica da cultura portuguesa. Quem me acompanha já terá percebido que essa teoria implica um regime:


1) Presidido por um homem com autoridade suprema e absoluta (à semelhança do Papa da Igreja Católica)


2) Que esse homem seria escolhido, nao por um sistema democrático de sufrágio universal, mas por uma democracia restrita a uma elite (semelhante à elite dos cardeais que elegem o Papa).


A questao a que eu nunca tinha respondido, porque nao tinha chegado lá, era a de como encontrar essa elite em Portugal. Onde é que ela estava?


Eu acredito que a doutrina católica contém as respostas a todas as questoes essenciais da vida do homem e da comunidade. E também havia de ter a resposta para esta. O problema é que as respostas do catolicismo frequentemente nao estao à superfície. É preciso procurá-las. Eu já tinha tido uma intuiçao acerca da resposta a esta questao há uns tempos atrás e até a deixei registada num post. Mas, na altura, nao consegui ver toda a verdade. Foi hoje que se fez luz completa no meu espírito. Estava mesmo debaixo dos olhos.


Onde é que está, entao, essa elite, no meio da sociedade portuguesa, capaz de escolher o homem que deve governar Portugal com poderes supremos e absolutos, e que tornará Portugal de novo um país próspero, substituindo a bancarrota actual derivada do regime democrático de sufrágio universal? Onde está?




está na lua...

..."a vossa geração é a bem mais preparada que Portugal já conheceu".
Gaspar disse também que se trata de uma geração que vive num Estado-social que "funciona", o que considerou um "enorme activo e privilégio". Mas, frisou, "não é barato".


Vítor Gaspar esqueceu-se de dizer aos jovens que o tal Estado-social foi a causa da nossa falência e perda de soberania. E que se não for controlado não haverá, no futuro, nem Estado nem Social.

going greek

Com um aumento colossal de impostos, sem cortes significativos na despesa e sem reformas estruturais, o que é que vai acontecer à economia portuguesa?
"We are going Greek", e vai ser doloroso (do you get the pun?).

03 setembro 2011

O povo

O liberalismo moderno - o de inspiração anglo-saxónica -, ou neoliberalismo, foi ao catolicismo e retirou-lhe a autoridade pessoalizada, suprema e absoluta - correspondente, na teologia, à figura do Papa -, e onde o catolicismo recomendava um equilíbrio entre a prossecução do interesse indivídual e a prossecução do interesse comunitário, com uma moderada preponderância do primeiro, o liberalismo exagerou a preponderância do indivíduo face à comunidade.

O socialismo procedeu de modo semelhante, e é também um filho desnaturado do catolicismo, derivado do protestantismo germânico ou luterano. O socialismo - que é o irmão mais novo do liberalismo - foi ao catolicismo e também lhe retirou a autoridade pessoalizada, suprema e absoluta - correspondente na teologia, à figura do Papa -, e onde o catolicismo recomendava um equilíbrio entre a prossecução do interesse individual e a prossecução do interesse comunitário, com uma moderada preponderância do primeiro, o socialismo inverteu os termos desta relação, e passou a dar preponderância à prossecução do interesse comunitário em detrimento do interesse individual.

A tanto se resume, naquilo que é essencial, o pensamento filosófico da modernidade. A originalidade não é grande. Em lugar de uma autoridade pessoal, suprema e absoluta, a chefiar uma comunidade humana (uma Ekklesia: comunidade), quer o liberalismo quer o soailismo põem uma autoridade que, sendo constituída por muitas pessoas, perde o carácter pessoal, para se tornar impessoal, mantendo embora a sua natureza suprema e absoluta - o Povo - e por aqui se vê a sua irmandade protestante.

Um homem ou o povo a mandar de forma suprema e absoluta? Um homem, diz o catolicismo. O povo, dizem em uníssono o liberalismo e o socialismo. É esta a diferença essencial entre o ancien regime e a revolução (modernidade), entre a direita ("Um homem") e a esquerda ("O povo"), à qual pertencem quer o liberalismo quer o socialismo.

Dando primazia ao indivíduo sobre a sociedade, mas exagerando-a, o liberalismo permanece mais próximo do catolicismo do que o socialismo, o qual inverte os termos desta relação, dando primazia à sociedade sobre o indivíduo, e daqui resulta uma diferença entre liberalismo e socialismo que é importante notar. O liberalismo põe o povo a mandar preferencialmente através de processos voluntário ou espontâneos, que partem da iniciativa individual, e de que o processo de mercado é o mais importante; e só em última instância através de processos coercivos, de que o processo político, envolvendo o Estado, é o mais importante. Daí a sua reivindicação do Estado Mínimo e Mercado Máximo. No socialismo é ao contrário, o povo manda preferencialmente por efeito da sua acção agregada no processo político, que é um processo que se realiza pela coercividade do Estado, e só secundariamente por processos espontâneo, como o mercado. Daí a sua reivindicação de Estado Máximo e Mercado Mínimo.

Mas aquilo que é importante notar é que, quer o liberalismo quer o socialismo, são ambas ideologias de esquerda, não de direita, ambas originárias do protestantismo e adversárias do catolicismo. Em Portugal, um país de tradição católica por excelência, são ambas destrutivas, embora o socialismo mais do que o liberalismo, porque é o socialismo que mais se afasta do catolicismo. Ambos são uma espécie de filhos perversos que querem matar a mãe.




out of the box II

É fundamental que os salários, em Portugal, subam e muito rapidamente. Esta afirmação, por parecer contrária ao senso comum, necessita de ser explicada.
Os portugueses são remunerados em salário e em espécie. Os pagamentos em espécie, típicos de um país comunista, incluem educação, saúde, apoios sociais e uma miríade de benesses que vão de transportes subsidiados a livros escolares gratuitos e até excursões. São apoios do berço à cova.
Ora à medida que os pagamentos em espécie diminuem para reflectir a nova realidade pós-falência, é necessário que os salários aumentem para compensar, em parte, esta perda. Claro que este aumento apenas irá compensar uma percentagem do rendimento auferido em espécie, mas é fundamental para não cairmos numa catástrofe.
Como é que as empresas poderão suportar um aumento de salários? Através de uma diminuição do IRC e da TSU.
O resultado final será o seguinte:
As empresas ficarão com menos encargos, apesar de aumentarem os salários.
O Estado ficará com menos receita, mas terá muito menos despesa, corrigindo o défice.
Os cidadãos ficarão com mais dinheiro no bolso, para fazerem face aos cortes na despesa do Estado.

out of the box